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Venezuelanos que farmavam gold em Runescape para sobreviver começam a ser caçados por outros jogadores dentro do MMO

A situação do povo da Venezuela é tão dramática que recentemente fizemos uma matéria aqui comentando sobre como 1 Gold de World of Warcraft já valia mais do que 1 Bolívar, a moeda venezuelana, mas, como era de se esperar, mais casos bizarros como esse começaram a surgir, e um deles está acontecendo dentro do MMORPG oldschool Runescape.

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Segundo uma matéria de um jornal venezuelano publicada há cerca de três semanas, há muita gente no país farmando gold em Runescape para poder se sustentar, e isso acabou rendendo um guia no Reddit, postado por um jogador. O guia em questão era um guia de “como matar venezuelanos que estão farmando gold dentro de Runescape”, afinal de contas, farmar gold dentro do jogo não seria uma atitude legal, e, na verdade, é algo altamente condenável pelos jogadores.

O interessante é que, após essa postagem no Reddit, a repercussão da comunidade não foi defendendo quem mata os gold farmers, e sim defendendo os venezuelanos que estão farmando dinheiro dentro do jogo para não morrerem de fome por não ter outra alternativa viável dentro do país.

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Comentários como “não é esse post que me decepciona, é o racismo evidente e os comentários exagerados de quem não faz ideia de como é virar numa situação onde a sua economia está efetivamente em queda livre”, podem ser encontrados no tópico, que foi fechado por um moderador.

De acordo com a postagem, é possível ganhar entre 2 e 3 dólares por hora farmando gold dentro do jogo, o que já paga mais do que a maioria dos trabalhos com curso superior no país. De acordo com o The New York Times, a inflação achatou tanto os salários que o salário mínimo do país equivale a cerca de 5 dólares por mês, ou seja, é possível tirar um salário mínimo do país com cerca de 2 horas de trabalho dentro do jogo.

Depois de farmado, o gold era vendido em lojas virtuais do mercado cinza de Runescape, com os pagamentos geralmente sendo feitos em dólar, bitcoin ou outras criptomoedas.

Recentemente, a publisher do jogo nerfou um dos chefes do game, conhecido como Zulrah, que dava cerca de 5 dólares em itens por dia caso os jogadores farmassem ele. Depois do nerf, o chefe acabou deixando de ser economicamente viável, e provavelmente dificultou a vida de alguns jogadores do país.

Além dessa alternativa, há muitos venezuelanos minerando criptomoedas, como o Ethereum e o Monero, que também acabam sendo alternativas mais rentáveis do que trabalhar 40 ou mais horas por semana em diversos trabalhos.

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.