Tencent Holdings Ltd. e a família Guillemot, fundadora da Ubisoft Entertainment SA, estão explorando a possibilidade de realizar uma compra conjunta da desenvolvedora de jogos francesa, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto. A Ubisoft, que viu seu valor de mercado cair mais de 50% neste ano, pode estar próxima de uma mudança significativa, com a participação de uma das maiores empresas de tecnologia da China.
As conversas entre a Tencent e a Guillemot Brothers Ltd. visam encontrar maneiras de estabilizar a Ubisoft e aumentar seu valor no mercado. Uma das opções em discussão é a compra total da empresa e sua privatização, o que permitiria aos investidores reorganizar sua estrutura de governança. Atualmente, as ações da Ubisoft caíram 54% nas negociações em Paris, o que reduziu o valor da empresa para cerca de €1,4 bilhão (US$ 1,5 bilhão).
Atualmente, a Tencent possui 9,2% dos direitos de voto da Ubisoft, enquanto a família Guillemot detém 20,5%. A parceria entre essas duas partes poderia fortalecer o controle sobre a empresa e afastar outros possíveis interessados, especialmente após a Tencent ter adquirido 49,9% da holding dos irmãos Guillemot em 2022, garantindo-lhes maior poder sobre o destino da Ubisoft.
No entanto, ainda não há garantias de que essas conversas resultem em uma transação. A Tencent e a família Guillemot estão considerando outras opções e alternativas, e as negociações ainda estão em estágios iniciais. O declínio das ações da Ubisoft, exacerbado por vendas mais fracas do que o esperado e atrasos no lançamento de grandes títulos, como o esperado Assassin’s Creed Shadows, pressiona ainda mais a necessidade de uma solução estratégica para a empresa.
A possível compra poderia permitir à Ubisoft se reestruturar e lidar com os desafios que vêm enfrentando nos últimos anos, incluindo dificuldades na produção devido à pandemia e o cancelamento de jogos. Enquanto isso, os investidores aguardam ansiosamente para ver qual será o futuro de uma das maiores desenvolvedoras de jogos do mundo, agora no centro de uma possível aquisição bilionária.