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Skull and Bones – Vale a pena – Análise – Review

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Skull and Bones, o jogo de pirata da Ubisoft foi finalmente lançado e parece ter como objetivo não deixar afundar de vez a reputação da desenvolvedora, ou de pelo menos não morrer na praia após ter levado quase 10 anos para ser lançado.

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Depois de vários adiamentos e trailers que não conseguiram arrancar entusiamo do público sendo divulgados ao longo dos anos, chegou finalmente a hora de avaliarmos se sair por aí colocando caravelas pra brigar ainda é tão interessante quanto parecia lá em 2014, em Assassin’s Creed: Black Flag.

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Foi em ‘Black Flag’ que tudo começou. Este quarto título da série ‘Assassin’s Creed’ é reconhecido até hoje como um dos melhores por proporcionar ao jogador a experiência única de ser um pirata assassino no Caribe. Nele, é possível derrubar navios inimigos e explorar um mapa incrível, com a liberdade de se lançar do navio a qualquer momento e desfrutar do autêntico e profundo transe proporcionado por um jogo que permite explorar o cenário conforme a preferência do jogador

O problema com ‘Skull and Bones’ é sua falta de elementos atraentes, agravado por uma experiência de jogo fraca, sem brilho e ultrapassada, repleta de lacunas no roteiro, no combate e na exploração. Para piorar a situação, a Ubisoft decidiu lançar o jogo como um ‘Game as a Service’, em um momento de declínio desse modelo no mercado, notoriamente por sua falta de conteúdo de qualidade e desenvolvimento profundo

Reprodução: Ubisoft

Sendo assim, baseado no que escrevi você já pode imaginar que a nota desse review não será das melhores. Skul and Bones é um jogo ruim, mas se você ficar até o final deste review vai conseguir ter uma medida do quanto.

Mas vamos por partes: por que diabos Skull and Bones é ruim mesmo apostando em algo com tanto potencial? Bem, a resposta é um tanto simples: o jogo inteiro soa como um prolongamento excessivo de uma mecânica interessante de combate naval criada em 2014.

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Reprodução: Ubisoft

A verdade é que após descobrir que a mecânica de combate naval de Black Flag era algo realmente acima da média, a Ubisoft decidiu que deveria aproveitar a boa receptividade do público este aspecto em um produto mais ambicioso, totalmente focado na temática de piratas e sem as amarras da franquia Assassins Creed.

O problema com Skull and Bones é que ele dá a impressão de ser apenas um fragmento de uma boa mecânica, e nada além disso. Imagine o seguinte: Black Flag é como uma grande pizza, e o combate naval é apenas um pequeno pedaço dessa pizza. O que a Ubisoft fez foi pegar esse pedaço e esticá-lo ao extremo, sem adicionar substância ou conteúdo adicional relevante. O resultado é algo insípido e seco, que sinceramente não justifica o preço cobrado.

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Reprodução: Ubisoft

Skull and Bones começa com o jogador tendo que se virar após um naufrágio e assumindo sua própria tripulação como capitão. Algumas missões básicas vão sendo oferecidas para que se possa conhecer o sistema do jogo, e o jogador vai aos poucos descobrindo como explorar o mapa, construir suas próprias ferramentas… até ser capaz de ficar por conta própria.

Os cenários são bonitos, mas nada deslumbrantes ou marcantes. Explorar o mar em busca de recursos até que é divertido no começo, principalmente quando você descobre que tubarões e crocodilos te perseguem caso você passe próximos a eles. Com o tempo as coisas começam a ficar um tanto monótonas, já que você só navega por aí e não pode explorar mapas externos as cidades a pé, como em Black Flag.

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Reprodução: Ubisoft

Toda coleta de recursos resume-se a parar em frente aos recursos, apertar alguns botões durante um minigame que simula que alguém da sua tripulação realmente desceu do barco e está cortando uma árvore ou qualquer coisa do tipo… e é isso ai. Que comece a aventura, hooray!

Em pouco tempo você já consegue trocar a primeira embarcação por algo mais robusto e elaborado, que pode navegar em alto mar e permitir que você explore locais mais distantes sem correr sérios riscos de ser derrubado pela primeira marola que encontrar. Mas o problema é que as coisas ficam só nisso. Skull and Bones promete muito e entrega pouco, conseguindo ser um jogo pior do que Black Flag, um jogo de 10 anos atrás.

