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E nem foi a Sony quem disse isso. Em painel minitrado por diversos desenvolvedores veteranos em criação de jogos para o PlayStation Vita, como Brian Provinciano (Retro City Rampage), Bobby King (The Pinball Arcade), Richard Hogg (Frobisher Says) e Chris Harvey (Guacamelee, Tales From Space: Mutant Blob Attacks), uma opinião era comum: o portátil da Sony é bem melhor que o iOS e o 3DS para os indies por alguns motivos.
O primeiro deles é uma questão mercadológica. O mercado de jogos para o PlayStation Vita não está nem de longe tão saturado quanto o no iOS ou no Android. É bastante difícil emplacar um sucesso lá, pois todo mundo está fazendo jogos para os dispositivos da Apple e com o sistema operacional do Google. Um comentário interessante aqui foi que para desenvolvedores menores, é como se fosse uma aposta, pois alguns jogos acabam virando virais e outros jogos muito bons são completamente ignorados. Além disso, o Cross Buy (você comprar um jogo no PlayStation Vita e poder jogá-lo no PS3 ou vice-versa) é uma característica que empolga todos os desenvolvedores.
O segundo motivo é a facilidade de desenvolvimento. Ao que tudo indica, o portátil da Sony é bem fácil de ser programado. Caso vocês não lembrem, Retro City Rampage saiu primeiro para PC, PS3 e PlayStation Vita, e isso não foi por acaso. Durante o painel, Brian Provinciano comentou que tinha uma versão jogável do Vita feita em apenas um dia, já Frobisher Says ficou pronto em menos de oito meses, contanto o tempo de receber o kit de desenvolvimento e enviar o jogo pronto para liberação na PlayStation Store.
Perguntados se algum deles gostaria de desenvolver para o Vita novamente, todos responderam um enfático sim, mesmo com um pequeno problema no desenvolvimento para o sistema: o sistema de territórios da Sony. Depois de terminado, há uma série de testes e aprovações de um jogo para o território (imagine Américas). Terminado esse território, há outro round desses para a Europa, por exemplo. Isso acaba dificultando o lançamento de jogos em locais diferentes simultaneamente.
Outro ponto bastante importante comentado é que a Sony parece ser muito mais aberta ao desenvolvimento de indies do que a Microsoft, pois a empresa aprece muito mais aberta a eles do que a empresa do Tio Bill. Houve até um comentário do tipo “com a Microsoft, parece que você tem que vender o seu jogo primeiro para eles, para depois vender para os jogadores, algo que não ocorre na Sony”.
Parece que o futuro do Vita não é tão horrível assim, não é? Com os recentes esforços da Sony em aumentar o desenvolvimento de Indies, parece que o portátil finalmente tem tudo o que ele precisa para que um ecossistema de jogos indie floresça lá. Agora só falta uma redução de preço para empurrar mais uns Vitas nos colos dos consumidores.