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Agents of Mayhem – Review

A Volition mostrou que podem ser consideradas uma das autoridades do gênero dos sandboxes com Saints Row IV, mas isso já faz quase 4 anos e, desde então, o único jogo que a companhia lançou foi o Standalone “Gat out of Hell”, baseado em Saints Row IV que era mais uma versão requentada do seu predecessor do que algo realmente novo. Com Agents of Mayhem, a companhia quer mostrar que continua fazendo jogos viáveis e divertidos, mas será que ela consegue mesmo? É o que vamos descobrir.

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Agents of Mayhem é uma abordagem um pouco diferente da que a Volition usou em Saints Row. Aqui, temos uma homenagem aos desenhos matinais e aos filmes das décadas de 80 e 90, e o jogo todo se desenrola como se fosse um programa matinal mesmo, com desenhos animados, transições de cena e narração no estilo, e isso reflete tanto nos personagens que você controla quanto nos inimigos que você enfrenta.

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Os personagens que você usa em Agents of Mayhem lembram bastante super heróis de filmes e desenhos que nós vimos quando éramos mais novos, como Hollywood, que parece uma mistura de Johny Cage com Rambo. Ao todo, você encontra 12 personagens dentro do jogo, cada um com seu estilo característico de gameplay e a sua própria história de fundo para você explorar.

Caso você tenha jogado Saints Row IV, você provavelmente vai se adaptar ao jogo rápido, pois há vários detalhes compartilhados entre os jogos, como as interfaces de missão (onde há uma campanha principal a seguir e várias missões secundárias envolvendo o desenvolvimento de cada um dos seus personagens), além das várias atividades paralelas que você pode fazer no sandbox, como resgate de civis, tomada de bases, destruição de alvos e assim por diante.

Um detalhe que mudou em Agents of Mayhem em relação a Saints Row é o fato de você poder trazer três personagens para a batalha ao invés de apenas um. Você vai alternando eles conforme a necessidade for surgindo, já que alguns são mais fortes contra certos tipos de inimigos do que outros. Cada personagem reage ao que acontece de forma diferente também, e o senso de humor deles varia de mal humorado e rabugento a totalmente engraçadão que sempre tenta emplacar um bordão aqui e outro lá.

O humor, aliás, é um ponto presente dentro de Agents of Mayhem. Os personagens vivem fazendo piada com o que acontece e as próprias situações de desenvolvimento da história são dessa maneira tentado simular o humor de desenhos que nós víamos quando éramos mais novos, como GI Joe (Comandos em Ação por aqui) e assim por diante. No geral, o jogo faz um bom trabalho nesse sentido, mas há alguns momentos em que ele tenta forçar demais o humor e isso acaba não dando tão certo assim.

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Outro ponto que não dá tão certo assim é o mundo e as estruturas de missões do jogo. Infelizmente elas são repetitivas demais para realmente tornarem o jogo num produto mais atrativo. Na maioria das missões, você vai chegar ao fim e pensar “tá, ok, não foi chato, mas também não foi uma experiência super legal”, e o fato das missões serem todas parecidas entre si acaba não ajudando muito nesse sentido.

Além desse detalhe, os personagens também não são lá essas coisas. Apesar deles serem variados no estilo de gameplay entre si, nenhum realmente se destaca no gameplay, apenas na personalidade mesmo. Comparando com Saints Row IV, um dos melhores sandboxes já lançados na humilde opinião deste que vos fala, uma das coisas mais legais do jogo eram os super poderes que você tinha. Poder subir prédios correndo, poder voar, poder dar super saltos, isso sim era divertido. Você até pode dar três saltos no ar com os seus personagens e um dash com alguns deles, e você deve se virar com isso correndo de um lado pro outro no sandbox enquanto não está dirigindo. Ir do ponto A ao ponto B para começar as missões geralmente é um dos momentos mais entediantes dos sandboxes, e a Volition havia resolvido isso em Saints Row, mas sabe-se lá porque eles não seguiram essa fórmula de sucesso em Agents of Mayhem.

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Fora isso, os personagens também não contam com habilidades especiais que realmente sejam legais de se usar. Você atira, pula, joga uma granada e basicamente isso. As variações mesmo estão no tipo de arma que os personagens usam e um detalhezinho aqui e outro ali, mas nada que realmente faça você pensar “ok, isso torna o combate do jogo divertido, ainda que repetitivo”, como era no caso de Saints Row IV.

No fim das contas, Agents of Mayhem parece carregar todos os pontos fracos de Saints Row IV e trazer poucos dos pontos fortes do jogo, e mesmo onde ele é forte, no humor e nos personagens, ele não está no mesmo nível que o seu antecessor. Você vai se divertir com ele? Provavelmente vai, ou pelo menos não vai parar e pensar “meu deus do céu, que jogo chato”, mas dificilmente vai jogar esse jogo e dizer “cara, eu realmente me diverti, esse é um dos melhores sandboxes que eu já joguei”.

Graficamente, o jogo é interessante, mas nada demais também. Ele é bastante colorido quando você olha para os agentes e para certos pontos da cidade, mas os inimigos são meio repetitivos e algumas partes do cenário também poderiam ser um pouco mais caprichadas. Para completar, trilha sonora do game é boa, mas nada de surpreendente.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Agents of Mayhem não está no mesmo nível de Saints Row IV e, ainda que divertido, peca na inspiração. O jogo não chega a desagradar, e você provavelmente não vai encontrar nada que desgoste realmente no game, mas ele raramente também apresenta algum momento em que você vai pensar “nossa, esse jogo é muito bom”. Em suma, compre numa promoção, mesmo se você for fã de Saints Row.

Nota final

60
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Mundo bastante colorido
  • Personagens com personalidade e senso de humor

Contras

  • Missões repetitivas e sem inspiração
  • Mesmo nos momentos de humor, alguns deles acabam bem forçados
  • Nenhum personagem com habilidades que se destaquem
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.