O RG405m é o mais novo portátil Android da Anbernic, e o grande diferencial dele em relação à concorrência é a tela de 4 polegadas nas proporções 4:3, mas será que ele vale a pena? É o que nós vamos descobrir na análise de hoje.
Confira nossa análise do Anbernic RG405m
Aviso de Ética
Todas as análises do Critical Hits (hardware e software) não têm intenção publicitária, e sim uma avaliação isenta do produto em questão. Cabe a você decidir se este produto vale a pena ou não, baseado no que você ler aqui, em outros sites e nas suas próprias conclusões.
Primeiras Impressões
A primeira coisa que a gente vê ao tirar o RG405m da caixa é que ele é de fato um produto premium. A carcaça de metal do portátil é um toque final que coloca ele em outro patamar em relação a outros portáteis de emulação do mercado, ainda mais os mais baratos que ficam na faixa dos 300 a 500 reais.
Além disso, o RG 405M também conta com botões muito bem construídos e um direcional analógico bastante confortável de se usar. Os botões L1, L2, R1 e R2 são sequenciais ao invés de serem um atrás do outro (ou seja, seguindo o padrão dos consoles atuais), o que acaba dificultando um pouco na hora de usarmos eles em jogos de luta. Além disso, os botões L2 e R2 não são reconhecidos quando usamos o streaming do Game Pass, algo que a Anbernic precisa corrigir urgentemente.
Os analógicos do RG405m são excelentes, e felizmente a companhia adotou meio que como padrão os analógicos do tipo Hal, que não dão drift, garantindo assim que quem joga por mais tempo possa fazê-lo nesse portátil sem medo de estragá-lo.
Equipado com uma tela de 4 polegadas de 4:3, o portátil conta com a maior tela do mercado nessa orientação. Ela continua sendo 640×480, infelizmente, mas para uma tela de 16×9 exibir a mesma área de imagem 4:3 dela, seria necessário uma tela de pelo menos 6,5 polegadas, ou seja, o portátil aproveita muito melhor a área útil dele e é perfeito para jogos de todos os consoles que ele consegue emular perfeitamente, exceto pelo PSP.
Para completar, o RG405m ainda conta com Wifi 5 e Bluetooth 5.0, para você fazer uso completo do Android 12 que equipa esta máquina. Por falar em Android, ele vem com o Google Play instalado, mas eu não consegui atualizar o Google Chrome nele, e quando fiz a remoção do app para fazer o download de novo, não consegui reinstalar o browser, sendo obrigado ou a baixar um APK via loja de terceiros ou tendo que adotar outro navegador (o que eu acabei fazendo).
Desempenho
Equipado de um Unisoc T618, um chipset que está se tornando um padrão nos portáteis de emulação, o RG405m consegue emular exatamente as mesmas plataformas que o Retroid Pocket 3+, o Anbernic RG505 e o Powkiddy x18s, ou seja, tudo até o PSP, e de 10 a 20% das bibliotecas do PS2 e do GameCube, além de arranhar alguma coisa de Wii e até de Nintendo Switch (neste último caso, apenas jogos 2d).
Como de costume nos portáteis da Anbernic, o portátil veio com diversos emuladores instalados, e na maioria dos casos, vale a pena usar estes emuladores mesmo, como em plataformas como SNES, Mega Drive, Master System e NeoGeo, mas há algumas em que compensa usar emuladores de terceiro, como no caso do My Boy! que tem suporte a você fazer backup dos seus saves e save states no Google Drive, e assim poder baixar esses saves da nuvem caso mude de máquina (ou começar um jogo no celular, migrar para o portátil, e depois voltar pro celular, por exemplo).
Dos emuladores que eles forneceram, o único que não funcionou para mim foi o de Final Burn Alpha, por não conseguir achar o cartão de memória com os arquivos, e aí a solução foi usar o Retroarch mesmo.
Como comentado mais acima, o RG405m é um portátil que consegue emular tudo até o PSP. O problema é que o PSP provavelmente é a plataforma mais desejável dele se você gosta de jogos modernos, e aqui temos um problema, já que a tela o portátil é 4×3 e não 16×9. o que implica em barras pretas na parte de cima e de baixo da imagem (ou uma imagem completamente distorcida e feia se você resolver esticá-la).
No fim das contas, a tela de 4 polegadas do RG405m equivale a uma tela de 3,5 polegadas 16×9, o que resulta numa telinha bem pequena nesse sistema, mas se você só pretende jogar jogos até o Dreamcast nele, ou não se importa com a tela diminuta, isso não será um grande problema.
Como eu comentei anteriormente também, sistemas mais avançados como PS2 e GameCube rodam mal na maioria dos jogos. Há algumas gratas surpresas como Zelda The Wind Waker e God of War 2, que rodam quase a 100% da velocidade a todo tempo, apenas com alguns engasgos aqui e ali, mas também há jogos que ficam simplesmente injogáveis como Mario Kart Double Dash.
