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Adventures of Mana – Review

Era uma vez a franquia Seiken Densetsu, uma das franquias mais famosas e queridas da época de ouro da SquareSoft, durante os ciclos de vida do Super Nintendo e do PlayStation. Muitos jogos foram lançados para essa franquia, que chegou ao ocidente sendo chamada de “Final Fantasy Adventure”, apesar das poucas semelhanças entre elas. Hoje, 25 anos depois, vemos o remake deste mesmo jogo chegando ao PlayStation Vita e aos dispositivos mobile (que receberam o game mais cedo) e nos perguntamos, será que ele ainda é um bom jogo ou envelheceu mal? É o que vamos descobrir.

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Em Adventures of Mana, vive uma história clássica de RPG: você é um jovem herói que deve evitar que o Dark Lord destrua a árvore de Mana, que é a árvore que sustenta a vida do mundo. Para isso, você precisa salvar uma princesa, descobrir mais sobre o grupo de cavaleiros que derrotou o Dark Lord anos antes dos eventos do jogo e aventurar-se pelo mundo juntamente com outros companheiros que a máquina controla por você.

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Só pelo enredo clássico e simples, podemos ver que o jogo será um banho de nostalgia e, realmente, é um RPG de ação clássico para os que querem um RPG de ação clássico. Logo no começo do jogo, você é largado no mundo dele, num esquema que vai lembrar os Legend of Zelda do 3DS e do Super Nintendo, com você avançando telas, matando inimigos, chegando a cidades, conversando com NPCs e assim por diante.

Apesar dessa estrutura solta parecer interessante, ela acaba pecando num detalhe muito importante do jogo: é muito fácil você se perder e não fazer a mínima ideia de onde está ou do que tem que fazer para avançar na história do jogo. Pode ser que isso seja porque essa é praticamente uma conversão direta de um jogo de 1991 para visuais poligonais, mas a Square Enix poderia ter feito um serviço melhor nesse departamento. Não foi uma nem duas vezes que eu tive que ficar consultando walkthroughs pra fazer a mínima ideia do que eu tinha que fazer.

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Isso pode acabar desestimulando os jogadores que gostam mais de jogos que falam “vá para X, mate Y, você precisa de Z para resgatar princesa”, mas geralmente, o que acaba acontecendo é que você vai esbarrar no próximo objetivo sem querer querendo e aí entender mais ou menos o que o jogo queria que você fizesse. Até faz sentido em alguns casos, já em outros, fica bem estranho. Um exemplo disso é logo no começo do jogo, quando falam para você ir falar com um antigo cavaleiro sobre como salvar o mundo e ele te expulsa da casa dele até que você tenha encontrado a princesa e a leve consigo. Em nenhum ponto antes disso a princesa havia sido mencionada, e eu acabei encontrando com ela não porque ela estava no caminho mais rápido para a cabana do NPC e sim porque eu voltei e comecei a andar por aí pra ver se dava de cara com o que eu tinha que fazer.

Fora esse detalhe, no geral o jogo é bastante divertido. A estrutura de combate dele funciona basicamente como nos The Legend of Zelda com esquemática 2D. Além de ataques corpo a corpo, você ainda conta com magias tanto de ataque quanto de cura. Conforme você mata mais inimigos, o seu personagem sobe de nível e você pode escolher qual “classe” você quer melhorar. Ao todo são quatro, cada uma focada num atributo chave (como por exemplo Fighter é focada em força, Mago é focada em inteligência e assim por diante). Ao matar monstros, você ganha dinheiro (apesar do jogo não te avisar que você ganhou) e que pode ser gasto em equipamentos melhores e em itens de progressão.

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Aqui há outro probleminha que eu encontrei no jogo, certos itens são finitos, e se você ficou sem um deles no meio de uma dungeon, azar o seu (para não dizer outra coisa), você vai ter que voltar na cidade mais próxima e comprar uma picareta nova, por exemplo, ou um molho de chaves novo. Isso é um inconveniente que poderia ter sido resolvido, e talvez tenha sido preciosismo demais da Square Enix em não tornar a vida do jogador um pouco mais fácil, e sim exatamente como a do jogador da versão do game de 1991 era.

No mais, o jogo é divertido e certamente vai fazer você querer joga-lo, seja no PS Vita (onde felizmente os controles físicos ajudam muito), seja nos smartphones. Aliás, outro ponto que vale ser ressaltado é a dificuldade do jogo. Adventures of Mana é um jogo bem fácil, e eu não sei se isso é pelo fato do jogo ser um port direto das versões mobile dele (onde você tem menos agilidade para mover-se e assim desviar dos ataques dos inimigos) ou se a versão de 1991 já era fácil assim. Vários dos inimigos nem atacam você, eles ficam só andando pelo mapa esperando para serem mortos. Isso acaba facilitando a sua vida imensamente, e você acaba passando de herói do mundo a maluco que sai batendo em bichos que não têm nada a ver com a sua vida.

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Graficamente, Adventures of Mana recebeu uma bela remodelagem de gráficos. O estilo gráfico escolhido pela Square Enix para o jogo lembra jogos como as versões de Final Fantasy III e IV para Nintendo DS, ou Bravely Default para o Nintendo 3DS. O jogo roda muito bem no portátil da Sony e não há nenhum tipo de lentidão. A trilha sonora do game é muito boa e cheia de músicas que vão ficar na sua cabeça mesmo após a conclusão do game.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS Vita fornecida pela Square Enix.

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Resumo para os preguiçosos

Adventures of Mana é um bom remake que vai ocupar os donos de PS Vita por um bom tempo. O que você vai encontrar aqui é basicamente o mesmo jogo de 1991 com novos gráficos e uma trilha sonora retrabalhada, mas sem muitas atualizações que facilitariam a vida do jogador, como um indicativo da sua próxima aventura. Até por isso, você vai acabar se perdendo algumas vezes durante a aventura, mas o bom desafio e a trilha sonora compensam.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bom estilo gráfico
  • Uma aventura clássica de RPG/ação
  • Divertido pra caramba

Contras

  • Às vezes você não vai fazer ideia do que é o seu próximo objetivo
  • Combates fáceis demais
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1 COMENTÁRIO

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.