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Arcadecraft – Review

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Ir a um fliperama é algo que todo mundo já fez em pelo menos uma vez na vida, ainda mais agora nesse período de férias, onde um dos principais lugares de diversão na praia é o fliper. Colocar a ficha no buraco (sem duplo sentido), desafiar quem estiver na máquina para uma partida de Marvel vs Capcom ou algum outro jogo dos anos 90 (afinal, nada que preste saiu na última década) é experiência bastante particular e que não pode ser replicada nos videogames, nem nos emuladores, não só pelo fato de você estar pagando a cada nova jogada, mas também por todo clima do fliperama, das pessoas à volta, da barulheira infernal e de tudo mais que o compõe. Arcadecraft é um jogo da Xbox Live Indie Games que tenta reconstruir essa experiência. Será que eles conseguem?

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Em Arcadecraft, você começa com um empréstimo de 12 mil dólares e um prédio. O jogo lhe dá algumas opções de máquinas de fliperama e de bebidas e à partir daí é com você a tarefa de fazer o estabelecimento bombar, lucrar em cima das máquinas, expandir a coleção de jogos e arcar com todas as obrigações financeiras de administrar um negócio, como funcionários, conta de luz e aluguel.

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Para o jogo não ficar tão monótono assim, você pode customizar o layout do seu fliperama, arrastando as máquinas, definindo preços e dificuldade delas, retirando as moedas de dentro das máquinas para que elas não fiquem paradas e outros minigames, como consertar as máquinas estragadas e arrastar os jogadores mais nervosinhos até a saída, antes que eles quebrem alguma coisa. O jogo faz um bom trabalho em fazer você ficar se movimentando pelo cenário constantemente, ainda que depois de um tempo essa movimentação fique bem mecânica, afinal as tarefas não são tão diversas assim.

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A cada mês, novos jogos vão saindo e cabe a você manejar o orçamento para comprá-los e manter a popularidade do seu fliperama em alta. Outro fator que influencia nessa mecânica é a dificuldade e o preço das máquinas. Máquinas com fichas baratas demais podem ser mais populares, mas como isso é um negócio, vale a pena brincar um pouco com o preço e a dificuldade de cada máquina para ver se ela está dando mesmo a maior quantidade de dinheiro possível. Um bom exemplo de como a oferta e a demanda interagem no mundo real.

O jogo basicamente é isso, mas será que todos esses elementos se combinam de maneira a dar uma experiência interessante? Sim e não. O jogo começa BEM difícil, afinal, você tem contas a pagar e seu negócio recém está começando. Jogadores inexperientes podem ter uma experiência brutal, vendo o seu negócio ir a falência rapidinho, afinal, o empréstimo é para ser pago em 2 anos e é difícil fazer caixa em tão pouco tempo e ainda manter o fliperama popular.

Apesar disso, é divertido ir vendo o seu negócio evoluindo, trazendo novas máquinas, consertando as que estragam para manter a popularidade do lugar (quem nunca jogou um Street Fighter com um botão estragado no fliperama que atire a primeira pedra) e tentando fazer o negócio lucrar o mais rápido possível. O problema é que o jogo é difícil apenas no começo, pago o empréstimo, ele fica fácil demais, por mais que o aluguel do prédio aumente e você tenha que ir expandindo o negócio para manter a popularidade.

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O que eu quero dizer é que o jogo acaba sendo vitima do próprio sucesso. Após um tempo, é um saco ficar recolhendo moedas de fliperamas que se tornaram populares demais. Para evitar isso, você pode contratar um empregado para essa tarefa, mas ele é mais lerdo do que uma tartaruga com artrite, além de haver momentos em que todas as máquinas estragam ao mesmo tempo, fazendo você ter que consertá-las, algo que não é chato, mas precisa de algumas ações no controle e repeti-las 5 ou 6 vezes seguidas enche o saco.

No fim das contas, o jogo acaba tornando-se uma série de repetições mecânicas. O mês começa e você compra jogos novos, substitui pelos antigos (há uma limitação de 10 jogos simultâneos que pode ser expandida para 30) e depois disso só fica pegando fichas, movendo máquinas para lugares mais populares, aceitando ou recusando propostas de compradores/vendedores de máquinas e de supergamers (jogadores que tentam bater o recorde de uma máquina para que a popularidade dela vá nas alturas). Não que o jogo seja chato, só acaba caindo na monotonia mesmo.

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Tá certo que o jogo me custou 3 dólares (240 Microsoft Points) e que não dá para exigir a profundidade de um Sim City do jogo, mas eles bem que poderiam ter expandido um pouco mais o naipe de possibilidades dele.

Os gráficos do jogo são bem normais, nada de surpreendente. Os bonecos que andam pelo cenário são avatares da própria Xbox Live, e as máquinas e o cenário interagem bem com eles. O som é o típico som de um fliperama, uma barulheira dos infernos, mal dá pra ouvir a música do jogo de fato, o que eu não sei se é bom ou ruim, pois realmente não consegui ouvi-la e não tem opção para diminuir o volume do fliperama e aumentar a música do jogo.

No fim das contas, Arcadecraft (por que todo indie tem que usar a palavra craft em algum canto para tentar atrair Minecrafters? cadê a originalidade de vocês, amigos?) é um joguinho legal para se jogar quando não se tem nada melhor para fazer, ou quando se está entediado. Acho que ele combinaria mais com um celular do que com o Xbox na verdade, mas mesmo assim, não são 3 dólares que eu tenha me arrependido de gastar.

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Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

!

Contras

!

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.