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Reprodução: Ubisoft

A essência do jogo, o combate naval, ainda se mantém divertida! Há uma satisfação genuína em navegar pelos mares, distribuindo balas de canhão contra os inimigos e organizando sua tripulação para abordar e saquear navios adversários, maximizando a coleta de recursos. Contudo, o jogo não proporciona uma experiência imersiva nesses momentos críticos: o jogador não participa ativamente do abalroamento nem da invasão dos navios inimigos. Também não há a opção de se envolver diretamente em combates intensos com uma tripulação completa, enquanto se luta para manter o próprio navio a salvo. A mecânica é simplificada ao extremo: basta apertar um botão, assistir a uma breve cutscene, e de repente, o inimigo está submerso e você, com os cofres cheios.

Em termos de personalização, Skull and Bones também se destaca. O jogo permite que o jogador possa tornar seu navio verdadeiro único, mesmo todos os jogadores ao seu redor possuam a mesma embarcação que você. Porém, para obter material de customização virtual você precisa abrir a carteira real e investir em uma quantidade absurda de microtransações para obter os itens mais legais ou os que realmente valem a pena.

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Reprodução: Ubisoft

O mesmo vale para a customização do seu capitão. Algumas roupas e acessórios vão sendo oferecidos ao se completar missões, porém as roupas mais legais, aquelas que você realmente quer, também estarão escondidas atrás de uma parede de microtransações. Sabe o que Assassin’s Creed tem feito com os sets lendários que podem ser comprados em conjuntos fechados e com dinheiro real nos últimos anos? Pois é, Skull and Bones parece tornar isso ainda pior, afinal de contas estamos falando de um Game as a Service.

O enredo de Skull and Bones é notavelmente fraco. A narrativa dá a impressão de ter sido concebida apressadamente apenas para orientar o desenvolvimento do jogo, e com o tempo, acabou se tornando o enredo principal sem maiores elaborações. O jogo falha em engajar o jogador com razões convincentes para continuar a exploração do mapa. A experiência parece estar limitada a uma sucessão interminável de batalhas navais, sem variação ou profundidade, tornando-se rapidamente repetitiva e previsível.

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Reprodução: Ubisoft

O que mais frustra em Skull and Bones é que o tempo todo você tem a sensação de que tudo foi feito sem muito esmero, apesar de a cena de abertura mostrar que vários estúdios da Ubisoft contribuíram para o desenvolvimento do jogo. É um produto fraco, risível e que parece deixar claro que a Ubisoft não sabe ouvir o apelo da comunidade que costuma comprar os seus jogos nem escutar os desejos e rumos do próprio mercado em que está inserida.

É realmente impressionante perceber que foram necessários 10 anos para apresentar algo tão fraco e sem sal – o que é irônico já que estamos falando de um jogo que se passa em alto mar. A única parte realmente positiva de Skull and Bones é o combate naval, que se repete praticamente à exaustão e nem é mais tão legal assim quanto era em 2014.

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Reprodução: Ubisoft

Em suma, Skull and Bones deixa a desejar, parecendo mais um esquema para extrair dinheiro dos jogadores do que um jogo bem desenvolvido. Minha experiência foi de desapontamento, não apenas pela qualidade do jogo, mas também pela decisão da Ubisoft em lançá-lo nesse estado. Questiono-me por que a Ubisoft não escutou a comunidade ou buscou inspiração em sucessos como Sea of Thieves, que soube capturar a essência da aventura pirata tão desejada pelos jogadores. Skull and Bones parece estar à beira do fracasso, e sem mudanças significativas e melhorias nos próximos meses, temo que possa seguir o caminho de outros jogos que tiveram que encerrar seus servidores precocemente.

Resumo para os preguiçosos

Skull and Bones, apesar de promissor inicialmente, falha em entregar uma experiência de jogo envolvente, apresentando um combate naval simplificado e repetitivo, um enredo fraco, e mecânicas de jogo monótonas. A decisão de lançá-lo como ‘Game as a Service’ e a necessidade de microtransações para personalização aprofundam a sensação de um jogo desenvolvido sem atenção às expectativas dos jogadores, correndo o risco de ser mais um título a enfrentar um encerramento precoce de servidores.

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Nota final

40
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  1. Combate naval continua sendo um aspecto divertido do jogo.
  2. Personalização do navio e do capitão, oferecendo uma certa singularidade.
  3. Início do jogo é envolvente

Contras

  • Falta de elementos atraentes e experiência de jogo fraca.
  • Lançamento como ‘Game as a Service’ em um momento de declínio desse modelo.
  • Falta de imersão e repetitividade nas batalhas navais.
  • Necessidade de microtransações para acessar melhores itens de personalização.
  • Enredo fraco e mal elaborado, sem engajamento para exploração contínua.
  • Mecânica de coleta de recursos monótona e limitada.
  • Sensação de que o jogo foi desenvolvido sem esmero ou atenção às demandas dos jogadores.
  • Potencial risco de fracasso e encerramento precoce dos servidores.
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.