Já nos jogos nativos de Android, o portátil é poderoso o suficiente para conseguir rodar qualquer jogo do mercado, incluindo os pesados Genshin Impact, Call of Duty Mobile e Fortnite. Vale ressaltar, entretanto, que a compatibilidade com os controles físicos dele não é de todo boa, e às vezes você terá que jogar com os dedos natela, o que está longe de ser o ideal por causa do tamanho dela.
Outro ponto ainda a se ressaltar é que jogar jogos do xCloud no portátil é uma experiência que pode ser legal, mas também frustrante, dependendo de como o jogo usa os botões do Xbox. O motivo disso é que os botões R2 e L2 não são reconhecidos pelo app, então jogos de corrida, por exemplo, não vão funcionar nele, e jogos de luta podem acabar com um botão ou outro ficando de fora, o que pode atrapalhar o seu desempenho.
Conclusões Finais
No fim das contas, o RG 405m tem uma proposta bem interessante e um acabamento premium que o colocam acima de outros concorrentes se o seu objetivo é jogar sistema de tela 4×3 até o DreamCast e não se importa com barras pretas na tela do PSP. Infelizmente, o desempenho no PS2 e no GameCube segue um sonho distante, afinal de contas, não teria como ser diferente com a Anbernic usando o mesmo chipset que já se provou insuficiente para essas duas plataformas.
Isso quer dizer que o portátil não vale a pena? Muito pelo contrário. Para jogos clássicos, um bom RPG por exemplo, ele é excelente e tem mais do que poder o suficiente para você colocar os aceleradores de combate e opções de qualidade de vida, e assim por diante neles, sendo uma máquina com um potencial bem legal para esse tipo de consumo.
Infelizmente, entretanto, para streaming este não é um bom portátil pelo que eu comentei no review, os botões L2 e R2 não são reconhecidos pelo App do Game Pass, o que limita os jogos que podemos jogar nesta plataforma.
RG405m – Especificações
- Cor – Preto/Cinza
- Tela – Tela sensível ao toque IPS de 4 polegadas, resolução 640×480
- CPU – Unisoc Tiger T618 64-bit cota-core 2*[email protected]+6*[email protected]
- GPU – Mali G52@850Mhz
- Memória – 4GB LPDDR4X@1866Mhz
- Armazenamento – 128GB eMMC
- WiFi/ Bluetooth – 2.4/5G WIFI 802.11a/b/g/n/ac,Bluetooth 5.0
- Sistema operacional – Android 12
- Entrada para expansão de memória? Sim
- Bateria – Bateria de íon de lítio de polímero de 4500mAh, carregamento completo em 2 horas, duração da bateria de 7 horas
- Outras funções – Joystick de Hall embutido, sensor giroscópio de seis eixos, suporta atualização sem fio OTA, jogos multiplayer online, streaming, tela sem fio, motor de vibração, suporta exibição e configuração livre de vários atributos de função, como fone de ouvido estéreo de 3,5 mm, configuração de economia de energia, brilho da tela, etc.
Resumo para os preguiçosos
No fim das contas, o RG 405m tem uma proposta bem interessante e um acabamento premium que o colocam acima de outros concorrentes se o seu objetivo é jogar sistema de tela 4×3 até o DreamCast e não se importa com barras pretas na tela do PSP. Infelizmente, o desempenho no PS2 e no GameCube segue um sonho distante, afinal de contas, não teria como ser diferente com a Anbernic usando o mesmo chipset que já se provou insuficiente para essas duas plataformas.
Isso quer dizer que o portátil não vale a pena? Muito pelo contrário. Para jogos clássicos, um bom RPG por exemplo, ele é excelente e tem mais do que poder o suficiente para você colocar os aceleradores de combate e opções de qualidade de vida, e assim por diante neles, sendo uma máquina com um potencial bem legal para esse tipo de consumo.
Infelizmente, entretanto, para streaming este não é um bom portátil pelo que eu comentei no review, os botões L2 e R2 não são reconhecidos pelo App do Game Pass, o que limita os jogos que podemos jogar nesta plataforma.
Prós
- Excelente tamanho de tela para um portátil 4×3
- Bom desempenho das plataformas que ele consegue emular bem
- Construção de extrema qualidade e boa ergonomia
- Analógicos Hal Sensor que não dão Drift
Contras
- A plataforma mais moderna que ele roda, o PSP, fica com barras pretas sensíveis na tela
- Infelizmente PS2 e GameCube seguem sendo plataformas que rodam muito mal no portátil
- Botões R2 e L2 não funcionam no xCloud