Arknights: Endfield é uma curiosa prévia de RPG de ação e construção de bases – Prévia

O Critical Hits foi convidado para viajar para Los Angeles na semana passada e ter acesso ao Beta II de Arknights: Endfield antes do lançamento e, nesse post, eu conto como foi a minha experiência com o jogo e o que eu achei dessa etapa de testes dele.

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Arknights: Endfield coloca o jogador na pele do “Endministrator”, representante da corporação Endfield Industries, em meio à colonização do planeta-satélite Talos-II, onde uma antiga catástrofe conhecida como “Corrupção” dilacera o território e criaturas chamadas Aggeloi ameaçam a civilização humana.

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O seu papel é liderar uma equipe de operadores, explorar zonas inóspitas, enfrentar inimigos hostis e construir uma presença industrial capaz de garantir a sobrevivência da humanidade. O jogo combina combate em tempo real, elementos de RPG e construção de base, em uma narrativa situada no universo da franquia Arknights.

O jogo possui um combate bastante simples, porém divertido, que me remete aos clássicos do gênero como Genshin Impact e Honkai: Star Rail: você tem um botão para ataque, outro para bloqueio, um para esquiva e combinações de botões para os especiais. Diferente de outros jogos, aqui você controla todos os personagens ao mesmo tempo e vê a ação se desenrolar na tela a todo momento, com golpes plásticos e especiais acertando os inimigos repetidamente — essa sensação de controle simultâneo dá bastante visual e dinamismo à experiência.

A campanha avança de forma bem gradual, explicando minuciosamente as diversas nuances do jogo: sistema de inventário, combate, missões, personalização de itens, crafting de equipamentos e evolução deles. Cada um desses sistemas foi muito bem pensado e certamente vai fazer o jogador passar um bom tempo explorando-os. A profundidade existe e isso é um ponto bastante positivo para quem gosta de mergulhar nesses tipos de sistemas.

O grande diferencial de Arknights: Endfield é o sistema de construção de bases. Embora eu tenha explorado pouco dele — nas primeiras cinco horas de jogo, que foi o que joguei até agora, ele ainda não apresentou tanta coisa — ele aparenta ter um potencial de deixar os jogadores “grudados” no tipo de sistema de “só mais uma estrutura e um upgrade” por um bom tempo. Ainda assim, me pergunto como ficará a qualidade de vida do jogador ao ter que usar essa parte em terceira pessoa, controlando seu personagem — transportar uma base para um local distante, por exemplo, pode se tornar um trabalho meio lento ou repetitivo.

Uma outra questão que me incomodou foi a adaptação dos controles de mouse e teclado para o controle do PS5. Todos os menus exigem muitos comandos de botões e, às vezes, a navegação acaba sendo não intuitiva e até inconsistente: em alguns menus você pode selecionar e “clicar” com os botões do controle, em outros apenas com combinações de botões. Essa falta de uniformidade prejudica o fluxo de usuário usando o controle, e mais de uma vez eu me perdia pelos menus por causa disso.

Os personagens são divertidos, carismáticos e com bons visuais em estilo anime — pode até parecer que alguns deles são inspirados em personagens que já vimos em outros jogos, como Tifa Lockhart e Sephiroth de Final Fantasy VII ou Dante de Devil May Cry. Esse tipo de familiaridade funciona a favor, na medida em que facilita conexão com os personagens, mas também exige que o jogo tenha identidade própria para não soar derivativo.

No fim das contas, tenho minhas preocupações com quanta gente vai conseguir superar as primeiras horas metódicas e minuciosas de tutoriais e interrupções de Arknights: Endfield, já que o jogo demora um bom tempo até “soltar a mão”. Além disso, ele também parece um jogo meio pesado para celulares, especialmente aqui no Brasil. Ainda assim, o Beta 2 que joguei foi bem divertido e uma experiência bastante interessante. O jogo possui bastante potencial para se estabelecer como um dos grandes RPGs free-to-play com personagens de RPG no mercado.

O lançamento de Arknights: Endfield está previsto para início de 2026, nas plataformas PC (Windows), PlayStation 5 e dispositivos móveis (iOS/Android). A segunda fase de testes beta (Beta Test II) tem início em 28 de novembro de 2025 para PC e mobile.

Eric Arraché
Eric Arrachéhttps://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.