Alex Hutchinson, diretor de jogos como Far Cry 4, Assassin’s Creed 3 e Revenge of the Savage Planet, afirmou que a Nintendo conseguirá evitar críticas ao novo sistema de Game Key Cards do Nintendo Switch 2 devido à força da nostalgia que a marca ainda exerce sobre os jogadores.
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Durante entrevista ao site VideoGamer, Hutchinson criticou o novo formato adotado pela Nintendo, no qual alguns jogos em mídia física não vêm com os dados no cartucho. Em vez disso, os Game Key Cards funcionam apenas como uma chave para que o jogo seja baixado da loja online da empresa. “Eu odeio isso”, afirmou o diretor. “Acho meio fraco. Estamos perdendo parte do que tornava esse mercado especial. Trocar cartuchos do Game Boy na escola, ou do DS para quem é mais novo… isso tinha um charme.”
O diretor ainda disse que acredita que outras empresas seriam mais criticadas por adotar esse modelo. “É engraçado que a Nintendo vai se safar dessa. Isso só mostra o poder da nostalgia no nosso mercado. As pessoas atacam a Microsoft, mas quando é a Nintendo, principalmente na Europa, é diferente. É como se dissessem: ‘ah, é a Nintendo fazendo, tudo bem, vamos relevar’.”
O sistema dos Game Key Cards tem gerado críticas também por parte de preservacionistas de jogos. Stephen Kick, CEO do estúdio Nightdive, que é conhecido por remasterizar clássicos fora de circulação, declarou ao GamesIndustry.biz que “ver a Nintendo fazer isso é um pouco desanimador”. Ele acrescentou: “Você esperaria que uma empresa desse porte, com uma história tão rica, levasse a preservação mais a sério.”
De acordo com a própria Nintendo, os Game Key Cards não contêm o jogo em si, apenas a autorização para baixar o título via internet. A maioria dos jogos de terceiros anunciados para o Switch 2 até agora usará esse sistema, com exceções como Cyberpunk 2077 e a versão ocidental de Daemon X Machina: Titanic Scion.
