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Aritana e a Pena da Harpia – Review

2014 foi um ano bastante importante para o mercado de jogos produzidos dentro do Brasil. Diversos títulos ganharam destaque mundial e mostraram que, sim, é possível fazer bons jogos por aqui também, e um desses jogos em destaque foi Aritana e A Pena da Harpia, o que acabou me motivando a joga-lo para ver como ele era e deixar por aqui minhas opiniões. Elas não são muito boas.

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Em Aritana e a Pena da Harpia, você controla Aritana, um índio que está numa jornada na floresta em busca da cura do Pajé da tribo dele (que tem um amigo que mais parece ter um frango no lugar da cabeça), que foi possuído por um espírito. Para cura-lo, ele precisa executar um ritual que necessita de um item bastante especial: a pena da Harpia. Como não sobrou mais ninguém pra ir atrás dela, cabe a você busca-la.

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O jogo começa com você explorando a floresta e meio que aprendendo por si só o que deve ser feito para sobreviver dentro do jogo. Há achievements aos montes conforme você avança, alguns inclusive tirando uma com a sua cara, como quando você tenta pular na cabeça de algum inimigo para mata-lo e apanha, descobrindo naquele momento que não, isso não é Super Mario World, apesar do método de ensino do jogo ser semelhante ao usado pela Nintendo nos anos 90.

O problema é que Aritana e a Pena da Harpia tem um sistema de controle bem mais complexo do que o jogo de plataforma normal. Você tem um botão pra pulo, um botão pra pulo alto, um botão para ativar o pulo alto no seu botão de pulo normal. Além disso, pular nos inimigos não funciona, você precisa mexer o analógico da direita na direção do inimigo para que Aritana use o bastão dele no inimigo, senão ele esquece disso e você sofre as consequências desse esquecimento, algo que, acredite, vai ser bem frequente conforme você avança o jogo.

Depois de apanhar loucamente no começo do game e aprender na marra o que o jogo queria, eu finalmente consegui progredir, até um ponto em que a minha paciência simplesmente acabou por dois motivos: 1) o jogo não explica absolutamente nada e te fazer morrer, morrer e morrer até entender o que você deve fazer. Isso não seria nenhum problema não fosse o segundo problema. 2) o sistema de controles atrapalha muito, mas muito mais do que ajuda.

Para começar, todo inimigo que você quiser matar pulando necessita que você mexa o direcional do analógico. Isso não acontece com os inimigos no chão. Prepare-se para se irritar bastante com esse detalhe. Outro problema são o excesso de sacanagens colocadas no mapa por causa desse esquema de controles mal escolhido. Eu não tenho problemas com dificuldade num jogo, eu tenho problemas quando o jogo constantemente te sacaneia e você dá um passo, uma morte, outro passo, outra morte. Eu estou jogando um jogo e não um simulador de Primeira Guerra Mundial onde era necessário 20 mil mortes pra avançar 100 metros em direção ao inimigo.

O jogo aparentemente sabe dessa “feature” dele pois cada queda do seu personagem não faz você perder uma vida, apenas um coração, ou seja, pra perder uma vida inteira, só caindo em três buracos ou sendo acertado três vezes por inimigos, ou alguma combinação desses dois, que vão acontecer constantemente.

Eu imagino que, caso o jogo tivesse um esquema de controles mais tradicional, como em Rayman ou nos próprios New Super Mario Bros, ele ainda seria difícil, porém teria um fator a menos te irritando na jogabilidade. No fim das contas, parece que os desenvolvedores resolveram introduzir uma inovação pra diferenciar o jogo da concorrência e tudo o que eles conseguiram foi atrapalhar o jogador, já que Aritana e a Pena da Harpia poderia ser bem mais do que é.

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Graficamente, Aritana e a Pena da Harpia é muito bonito. O jogo lembra os novos Rayman de cara e tem belos efeitos visuais. O jogo não necessita de uma máquina poderosa para roda-lo e funciona de maneira extremamente fluída, além de contar com animações desenhadas a mão que ficaram bem legais (apesar da cara de frango do amigo de Aritana e do cacique da tribo). A trilha sonora do jogo também ficou boa. O jogo não conta com diálogos, apenas com efeitos sonoros e vem tanto no idioma inglês quanto português.

Resumo para os preguiçosos

Aritana e a Pena da Harpia poderia ser um grande jogo, mas infelizmente o esquema de controles escolhido pelos desenvolvedores e a falta de qualquer tipo de explicação em alguns momentos do jogo tiram totalmente a graça dele e acabam tornando o game numa sucessão de mortes do tamanho da sua paciência.

Nota final

50
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belos gráficos

Contras

  • Esquema de controles mal projetado
  • Falta de um mínimo de explicação no jogo
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1 COMENTÁRIO

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.