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Alone in the Dark – Análise – Vale a Pena – Review

Alone in the Dark é o pai dos jogos de terror, e a sua reimaginação tem como principal missão atualizar a franquia para o século 21 e conquistar novos fãs a ela após títulos que roubaram esse papel como Silent Hill e Resident Evil. Será que este jogo consegue cumrpir esse propósito?

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Sinopse de Alone in the Dark

Alone in the Dark - Análise - Vale a Pena - Review

Alone in the Dark é uma reimaginação do clássico de 1992, onde o jogador assume o papel de Edward Carnby ou Emily Hartwood, que investigam o desaparecimento de Jeremy Hartwood na mansão Derceto, agora transformada em um hospital psiquiátrico na Louisiana dos anos 1920, enfrentando elementos sobrenaturais e resolvendo diversos enigmas pelo caminho.

O enredo de Alone in the Dark é um dos seus pontos mais sólidos, com narrativa bem construída e escrita por Mikael Hedberg, roteirista de SOMA e Amnesia: The Dark Descent. A história mistura mistério, elementos sobrenaturais e investigações pessoais, criando uma atmosfera instigante. A possibilidade de jogar com dois personagens oferece pequenas variações narrativas e um final verdadeiro após completar ambas as campanhas, adicionando valor à trama. No entanto, o enredo falha na hora do plot twist, que acaba se parecendo demais com os outros títulos de Hedberg, e fica parecendo até que ele só sabe fazer um tipo de enredo.

Jogabilidade e combate

A jogabilidade de Alone in the Dark foca em exploração, resolução de puzzles e combates. Os puzzles são variados e, em sua maioria, bem elaborados, proporcionando bons momentos de investigação. Contudo, algumas soluções são excessivamente obtusas, o que pode gerar frustração.

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O combate do jogo infelizmente deixa bastante a desejar: a mecânica de tiro é simplificada, com poucos armamentos e ausência de gerenciamento de inventário, enquanto o combate corpo a corpo é desajeitado e ineficaz. O sistema de armas arremessáveis é confuso e mal implementado, prejudicando ainda mais a experiência. A falta de desafio nos inimigos, que são facilmente evitáveis ou derrotados, reforça a sensação de que o combate pouco acrescenta ao jogo, ou seja, poderia tranquilamente nem existir, ou, para se justificar, teria que ser muito melhor.

Problemas técnicos, gráficos e som

Alone in the Dark apresentou diversos problemas técnicos no lançamento. Entre os principais estão atrasos no áudio do disparo das armas, especialmente no Xbox, além de casos relatados de travamentos no PC. As expressões faciais dos NPCs são bizarras pela pela falta de polimento, quebrando a imersão. A movimentação durante o uso de armas arremessáveis é lenta e truncada, comprometendo a fluidez das ações.

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Graficamente, Alone in the Dark apresenta uma série de inconsistências. Apesar da ambientação bem construída e iluminação eficaz, há falhas visíveis em modelagens, texturas e expressões faciais, que prejudicam a credibilidade das cenas.

A trilha sonora, composta por Jason Köhnen, é um dos grandes acertos, utilizando o dark jazz para criar uma atmosfera noir que complementa perfeitamente o tom investigativo da narrativa. As atuações de Jodie Comer e David Harbour são competentes e ajudam a elevar a experiência, embora a sensação geral seja de que sua presença serve mais como apelo comercial do que como uma contribuição essencial ao enredo.

Mas e aí, Alone in the Dark vale a pena?

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Alone in the Dark acerta ao oferecer uma história envolvente e puzzles satisfatórios, mas falha gravemente na execução do combate, no design de inimigos e na polidez técnica. Embora não consiga entregar o horror e a tensão típicos do gênero, pode agradar fãs da franquia e de narrativas investigativas. Vale a pena para quem busca uma experiência centrada na exploração e no mistério, mas não para quem espera um survival horror de alto impacto.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5.

Resumo para os preguiçosos

Alone in the Dark é uma reimaginação do clássico de 1992, com foco na investigação do desaparecimento de Jeremy Hartwood na mansão Derceto, agora um hospital psiquiátrico. A narrativa, escrita por Mikael Hedberg, mistura mistério e elementos sobrenaturais, com pequenas variações dependendo do personagem escolhido. Apesar da trama bem construída, o plot twist decepciona ao repetir fórmulas vistas em outros trabalhos do roteirista, como SOMA e Amnesia, dando a impressão de falta de originalidade.

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A jogabilidade privilegia a exploração e a resolução de puzzles, mas falha gravemente no combate, considerado simplificado e ineficaz. Problemas técnicos e gráficos, como travamentos e expressões faciais mal finalizadas, comprometem ainda mais a experiência. Apesar disso, a trilha sonora de dark jazz e as boas atuações contribuem para a atmosfera. No fim, Alone in the Dark vale para quem aprecia histórias investigativas, mas não satisfaz quem busca um survival horror impactante.

Nota final

45
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Alguns bons puzzles
  • Ótima trilha sonora

Contras

  • Muitos puzzles difíceis demais
  • História previsível
  • Combate truncado e mal feito
  • Movimentação e expressões faciais bizarras
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