Sony admite dificuldades com jogos como serviço no PlayStation e promete melhorias

Durante a apresentação dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, executivos da Sony abordaram com franqueza os desafios enfrentados pela estratégia de jogos como serviço do PlayStation. A mudança de um modelo centrado em hardware para um modelo de plataforma mais abrangente está em curso, mas ainda enfrenta obstáculos consideráveis.

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A executiva Lin Tao, diretora financeira da Sony, admitiu que a iniciativa de lançar 10 jogos como serviço até março de 2026 não está progredindo como o esperado. Apesar disso, ela destacou que há aprendizados importantes sendo acumulados e que esses erros servirão como base para decisões mais eficientes no futuro.

Jogos como serviço enfrentam tropeços, mas Sony vê progresso

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Nos últimos anos, a Sony investiu pesado para entrar no segmento de live service, tradicionalmente dominado por concorrentes como a Microsoft e estúdios independentes. A ideia era diversificar o portfólio da marca PlayStation, mas os resultados até agora foram mistos.

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Jogos como Concord foram cancelados e Marathon, da Bungie, foi adiado para 2026. Ainda assim, Lin Tao afirmou que a participação de jogos como serviço nas receitas da empresa já chegou a 40% no primeiro trimestre de 2025, sendo projetada entre 20% e 30% para o ano inteiro.

“Cinco anos atrás, praticamente não tínhamos jogos como serviço nos estúdios PlayStation. Hoje, temos Helldivers 2, MLB The Show, Gran Turismo 7 e Destiny 2, da Bungie, gerando vendas e lucros de forma estável”, afirmou a CFO.

Helldivers 2 é o destaque — mas veio de fora

O maior sucesso da Sony nesse segmento até agora não veio de um estúdio próprio, e sim da Arrowhead Game Studios, com Helldivers 2. O jogo foi um fenômeno inesperado em 2024, mostrando que há espaço para a Sony se destacar no mercado — ainda que precise aprender mais com parceiros externos.

Esse dado é simbólico: mostra que a PlayStation ainda está longe de dominar o modelo de live service. Com Marathon em desenvolvimento e uma pressão crescente por resultados, o desempenho do título da Bungie será um marco crucial para definir o futuro dessa estratégia.

Sony quer reduzir desperdícios e criar experiências mais eficientes

Lin Tao foi clara ao dizer que há “muitos problemas” no modelo atual, mas que a empresa está comprometida em fazer ajustes. A meta agora é reduzir o desperdício no desenvolvimento e lançar jogos como serviço de forma mais fluida, com foco em experiências sustentáveis e de longo prazo.

“Reconhecemos que ainda há muitos desafios, mas queremos aprender com os erros e introduzir conteúdo de forma mais eficiente”, declarou.

Com o mercado de games evoluindo rapidamente, a Sony busca se adaptar — mesmo que aos trancos e barrancos. O sucesso ou fracasso de Marathon poderá ditar o tom dessa nova fase para os jogos como serviço do PlayStation.

Valteci Junior
Valteci Junior
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.