A publisher sul-coreana Krafton, responsável por títulos como PUBG, InZOI e o futuro Subnautica 2, iniciou um programa agressivo de compra de contratos de funcionários, oferecendo até três anos de salário para quem aceitar deixar a empresa. A medida acontece pouco depois do anúncio de que a companhia irá se transformar em uma empresa focada prioritariamente em inteligência artificial.
A decisão foi oficializada no último dia 12 de novembro por meio de um comunicado interno, segundo informações da BusinessKorea. O pacote de saída depende do tempo de casa: profissionais com menos de um ano têm direito a seis meses de pagamento, enquanto veteranos com mais de 11 anos podem receber até três anos de salário.
A estratégia visa enxugar a equipe para maximizar lucros após a divulgação de um trimestre recorde, com lucro operacional de 1,052 trilhão de won sul-coreanos, o equivalente a cerca de US$ 717,7 milhões.
Subnautica 2 no centro de polêmica judicial
A decisão da Krafton ocorre enquanto a empresa enfrenta um processo judicial movido pelos ex-executivos da Unknown Worlds, estúdio de Subnautica 2. Charlie Cleveland, Ted Gill e Max McGuire alegam que foram demitidos para evitar o pagamento de US$ 250 milhões em bônus por desempenho. Em contrapartida, a Krafton acusa os três de baixarem arquivos confidenciais do jogo antes da saída e entrou com uma ação própria por suposto abandono de função.
O cenário de crise não para por aí. O simulador de vida InZOI, outro projeto da Krafton, sofre críticas devido ao uso excessivo de inteligência artificial, como a criação de objetos 3D a partir de imagens 2D e texturas geradas por comando textual. Desde o lançamento em acesso antecipado, o jogo perdeu quase toda sua base inicial de jogadores, caindo de 87 mil para menos de 2 mil usuários diários no Steam.
