A Steam Machine recebeu a confirmação de que o novo modelo não será subsidiado, frustrando expectativas de um preço competitivo com consoles. O tema principal agora gira em torno do custo elevado, que pode afastar o público acostumado aos valores mais acessíveis do PlayStation e Xbox.
A especulação inicial apontava para uma estratégia parecida com a das grandes fabricantes de consoles, que vendem os aparelhos com prejuízo e recuperam o investimento por meio da venda de jogos e acessórios. No entanto, Pierre-Loup Griffais, engenheiro de software da Valve, afirmou de forma direta que isso não acontecerá. A empresa pretende alinhar o preço da Steam Machine com o que é praticado no mercado de PCs, considerando os recursos e o desempenho do dispositivo.
Steam Machine deve custar entre 800 e 900 dólares
A ausência de subsídio, aliada a uma possível alta no preço da memória RAM, indica que a Steam Machine pode chegar às lojas custando entre 800 e 900 dólares. Esse valor a colocaria bem acima dos consoles atuais, como o PlayStation 5, que parte de US$ 399 na versão digital durante promoções como a Black Friday. A comparação de custo-benefício pode se tornar um obstáculo para a popularização do aparelho entre usuários tradicionais de consoles.
O argumento da Valve se concentra na qualidade dos recursos da máquina. A Steam Machine contará com um formato compacto, funcionamento silencioso, suporte a HDMI CEC, conexão Bluetooth com quatro antenas e Wi-Fi 6E. O hardware inclui um processador AMD Zen 4 personalizado com 6 núcleos e 12 threads, uma GPU AMD RDNA 3 com 28 unidades de computação, 16 GB de RAM DDR5 e opções de armazenamento NVMe de até 2 TB. O sistema virá com SteamOS 3, baseado em Arch Linux, e interface KDE Plasma.
Mesmo com boas especificações e integração com o ecossistema Steam, a Steam Machine enfrentará o desafio de convencer jogadores a pagar o valor de um PC gamer compacto sem o apelo de um preço mais competitivo.


