Black Mirror é uma das séries mais populares do Netflix, desde 2015 quando foi comprada pela empresa de streaming. A série foi criada em 2011 pelo jornalista britânico Charlie Brooker. O tema central da série é ficção científica relacionada com a sociedade contemporânea e a sua dependência tecnológica. O nome da série é referente às telas pretas que nos cercam a todo momento, seja no nossos celulares, iPads, TVs e computadores. A série já está com sua quinta temporada confirmada, mas sem data de estreia.
A série faz tanto sucesso, pois mostra com as pessoas estão lidando com a tecnologia, seja no presente próximo ou em um futuro não tão distante. A tecnologia em si é neutra, mas é o uso que se dá a ela pode ser tanto para o bem como para o mal. Cada episódio traz uma história diferente de algum ponto de vista do relacionamento homem e máquina nos tempo modernos.
Muitos dos episódios tratam de assuntos com os quais já estamos lidando hoje, entre eles: utilizar aplicativos de relacionamentos, a dependência dos números de seguidores, a realidade virtual dos jogos digitais, o excesso da necessidade de ter todas as lembranças gravadas e a exposição que as pessoas podem sofrer sem nem ao mesmo querer. Vamos falar sobre cada um desses pontos relacionando com os episódios da série para que você possa assistir e conferir esses tópicos.
5 episódios com questões tecnológicas e humanas que já existem nos dias de hoje
Utilizar os aplicativos de relacionamento tal como o Badoo, por exemplo, já é uma realidade para encontrar uma pessoa ideal. Hoje grande parte dos encontros são realizados de modo digital. A facilidade de encontrar pessoas que estão abertas para conhecer outras pessoas no mundo digital é muito maior do que no mundo físico. O capítulo 4 da Quarta Temporada, Hang the DJ, fala justamente sobre isso, levando em consideração a matemática por trás dos aplicativos de relaciomentos para encontrar a “pessoa ideal”.
Hoje em dia, grande parte das pessoas que usam as redes sociais, principalmente o Instagram, estão bastante preocupadas com os números de seguidores, já que quanto mais seguidores mais relevante dentro da sociedade a pessoa é considera. Isso é retratado com extrema perfeição no capítulo 1 da Terceira Temporada, Nosedive. Nele, o preço para se ter uma boa avaliação digital é alto sendo que para ocupar um lugar na sociedade de privilégio é preciso ter uma nota alta, ou seja, a persona online tem mais poder do que a persona física.
Os jogos digitais estão a cada dia mais se aproximando da realidade. O The Sims é um jogo que simula a vida digitalmente e nesse universo paralelo podemos ser quem quisermos. Em alguns casos, ao invés de ser uma forma de divertimento, isso pode se tornar uma forma de isolamento. No capítulo 1 da Quarta Temporada, USS Callister, este tema é abordado com perfeição. Ao invés de lidar com as relações humanas na vida física, um dos personagens usa uma realidade paralela para isso.
Quando se vê um aglomerado de pessoas, uma das coisas mais comuns é a presença dos celulares gravando. O tempo inteiro as redes sociais pedem para que compartilhemos parte do nosso dia, por exemplo, ao invés de comer o bolo é preciso tirar uma foto ou fazer um vídeo do bolo, primeiro, se não é como se ele nunca tivesse existido. As experiências precisam se tornar aquivos digitais. Um episódio que fala sobre esta necessidade de estar o tempo todo armazenando os fatos de nossas vidas é discutido com maestria no capítulo 3 da Primeira Temporada, The Entire History of You.
Por fim, um dos temas mais polêmicos que surgiram a internet é a questão da exposição. Hoje todo mundo pode ter o seu perfil visto por milhares de pessoas espalhadas no mundo inteiro, o que pode ser excelente para promover boas causas sociais, mas terrível para quem quer usar para interesses nem um pouco altruístas. Um dos melhores e mais difíceis de assistir é o capítulo 1 da Primeira Temporada, The National Anthem.
Como está o seu relacionamento com as tecnologias?
O que o Black Mirror revela de mais interessante é que a tecnologia, além de mudar o homem, também revela a sua própria natureza. Todos nós carregamos esses aparelhos o tempo todo, e tem hora que é nós que os controlamos, mas em muitos casos, são eles que nos controlam, e é aí que está a origem do problema. É preciso ser extremamente cuidadoso para evitar que a tecnologia, ao invés de nos permitir ir mais longe, comece a nos limitar.
As ferramentas digitais são ótimas soluções para o dia a dia e a vida moderna. Poder usar um aplicativo de paquera é ótimo para quem é solteiro e está em busca de companhia, como também compartilhar momentos do dia com os amigos e os familiares no Instagram, jogar video games em um dia de preguiça, registrar um experiência super diferente e poder se comunicar com uma pessoa do outro lado do mundo. Tudo isso só é possível graças a tecnologia.
Formas positivas de usar a internet e criar um bom relacionamento com ela
Toda vez que você baixar um aplicativo, seja ele de paquera, de organização ou de relaxamento, gaste pelo menos algum tempo analizando cada uma das ferramentas e como você pode tirar o melhor proveito dele. Evite ficar pulando de uma página para outra, analise por completo uma página e feche-a, se tiver alguma formação relevante anote em um caderno. Coloque horários para fazer cada uma das suas tarefas digitais, evite fazer algo só por fazer, como por exemplo checar toda hora o seu email, tenha um objetivo em cada uma de suas ações. Evite fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, escolha uma atividade digital e fique concentrada nela. Essas são alguns hábitos importantes para serem seguidos de forma a criar uma relação mais saudável com as “telas pretas”.
As ferramentas digitais estão aí para melhorar cada aspecto da vida humana e possibilitar o seu desenvolvimento, com isso em mente é possível melhorar o relacionamento com elas. Use-as para expander a sua vida e te dar novas oportunidades de reescrever a sua história de forma positiva.