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XDefiant – Análise – Vale a Pena – Review

A Ubisoft é conhecida por suas franquias épicas e também por seus jogos como serviço, e XDefiant é mais uma empreitada da companhia no segundo, mas que também se aproveita um pouquinho do que ela construiu ao longo dos anos.

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Com a clara proposta de tentar roubar pelo menos um pouco dos jogadores de Call of Duty, ao oferecer uma jogabilidade que lembra bastante a do jogo da Activision, será que esse novo jogo gratuito para jogar consegue entregar um conteúdo bom para isso?

Em XDefiant, você controle personagens que fazem parte de diferentes facções que representam franquias da Ubisoft. Você pode controlar um Agente do DedSec, um dos guerrilheiros de Far Cry 5, fantasmas de Ghost Recon, limpadores de The Division, e também agentes de Splinter Cell.

O jogo funciona em partidas de 6 contra 6 com modos bem conhecidos pelos jogadores de jogos de tiro, ou seja, dominação, captura de zonas, zonas que ficam mudando de lugar dentro do cenário e também aquele modo de escoltar uma carga semelhante às partidas de Overwatch.

A jogabilidade de XDefiant realmente lembra bastante Call of Duty, mas com uma pequena diferença: cada facção tem habilidades ativas e passivas que não se resumem a granadas, mas também a itens que podem usar durante o combate. Os fantasmas ficam invisíveis, por exemplo, enquanto os Limpadores colocam fogo nos adversários que são atingidos pelas balas deles, e caso não morram no tiroteio, podem acabar morrendo em decorrência desse fogo.

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XDefiant - Análise - Vale a Pena - Review

Isso adiciona uma camada de estratégia bem interessante ao jogo, já que obriga os jogadores a balancearem suas equipes de modo que você consiga ter, por exemplo, pelo menos um personagem com escudo para ajudar os seus companheiros de equipe a escoltarem o pacote nessas fases, ou também que você tenha pelo menos um personagem que se camufle para flanquear snipers inimigos e assim por diante.

Além disso, cada classe possui um ultimate à lá Valorant que pode ser desbloqueado após uma certa quantidade de abates, e que ajuda a causar uma série de mortes e assim virar um placar apertado ou conquistar um objetivo, por exemplo.

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Além das classes, também há uma série de armas que você pode usar como rifles de precisão, metralhadoras, submetralhadoras, shotguns e assim por diante. Aqui, o esquema de progressão de armas é bem semelhante ao de Call of Duty. Conforme a arma é usada, você ganha níveis para ela e também desbloqueia novas partes que podem ser acopladas a ela, melhorando a precisão, alcance ou usando uma mira diferente, por exemplo.

XDefiant - Análise - Vale a Pena - Review

Outro ponto que é decidido pelas armas é a granada que você desbloqueia ao usar essa arma. Uma arma te dá acesso a um flashbang, por exemplo, enquanto outra dá acesso a uma mina que você planta em algum lugar e assim por diante. Assim como em Call of Duty, você pode usar loadouts prontos ou customizar suas armas conforme a sua preferência, mas por um bom tempo você provavelmente vai passar usando os presets definidos pela Ubisoft.

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O jogo tem uma boa quantidade de cenários até aqui no lançamento, com mapas que não são apenas andar em linha reta correndo desesperado para matar o adversário e tentar conquistar pontos. A maioria deles explora algum fator de verticalidade, com pelo menos um objetivo em plano diferentes dos que o que você começa, obrigando o jogador a entender que, para sobreviver no jogo, ele precisa olhar pra cima de vez em quando.

Ao fim da partida, encontramos também o de sempre, ou seja, você recebendo sua experiência, jogador destaque da partida e votação para quem você quer mandar um joinha, mas nada de replay da melhor jogada ou da última jogada.

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Além disso, você assiste ao seu progresso no passe de batalha, que pelo menos no momento em que eu estou testando o jogo, possui apenas um modo pago. Seria legal se houvesse um passe gratuito para incentivar os jogadores que não querem gastar nesse momento a permanecerem no jogo.

No geral, as partidas que eu joguei foram bem divertidas, com equipes mais ou menos equilibradas e sem grandes momentos onde as pessoas ficavam acocadas em algum lugar esperando você passar pra atirarem em você de onde você menos esperava.

Entretanto, vale ressaltar que eu gostaria que XDefiant aproveitasse o potencial que tem para bater de frente não só com Call of Duty, mas também com jogos como Valorant e CS2 trazendo um modo semelhante a estes, onde a morte realmente importasse, e não você morresse, esperasse 5 segundos e já estar correndo feito um maluco para voltar ao tiroteio.

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Outro ponto que eu também gostaria de ressaltar é que talvez seja uma boa ideia para XDefiant se estabelecer como um meio termo entre o que Call of Duty era mais antigamente e Valorant/CS:GO ao invés de tentar ser o próximo Fortnite com colaborações variadas e coisas como o Cristiano Ronaldo enfrentando o Chapolin Colorado, o mundo não precisa de mais um jogo assim.

Graficamente, XDefiant é um jogo bonito, e que rodou sem nenhum tipo de problema de performance no Xbox Series X, console que eu usei para os testes. O jogo está totalmente traduzido para o português e a dublagem também é competente.

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Mas e aí, XDefiant vale a pena?

XDefiant é um jogo interessante que pode cravar seu lugar dentro do cenário de jogos competitivos se fizer duas coisas: mantiver uma ideia de “COD raiz” ao invés de ficar adicionando múltiplos personagens de colaboração e coisas mirabolantes, afinal o mundo não precisa de mais uma cópia de Fortnite, e adições consistentes de conteúdo que mantenham o jogador que está nele agora engajado.

A Ubisoft tem a faca e o queijo na mão pra mais um jogo de sucesso, o alicerce é bem sólido, agora depende dela construir em cima disso.

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Resumo para os preguiçosos

XDefiant tem potencial para se destacar no universo dos jogos competitivos, desde que siga dois princípios: preservar uma abordagem mais tradicional ao estilo de “Call of Duty”, evitando a inclusão excessiva de personagens de parcerias e elementos extravagantes, já que o mercado não necessita de outra versão de Fortnite, e garantir atualizações frequentes que mantenham o interesse dos jogadores atuais.

A Ubisoft possui todos os recursos para transformar este jogo em mais um de seus sucessos, contando com uma base robusta. Agora, resta a ela aproveitar essa oportunidade para expandir e aprimorar o jogo.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Jogabilidade divertida
  • Bom meio termo entre Call of Duty e Overwatch/CS2
  • Qualidade gráfica e desempenho

Contras

  • Falta um passe de batalha grátis
  • Poderia ter um modo menos frenético
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.