Ozzy Osbourne, o lendário vocalista do Black Sabbath conhecido como o “Príncipe das Trevas”, morreu aos 76 anos, cercado por sua família. Ícone do heavy metal, sua morte foi confirmada nesta manhã pela família Osbourne, que pediu privacidade neste momento difícil. Não foi divulgada a causa da morte, mas Ozzy enfrentava sérios problemas de saúde há anos, incluindo Parkinson e múltiplas cirurgias na coluna.
A ascensão do Black Sabbath e a criação do heavy metal
Ozzy Osbourne nasceu em 1948 em Aston, Birmingham, e teve uma infância difícil marcada por abuso e pobreza. Em 1970, ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, lançou o álbum “Black Sabbath”, fundando o som sombrio e pesado que definiria o heavy metal. O grupo lançaria clássicos como Paranoid, Iron Man e War Pigs, e influenciaria gerações com o tom apocalíptico e industrial de suas músicas.
A carreira solo de Ozzy Osbourne e as polêmicas
Após ser demitido do Black Sabbath em 1979 devido ao abuso de drogas, Ozzy lançou sua carreira solo com Blizzard of Ozz, que se tornaria um sucesso com músicas como Crazy Train. Sua vida pessoal foi repleta de escândalos, como o famoso episódio em que mordeu a cabeça de um morcego em 1982, além de um incidente em que tentou matar sua esposa Sharon durante um surto. Apesar disso, o casal permaneceu junto, e Sharon passou a administrar sua carreira com sucesso.
Ozzy na cultura pop e a luta pela saúde
A partir dos anos 2000, Ozzy ganhou novos fãs com o reality show The Osbournes, ao lado de Sharon e dos filhos Kelly e Jack. Ao longo dos anos, enfrentou diversos problemas de saúde, como um grave acidente de quadriciclo, Parkinson, e tratamentos complexos que o deixaram debilitado. Apesar disso, em 5 de julho de 2025, subiu ao palco pela última vez no show Back to the Beginning, em Birmingham, onde se reuniu com os ex-colegas do Black Sabbath para um emocionante adeus.
O legado eterno do Príncipe das Trevas
Com uma carreira marcada por transgressão, dor, reinvenção e genialidade, Ozzy Osbourne deixa um legado imortal no rock. Seu impacto vai além da música: foi símbolo de resistência, de loucura criativa e de superação pessoal. Sua trajetória foi tão grandiosa quanto conturbada — e por isso mesmo, inesquecível.
- Fonte: The Guardian