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Segundo analista financeiro, o preço dos jogos deveria ser mais caro do que 60 dólares

A treta envolvendo microtransações em jogos eletrônicos parece que ainda vai longe. O assunto que se iniciou com o novo sistema pay-2-win de Battlefront 2 deu tanto o que falar, que a DiCE e a EA resolveram tirar tudo do ar até que um jeito menos controverso de monetizar o game fosse analisado.

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Um dos pontos chave dessa discussão diz respeito a margem de lucro que a desenvolvedora tem em cima de um jogo de 60 dólares. Levando em consideração que o preço de jogos AAA não sofreu alteração nos últimos anos e nem foi afetado por taxas de inflação, em teoria, um game lançado em 2007 tinha potencial de lucro muito maior do que um lançado em 2017. É claro que esse cálculo demanda adição de diversos outros fatores como quantidade de vendas totais, mercado em potencial, custo de desenvolvimento e etc, mas vale lembrar que tudo isso leva em consideração o comportamento do mercado internacional e a sua evolução nos últimos anos.

Segundo Evan Wingren, analista financeiro de Wall Street, microtransações não deveriam ser tão mal vistas pelo mercado quanto se imagina. Levando em consideração o comportamento do mercado americano, jogos de vídeo-game ainda possuem um custo relativo muito menor do que a TV e o consumo de filmes. Ou pelo menos foi isso que o analista disse em uma carta aberta a alguns investidores.

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Vamos supor que você compre um jogo por 60 dólares e ainda se preste a gastar cerca de 20 dólares por mês em microtransações. Vamos supor também que você resolva dedicar cerca de duas horas e meia à jogatina por dia, durante um período de um ano. No final das contas, você terá gasto cerca de 40 cents por hora com o jogo, enquanto poderia ter gasto 60 cents com televisão e 80 cents com aluguel de filmes.

É claro que se tentarmos traçar um paralelo com o mercado brasileiro, tudo isso cai por terra. Aqui tudo é tão caro e tem tanta carga tributária em cima, que fica até difícil mensurar ao certo quanto deveria ser o valor de investimento bruto do consumidor em qualquer uma dessas áreas. Mas, de qualquer forma, essa é a opinião de um analista financeiro que resolveu defender as empresas e tentar mostrar por que alguns jogadores mais irritados não deveriam ter tanto do que reclamar.

Por fim, Wingren sugere que já que o modelo atual não esta agradando, pode ser necessário tentar ganhar mais aumentando o preço base do jogo.

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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.