As acusações de prática antissindical contra a Rockstar Games viraram o principal tema envolvendo o estúdio em 2025, superando até mesmo o aguardado lançamento de Grand Theft Auto VI. Após a demissão de 34 funcionários, protestos e denúncias surgiram, incluindo uma ação legal liderada pela IWGB (Sindicato Independente dos Trabalhadores da Grã-Bretanha), que acusa a empresa de retaliar trabalhadores sindicalizados.
Primeiro-Ministro britânico comenta o caso da Rockstar

A controvérsia chegou ao parlamento do Reino Unido pela segunda vez. O deputado trabalhista escocês Chris Murray, representante da região onde fica a Rockstar North, levou a questão ao Primeiro-Ministro Keir Starmer. Após conversar diretamente com a empresa e não obter garantias claras de que as leis trabalhistas britânicas estavam sendo seguidas, Murray pressionou o governo a se posicionar sobre o direito de sindicalização dos trabalhadores.
Starmer classificou a situação como “profundamente preocupante” e afirmou que todos os trabalhadores têm o direito de se sindicalizar sem enfrentar consequências injustas. Ele prometeu que ministros irão investigar o caso específico levantado por Murray.

A Rockstar justificou as demissões afirmando que os funcionários haviam vazado informações confidenciais. No entanto, essa alegação foi desmentida tanto por membros do sindicato quanto por ex-funcionários, que revelaram que a suposta violação envolvia apenas conversas internas em um servidor do Discord criado quatro anos antes para discutir condições de trabalho.
De acordo com os relatos, esse servidor é privado, acessível apenas a membros da IWGB e a funcionários interessados em participar do sindicato, e conta com verificação antes do ingresso de novos usuários. A única controvérsia apontada foi a permanência de alguns ex-funcionários no grupo.
Situação atual e futuro do caso
Enquanto a Rockstar tenta manter o foco em GTA VI, os protestos continuam do lado de fora de seus escritórios e da sede da Take-Two. Segundo fontes próximas ao movimento sindical, os atos não vão parar até que os 34 trabalhadores demitidos sejam reintegrados.
A expectativa dos manifestantes é simples: que os funcionários sejam recontratados para continuar contribuindo com o projeto. A empresa, por outro lado, pode continuar a ignorar as pressões ou resolver a questão com acordos financeiros. Resta saber se o impacto à imagem pública e o envolvimento direto do governo britânico mudarão a postura da Rockstar.

