The Midnight Walk chamou atenção pelo seu visual belíssimo feito em Stop-motion e uma proposta interessante de gameplay, mas será que vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.
A história de The Midnight Walk
Em Midnight Walk, nós controlamos um ser conhecido como “o queimado”. Em um mundo onde não existe mais fogo e nem sol, o nosso propósito é tentar reacender o mundo com a ajuda de um pequeno Pot Boy que nos acompanha durante a jornada inteira.
A narrativa não é direta ao ponto e abre margem para muitas interpretações, com alguns NPCs nos dando dicas do que está acontecendo e o ambiente ao nosso redor nos contando visualmente o que aconteceu naquele local. O mistério sobre o que realmente é “a caminhada da meia noite” é o ponto central da trama e faz um bom papel te entretendo e deixando curioso para ver o desfecho de toda essa jornada.
Gameplay

Já no quesito gameplay, o jogo tem algumas ideias interessantes, mas que não são tão bem aproveitadas como poderiam ser. The Midnight Walk é repleto de puzzles para o jogador resolver, e apesar de serem criativos até certo ponto, são no geral bem fáceis e não apresentam desafio nenhum.
Uma coisa que chama atenção é que o jogo usa o áudio como uma ferramenta de gameplay, onde o jogador precisa fechar os olhos do personagem para ele ouvir a direção de sons e resolver puzzles dessa forma. A ideia é interessante e anima no começo, mas o jogo não vai muito além disso e mantém a ideia no básico do inicio ao fim, sem desenvolver ela além disso e sem mostrar o verdadeiro potencial do jogo, deixando aquele gostinho de quero mais (de uma forma frustrante).
Por sorte, os problemas citados acima não incomodam tanto porque o jogo é bem curto. Por ser uma experiência de mais ou menos 5 horas de duração, os problemas de gameplay de The Midnight Walk acabam ficando em segundo plano e você foca mais na experiência em Stop-Motion e na atmosfera absurda que o jogo tem.
Apresentação audiovisual

Já no quesito audiovisual, The Midnight Walk brilha como quase nenhum outro jogo desse ano. Logo de cara, o jogo chama atenção pelo visual feito em Stop-motion e esculpido inteiramente com argila real, tendo um dos gráficos mais únicos e belos do ano de 2025. Alinhado com uma direção de arte fantástica, o jogo não cansa de surpreender com seus cenários belíssimos durante a gameplay.
Único ponto ligeiramente negativo aqui é em relação a variedade de cenários, que é muito baixa, mas aceitável para uma experiência curta e acaba não incomodando no fim.
Já falando sobre a parte sonora, as músicas são “ok” e cumprem seu papel no jogo, mas a parte efeitos sonoros é espetacular e contribui fortemente para a rica atmosfera que o jogo tem. Os puzzles envolvendo o som ambiente são muito divertidos de fazer e mostra o quão bem os desenvolvedores acertaram nessa parte.
Apesar de todos os elogios a parte audiovisual, temos um sério problema: o jogo não conta com legendas em português e está totalmente em inglês, algo inaceitável em pleno 2025 e se torna ainda pior nesse tipo de jogo que tem um foco enorme na narrativa.
Mas e aí, The Midnight Walk vale a pena?

The Midnight Walk não está isento de problemas, mas se você sabe inglês, é um bom jogo e uma das experiências mais únicas de 2025. Algumas pessoas podem reclamar da duração de 5 horas para zerar, mas sinceramente eu acho que esse é um dos pontos fortes do jogo. Ele dura exatamente o tempo que tinha que durar e se fosse maior, todos os problemas que citei acima seriam atenuados e prejudicariam consideravelmente a experiência.
O maior problema do jogo é seu preço aqui no Brasil, na Steam ele ainda não foi precificado (atualizaremos quando o jogo sair), mas está custando a bagatela de R$ 200 reais na PS Store, que ao meu ver é caro demais para tudo o que o jogo oferece.
The Midnight Walk definitivamente vale a pena, mas não consigo recomendar por esse preço cheio e é melhor esperar por uma promoção.
Análise feita com uma chave de PS5 cedida pela Publisher.

