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Alan Wake Remastered – Análise – Vale a Pena – Review

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A Microsoft colocou uma missão bastante difícil nas mãos da Remedy, algo que poucas companhias estariam à altura de conseguir lá nos anos 2000: encarnar Stephen King no videogame, misturando o sobrenatural com a qualidade de um romance escrito por um autor renomado: Alan Wake. O resultado poderia ou ser algo sensacional e muito bem feito, ou algo medíocre e dispensável. Felizmente, a Remedy provou-se ser a companhia certa para esse jogo.

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Com a remasterização do jogo lançada em 2021 agora chegando à PlayStation Plus, decidimos trazer atualizar nossa análise do jogo para você decidir se vale a pena dedicar seu tempo a ele.

Em Alan Wake, você controla Alan Wake, um renomado escritor de romances no melhor estilo Stephen King (que mistura o sobrenatural à realidade, criando histórias como Christine) que está enfrentando um bloqueio criativo há cerca de dois anos. Para não enlouquecer por causa do estresse que esse bloqueio gerou, Wake e sua esposa, Alice, decidem fazer uma viagem, para descansar um pouco e ver se as coisas melhoram quando eles voltassem a Nova Iorque, mas eles não imaginavam que o destino escolhido para essa viagem, Bright Falls, os colocaria dentro de uma história escrita pelo próprio Wake.

Reprodução: Remedy Games

Nessa história, a esposa de Alan Wake foi raptada e você deve encontra-la, além de descobrir como diabos sobreviver a uma história criada por si mesmo. A história também envolve uma dualidade entre a luz e as sombras se confrontam praticamente durante todo o jogo. Você é um “cavaleiro da luz” e deve usa-la para afastar o mal e todas as ameaças que a escuridão traz consigo, como pessoas possuídas por ela (chamados de Taken no jogo) e objetos inanimados, como poltergeists, além de corvos, conhecidas criaturas da noite.

Para acabar com a escuridão, você usa os mais diferentes objetos que projetam luz, como lanternas, lâmpadas e afins. Na maioria do tempo, você vai estar com uma lanterna apontando ela na cara de algum inimigo enquanto ele “perde” a energia de escuridão que tem em si. Após isso, é só sentar o chumbo no inimigo que ele morre. Outros usos pra lanterna também são contra os poltergeists, é só você apontar a lanterna contra eles por um bom tempo que eles desaparecem e param de voar na sua cabeça. Como no mundo real, entretanto, a pilha da sua lanterna pode acabar, então o manejo de recursos como munição e pilha acaba sendo essencial para a sobrevivência no jogo, apesar de não ser exatamente complicado de fazer isso na dificuldade normal do jogo.

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Reprodução: Remedy Games

Além da sobrevivência, você ainda tem uma série de colecionáveis e alguns puzzles para enfrentar no jogo, apesar desse último não ser bem o ênfase do game. A busca por colecionáveis ajuda a entender o que está acontecendo em Bright Falls durante os eventos de Alan Wake, e é muito legal como isso é contado, pois você vai descobrindo por programas de rádio, pelos manuscritos escritos por Wake e vendo como esse jogo poderia facilmente ser um Best Seller daqueles que todo mundo fala a respeito por algum tempo e que toda semana entram em promoção nas redes de varejo daqui.

Além disso, a Remedy criou uma série de terror chamada Night Springs, que está em exibição durante o jogo todo, com vários episódios diferentes. Eu não quero entrar em detalhes sobre essa série para não dar spoilers sobre o jogo, mas é mais um elemento que casa com a história e prova que o ponto principal de Alan Wake é a história, por mais que o sistema de combate seja bastante divertido.

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Apesar de divertido, entretanto, o combate de Alan Wake apresenta alguns problemas. O jogo tem alguns bugs que às vezes fazem o personagem ficar trancado em alguns elementos do cenário (mais vezes do que você gostaria) e há um pequeno problema que é extremamente frustrante: quando Wake está usando algum objeto e é atingido por um inimigo, ele não vai soltar o objeto e enfrentar a ameaça, ele vai grudar no objeto e você vai morrer, porque não dá tempo de se soltar e reagir, já que os inimigos usam uma metralhadora de pancadas quando chegam perto de ti.

Fora esse problema que eu encontrei, o jogo costuma oferecer um desafio justo no combate, com uma boa quantidade de inimigos por etapa e poucas partes onde o jogo diz “ok, agora você vai morrer bastante porque sim”. Alan Wake ainda apresenta cerca de 10 a 14 horas de desafio, dividido em 6 capítulos principais da história e mais 2 capítulos que foram distribuídos via DLC. Na versão de PC, o jogo já vem com os DLC, uma vantagem em relação à versão de Xbox 360 do game.

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Reprodução: Remedy Games

Graficamente, Alan Wake Remastered não é o jogo mais bonito do mundo, para ser sincero. O jogo de 2010 recebeu algumas melhoras na sua versão remasterizada, mas se você jogar esse jogo no PS5 ou no Xbox Series, você provavelmente vai notar que ele está longe da qualidade gráfica à qual estamos acostumados nos jogos desses consoles.

Isso chega a atrapalhar a diversão? Não, claro que não, mas dá pra notar que comparado a outros trabalhos de rematerização de jogos mais antigos, esse ponto de Alan Wake Remastered acaba deixando um pouquinho a desejar,

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Reprodução: Remedy Games

A trilha sonora de Alan Wake é bem feita e o jogo tem uma excelente dublagem, além de ter músicas compostas especialmente para o enredo.

Para completar, sim, felizmente o jogo vem com legendas em português, algo que não estava disponível na versão original de Alan Wake lá em 2010 e no remaster eles felizmente adicionaram.

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Mas e aí, Alan Wake Remastered vale a pena?

Alan Wake Remastered não traz nenhuma grande novidade e nem gráficos tão bonitos assim, mas o jogo continua sendo excelente, e se você já sentiu alguma vontade de jogar este belo jogo da Remedy outra vez, essa é uma ótima oportunidade.

Caso você não tenha jogado o jogo, jogue, pois ele mistura uma história excelente envolvendo a realidade e o sobrenatural a um bom sistema de combate e uma excelente trilha sonora.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 comprada pelo avaliador.

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Resumo para os preguiçosos

Alan Wake tem uma história que poderia estar em qualquer best seller do mercado. Isto está longe de desmerecer a ação do jogo, que é muito divertida e vai fazer você passar pelas 10~14 horas do game com poucos momentos de tédio ou achando que poderia estar jogando algo melhor. Apesar disso, o jogo apresenta alguns bugs meio estranhos que poderiam ter sido cuidados durante o desenvolvimento do game, mas nada que torna o jogo impraticável.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • História excelente
  • Esquema de combate inovador e inteligente
  • Dublagem muito boa

Contras

  • Bugs estranhos que acabam prejudicando um pouco a experiência
  • Remasterização básica
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.