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Procuram-se escritores: Experiências assustadoras nos games – Resultado

Fala, galera, tudo bom com vocês?

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Recebemos várias respostas para o concurso e algumas ficaram muito legais. Infelizmente, só há um vencedor, mas eu acredito que vocês vão concordar comigo que essa é uma história que realmente merece o prêmio.

Ela foi enviada pelo “Giu PC“, que curiosamente foi o primeiro a mandar email para o concurso. Nela, podemos ver a aventura de um jovem com Resident Evil 4, que acaba de uma maneira bem inesperada.

Confiram abaixo:

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Era uma vez (não é um conto de fadas, acreditem) no longínquo ano de 2006, ano seguinte ao qual ganhei meu novo e super ultrapassado Playstation 2 de natal. Após um tempo com o console empoeirando chegou o dia do meu aniversário, e com ele finalmente ganhei meu primeiro jogo: Resident Evil 4. A alegria era tanta que esqueci todos os outros presentes (que na verdade eram na maioria peças de roupa e brinquedinhos), liguei logo o Ps2 e coloquei o CD, tremendo de alegria e animação.

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Chamei meus amigos, primos, irmão, chamei até minha tia pra todos verem o lindo e maravilhoso jogo rodando. Minha alegria, porém, durou pouco. Da sala de estar meu Pai gritou: “Não vai jogar agora, piá! Tá tarde.”, e assim minha alegria deu lugar ao choro. Não adiantou. Ele pegou o jogo e guardou bem guardado, para tristeza da criançada.

Alguns dias passados do aniversário, era sábado à noite e meus Pais se preparavam para sair, iriam para uma festa. Eu estava deitado lendo gibis da Turma da Mônica, quando vi os dois saindo. Vi meu Pai voltando para pegar as chaves do carro, parou na porta do quarto e disse: “Sua Avó vai cuidar de vocês (eu e meu irmão), se comportem. E nada de jogar o jogo, viu?”. Saíram.

Esperamos alguns minutos até nossa Avó adormecer enquanto assistir A Praça É Nossa e fomos procurar o Resident como gazelas fugindo de um leão faminto na África. Encontramos no meio das meias, parecia até brilhar igual um tesouro dos filmes de pirata. Voei para o quarto com o jogo na mão, liguei o videogame e coloquei o CD na bandeja.

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Abriu o jogo, apareceu o menu. Olhei para o menu do jogo e então para a cara do meu irmão, já estava mais branco de medo que a farinha que minha mãe usava para fazer os bolos nos domingos. Após pressionar “Start Game” começou a cutscene, com Leon e os policiais. Até aí tudo bem. Acabou a cutscene e o jogo enfim começou.

Eu controlava o Leon e meu irmão “jogava” com o controle 2 sentado ao meu lado, no chão mesmo. Cheguei até a primeira casa do jogo, outra cutscene. Parecia normal, até o maldito Ganado atacar Leon e nos fazer pular de susto. Após a cutscene matei o bicho, subi no segundo andar da casa e pulei da janela. Péssima ideia.

Do lado de fora mais 3 deles esperando pra atacar, e eu correndo igual a um condenado. Meu irmão pulou para a cama, se escondendo nas cobertas e pedindo pra desligar o jogo. Eu não podia desligar agora, eu não vou desligar agora, eu… eu… PUFF! Tudo apagou na casa, silêncio tomou conta. Meu irmão já nem respirava de medo, e eu fiquei ali com o controle na mão ainda me recuperando dos sustos do jogo.

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Ouvimos passos na sala, e não eram os do chinelão da Avó. Fiquei parado olhando para a porta, virei pro irmão e disse “Vai lá ver o que aconteceu!”. Nem respondeu, fingiu que estava dormindo. Após mais uns 5 minutos encarando a porta resolvi me levantar e ver o que havia acontecido.

Respirei fundo, levantei. No mesmo momento em que levantei uma figura escura surgiu na minha frente gritando, meu coração parou por alguns segundos enquanto eu caía de bunda no chão duro do quarto. As luzes se acenderam, minha visão estava ofuscada mas eu podia ver a figura que me assustara rindo e apontando incontrolavelmente. Era meu Pai.

Ele vestia uma jaqueta preta com capuz, minha mãe também apareceu rindo ao fundo. Ele parou, olhou bem no mais profundo dos meus olhos e disse: “Quando eu disser pra não jogar, não joguem.” e pegou o cinto da calça, batendo contra a mão. Game Over.

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O que vocês acharam do texto dele? Ficou muito legal, né?

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.