Ys X: Nordics traz uma nova aventura para os fãs da franquia, apresentando o jovem Adol Christin e seu fiel companheiro Dogi em uma jornada épica que mistura exploração marítima, batalhas frenéticas e uma narrativa envolvente. Mas será que o jogo realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje
A série Ys, embora já seja veterana no mundo dos RPGs de ação, tem ganhado popularidade nos últimos anos entre o público ocidental, e Ys X: Nordics promete continuar essa tendência com novidades e melhorias que tornam o jogo uma experiência única, sem deixar de lado as características que tornaram a série querida por seus fãs ao longo dos anos.
Antes de se aprofundar mais no review, vale ressaltar que apesar de ter jogado diversos JRPGs, este foi meu primeiro contato com a franquia. Portanto, este review serve também com um guia para novas pessoas que estão buscando saber se vão ou não gostar da franquia e se é um bom jogo para começar nela.
A história de Ys X: Nordics
A história de Ys X: Nordics se passa quando Adol tem apenas 17 anos, antes de muitos dos eventos dos jogos anteriores. Enquanto viajam de navio em direção a Celceta, Adol e Dogi são atacados por piratas, forçando-os a atracar na cidade de Carnac. Presos nessa nova terra, a dupla precisa encontrar maneiras de sobreviver e, como sempre, Adol acaba sendo puxado para uma nova aventura, dessa vez envolvendo a misteriosa força conhecida como mana.
Após um encontro inusitado com uma concha mágica, Adol descobre que tem a capacidade de controlar a mana. Mas ele logo se vê em apuro em um duelo contra uma guerreira chamada Karja, que também possui poderes de mana. Durante esse confronto, Adol e Karja acabam presos por um vínculo espiritual que os impede de se afastarem um do outro. A partir daí, os dois devem trabalhar juntos para quebrar essa conexão, enquanto enfrentam uma nova ameaça: os monstruosos Griegr, que começam a atacar Carnac.
Gameplay e combate dinâmico
O sistema de combate de Ys X: Nordics apresenta uma dinâmica interessante com Adol e Karja lutando juntos. Embora o jogador controle principalmente um personagem por vez, em muitos momentos é necessário ativar o modo duo, onde os dois personagens se unem para realizar ataques combinados devastadores ou se defender de ataques poderosos.
Esse sistema não foge muito do estilo dos jogos anteriores, onde Adol tinha outros membros na equipe, mas aqui, a conexão entre Adol e Karja se destaca, criando uma sinergia de batalha única.
O uso do mana é um dos grandes diferenciais no combate. Tanto Adol quanto Karja podem executar uma variedade de habilidades especiais, desde lançar machados como bumerangues até criar esferas de gelo que causam dano em área.
Essas habilidades consomem SP, mas a barra se regenera rapidamente, permitindo que o jogador as utilize com frequência, tornando as batalhas rápidas e intensas. No modo duo, habilidades especiais são ainda mais poderosas, especialmente contra inimigos com barreiras que precisam ser quebradas antes de causar dano no HP dele.
Exploração Marítima e o Navio Sandras
Uma das maiores novidades de Ys X: Nordics é a introdução da exploração marítima. Adol e Karja assumem o comando do navio Sandras, que serve como sua base de operações e meio de transporte pelos mares do Golfo de Obelia.
À medida que a aventura avança, o jogador pode recrutar novos membros para a tripulação, cada um desempenhando funções diferentes no navio, como criação de poções, preparo de alimentos e melhorias no próprio Sandras.
A exploração dos mares é um dos pontos altos do jogo. O jogador tem a liberdade de navegar entre as ilhas, descobrindo tesouros escondidos, resgatando pessoas ou simplesmente explorando áreas inexploradas.
No início de cada capítulo, é uma boa ideia dar uma volta pelos mares e verificar se há novos pontos de interesse no mapa. Além disso, o Sandras precisa ser constantemente melhorado para enfrentar os perigos do Golfo de Obelia, que está repleto de navios inimigos e criaturas monstruosas.
