A Ubisoft voltou a provocar polêmica entre os fãs ao defender publicamente o uso de microtransações em jogos premium. Durante a divulgação do seu relatório financeiro anual, a empresa destacou que essas práticas contribuem para tornar a experiência mais divertida, mesmo em títulos que já possuem preço cheio.
Segundo o documento, a estratégia de monetização da Ubisoft é pensada para “respeitar a experiência do jogador e ser sustentável a longo prazo”. A editora afirma que todos os seus jogos premium podem ser aproveitados por completo sem gastos adicionais, mas que as microtransações são uma opção para quem quer personalizar personagens ou progredir mais rapidamente.
O que a Ubisoft disse sobre microtransações em jogos pagos
De acordo com a própria Ubisoft, a “regra de ouro” ao desenvolver jogos premium é garantir que o jogador tenha acesso completo ao conteúdo principal sem precisar pagar mais nada. Ainda assim, a empresa argumenta que sua oferta de microtransações “torna a experiência mais divertida”, oferecendo opções como skins, montarias exclusivas, armaduras e armas poderosas — todas opcionais, já que equipamentos igualmente fortes podem ser obtidos jogando normalmente.
Essa política, no entanto, é alvo de críticas pesadas por parte dos fãs mais assíduos. Para muitos jogadores, é aceitável ver microtransações em títulos gratuitos, que dependem delas para gerar receita. Mas em jogos premium, vendidos a preço cheio, a prática é considerada abusiva e prejudicial para a experiência geral.
As microtransações em jogos pagos não são novidade para a Ubisoft. A editora começou a incluí-las em 2017, com o lançamento de Assassin’s Creed Origins. Desde então, elas marcam presença em praticamente todos os lançamentos premium da empresa, incluindo o recente Assassin’s Creed Shadows. Apesar de a declaração do relatório financeiro parecer mais voltada a investidores, ela deve continuar gerando insatisfação entre os fãs que já demonstram cansaço com a estratégia.
Além das declarações polêmicas, a Ubisoft também anunciou mudanças internas. A nova subsidiária da empresa, criada com investimento parcial da Tencent, será liderada por Charlie Guillemot, filho do CEO Yves Guillemot, em conjunto com Christophe Derennes, ex-chefe dos estúdios norte-americanos da Ubisoft.