Abyssus – Análise – Review – Vale a Pena

Rogue-likes e FPS estão entre os meus gêneros favoritos, e Abyssus, desenvolvido pela DoubleMoose Games, chega com a proposta de mesclar os dois em uma única experiência. Mas será que essa combinação funciona? É isso que vamos descobrir na análise de hoje.

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A história do game se passa em um mundo onde a principal fonte de energia é a salmoura, uma substância rara encontrada apenas nas profundezas do mar. Você é parte de uma equipe exploradores brinepunk, recrutados para investigar um imenso depósito localizado sob as ruínas de uma antiga civilização. Porém, a missão rapidamente se transforma em uma luta pela sobrevivência quando os habitantes corrompidos do reino submerso se rebelam contra vocês.

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Reprodução: Abyssus

Ao iniciar Abyssus, passamos por um tutorial que explica o funcionamento básico do jogo. Nele, aprendemos sobre os dois tipos de disparo das armas: o tiro principal (botão esquerdo do mouse) e o tiro secundário (botão direito do mouse). Cada arma possui disparos únicos, que podem ser alterados ao concluir determinados desafios durante uma run.

Também somos apresentados à habilidade inicial — um arremessável no estilo de granada —, ao pulo duplo e ao dash, fundamentais para a movimentação no combate. Além disso, o jogo apresenta a seringa, forma primária de cura disponível, que pode ser usada ao receber dano, mas possui quantidade limitada e deve ser administrada com cuidado.

O tutorial também introduz o sistema de Bençãos, que define a sua build em cada run. Ao final de cada andar, encontramos um altar que oferece duas opções diferentes, com poderes variados: elétricos, de gelo, de sangue, de sombra, invocação de espíritos e mais.

Ao escolher uma Benção pela primeira vez, é preciso atribuí-la a uma das três fontes principais de dano: tiro principal, tiro secundário ou habilidade. Cada nova Benção de tipo inédito precisa ser atribuída dessa forma, até que todas as três fontes estejam cobertas. Encontrar Bençãos do mesmo tipo fortalece seus efeitos, permitindo escolher entre melhorias como mais dano, dano em área ou efeitos adicionais.

Reprodução: Abyssus
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Após o tutorial, somos levados à base principal, onde é possível personalizar e melhorar o personagem. No início, ainda não há recursos disponíveis, então resta iniciar a primeira run, sozinho ou em coop com até três amigos.

O jogo adapta a dificuldade ao número de jogadores: partidas solo são mais tranquilas, enquanto partidas em dupla ou equipe aumentam a resistência e o dano dos inimigos, equilibrando o desafio.

A progressão é dividida em andares e biomas. Cada bioma possui quatro andares, sendo dois deles de chefes. Os encontros nas salas seguem um formato tradicional: ao entrar, as saídas se fecham e o objetivo é eliminar todos os inimigos ou cumprir tarefas específicas, como capturar pontos, transportar objetos ou destruir cristais. Essas salas de objetivo são mais difíceis e exigem atenção.

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Durante a exploração, é possível encontrar baús com dinheiro, chaves e, ocasionalmente, novas Bençãos. O dinheiro é usado no mercador, enquanto as chaves desbloqueiam portas e baús especiais.

Cada bioma apresenta cenários e inimigos próprios: ruínas aquáticas com Sentinelas, pântanos com inimigos-sapo, templos e outros ambientes únicos.

Reprodução: Abyssus
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Ao avançar nos Andares, é possível encontrar altares e interações especiais, como fontes que trocam a vida atual por aumento de vida máxima, forjas que aprimoram armas e habilidades, e até fontes que convertem dinheiro em itens diversos, permitindo escolhas estratégicas durante a run.

Para desbloquear melhorias permanentes para o personagem, é necessário coletar Fragmentos de Alma, obtidos ao derrotar chefes localizados no segundo e quarto andares de cada bioma. Essas melhorias incluem aumento de dano das armas e habilidades, mais seringas de cura, recursos iniciais extras como ouro e chaves, e até desbloqueio de altares especiais como as forjas, que podem aparecer entre encontros.

As armas e habilidades são variadas e, em sua maioria, desbloqueadas ao vencer chefes. Após derrotá-los, é possível encontrar novas armas nas salas seguintes. Por exemplo, ao vencer o chefe do segundo andar pela primeira vez, desbloqueia-se a pistola para uso futuro.

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Cada arma tem cerca de três disparos principais e três secundários, desbloqueados ao cumprir desafios, como derrotar inimigos sem recarregar ou concluir uma run com a arma equipada. O jogo também oferece personalização estética com capacetes, vestes e cores, todos obtidos por desafios.

Reprodução: Abyssus

Apesar da experiência positiva, o jogo apresenta problemas de desempenho em alguns biomas, com quedas de FPS perceptíveis, especialmente no terceiro bioma. A luta contra o chefe final teve quedas drásticas, de 120 para cerca de 30 FPS, tornando a dificuldade mais relacionada à performance do que ao inimigo.

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Outro ponto negativo é a ausência de legendas em português. Embora o jogo tenha pouco texto e não seja impossível de jogar sem dominar o inglês, a falta de localização pode afastar parte do público brasileiro.

Mas e aí, Abyssus vale a pena?

Abyssus consegue entregar uma experiência divertida ao misturar elementos de rogue-like e FPS, com progressão satisfatória, variedade de armas e habilidades e desafios que se adaptam ao número de jogadores. O sistema de Bençãos oferece um bom nível de personalização e incentiva experimentação, enquanto os biomas garantem diversidade visual e de inimigos.

Por outro lado, os problemas técnicos prejudicam a imersão. Ainda assim, para quem aprecia o gênero e busca um título cooperativo com bom ritmo e progressão, Abyssus é uma opção que vale a pena acompanhar, especialmente se receber otimizações futuras.

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Resumo para os preguiçosos

Abyssus se mostra como um projeto promissor, capaz de agradar tanto fãs de rogue-likes quanto de FPS. A mistura de progressão, variedade de armas e habilidades e a possibilidade de jogo cooperativo formam uma base sólida para muitas horas de diversão.

No entanto, o desempenho irregular e a ausência de localização em português impedem que a experiência atinja todo o seu potencial no lançamento. Se receber as otimizações necessárias, o game tem tudo para conquistar um espaço duradouro no gênero e se destacar entre os títulos independentes do ano.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Variedade de builds e armas
  • Bom sistema de progressão
  • CO-OP deixa o jogo ainda mais divertido

Contras

  • Problemas com FPS
  • Falta de tradução para o Português
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Giácomo
Giácomo
Apaixonado por Counter-Strike e Souls-Like, escrevo sobre games e animes no Critical Hits. No meu tempo livre, gosto de assistir séries e jogar basquete.