Outro aspecto interessante são os eventos de recaptura, que funcionam como um mini-game de hordas de monstros. Durante esses eventos, o jogador deve enfrentar ondas de inimigos em batalhas navais e terrestres. A primeira parte envolve destruir torres e navios inimigos no mar, utilizando o Sandras. Já a segunda parte ocorre em terra firme, onde Adol e Karja precisam lutar contra hordas de Griegr.
O desempenho do jogador é avaliado, e recompensas são distribuídas com base na pontuação, incentivando a repetição das recapturas para obter melhores resultados.
Mudanças Bem-Vindas
Ys X: Nordics acerta ao introduzir mudanças suficientes para manter a fórmula da série fresca, sem afastar-se das raízes que fizeram os jogos anteriores tão populares. A transição de um grupo de três personagens para uma dupla pode parecer uma limitação à primeira vista, mas acaba funcionando muito bem dentro da narrativa e do sistema de combate.
E para quem, assim como eu, está tendo o primeiro contato com a franquia aqui, tudo simplesmente parece fluir muito bem e causa a impressão que essa sempre foi a fórmula da franquia. A relação entre Adol e Karja é desenvolvida de forma convincente, e a dinâmica de batalha entre os dois é fantástica e um dos pontos altos do jogo.
Apresentação audiovisual
Visualmente, Ys X: Nordics mantém o estilo anime característico da série, com gráficos que, embora não impressionem tecnicamente, são agradáveis e estilizados. O design das ilhas e dos ambientes marítimos é bem detalhado e diversificado, o que ajuda a manter a exploração interessante.
Um capricho melhor na parte técnica seria muito bem vindo, já que a situação só não é catastrófica nesse sentido porque a direção de arte é muito boa. Mas mesmo a direção de arte tentando compensar isso, fica claro que o jogo não se parece com um JRPG moderno e falta muitas tecnologias que os consoles de nova geração padronizaram nos últimos anos.
A trilha sonora, como é de costume na série Ys, é um dos pontos altos do jogo. As músicas são bem compostas e se ajustam aos momentos de ação e calmaria, com faixas mais pesadas para as batalhas e outras mais suaves para os momentos de exploração.
Infelizmente, o jogo não tem dublagem e nem legenda em português, JRPGs ainda costumam cometer esse erro gravíssimo para nós brasileiros e é uma pena, já que muitas pessoas acabam sendo impedidas de experienciar excelentes jogos, como é o caso de Ys X: Nordics.
Mas e aí, Ys X: Nordics vale a pena?
Ys X: Nordics é uma adição sólida à longa lista de aventuras de Adol Christin. As mudanças, como a exploração marítima e o sistema de duo, trazem uma nova camada de profundidade à jogabilidade, sem perder o charme que fez a série Ys conquistar tantos fãs.
Com uma história envolvente, combates frenéticos e um mundo vasto para explorar, Ys X: Nordics é uma recomendação fácil tanto para veteranos quanto para novatos na série.
Este review de #YsX Nordics foi elaborado com uma cópia para Playstation 5 cedido pela Publisher.
Resumo para os preguiçosos
Ys X: Nordics traz uma nova e emocionante aventura para Adol Christin e Dogi, introduzindo mudanças significativas na fórmula tradicional da série, como a exploração marítima e batalhas navais. A história se passa quando Adol tem apenas 17 anos, e ele e Karja, sua nova companheira de batalha, são forçados a trabalhar juntos após serem ligados por uma conexão de mana. O combate dinâmico, que agora se concentra em uma dupla, traz variedade e intensidade, com habilidades especiais e ataques em conjunto que tornam as batalhas rápidas e envolventes.
Além das lutas, o jogo oferece uma exploração rica pelo Golfo de Obelia, onde o jogador pode navegar, descobrir tesouros e recrutar novos membros para a tripulação do navio Sandras. Embora o jogo mantenha os elementos que os fãs da série adoram, como a trilha sonora marcante e a evolução da base de operações, Ys X: Nordics se destaca pelas novidades, sem perder a essência da franquia. É uma experiência envolvente tanto para fãs veteranos quanto para novos jogadores.
Prós
- História
- Combate dinâmico
- Batalhas navais
- Exploração
Contras
- Gráficos
- Falta de legenda em PTBR