Se você caiu no golpe do Pix, a primeira ação recomendada é notificar imediatamente a instituição financeira usada para a transferência. Isso permite acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) e tentar o bloqueio dos valores antes que sejam sacados ou transferidos.
Como agir após cair no golpe do Pix
Segundo o advogado Leandro Bissoli, é essencial avisar o banco o quanto antes e registrar um boletim de ocorrência. Guarde todas as provas possíveis: prints das conversas, recibos de transferência, nomes e perfis dos golpistas. Essas evidências serão utilizadas para contestar oficialmente a transação e iniciar o processo de reembolso.
É possível recuperar o dinheiro?
Recuperar o valor transferido no golpe do Pix errado depende da agilidade da vítima e da colaboração entre as instituições financeiras. Quando a contestação é feita rapidamente, o banco do pagador pode acionar o banco do golpista e tentar bloquear o montante via MED.
No entanto, como os criminosos costumam movimentar o dinheiro rapidamente, o rastreamento pode ser difícil. Por isso, agir imediatamente aumenta consideravelmente as chances de reversão.
O especialista Victor Menezes reforça que a vítima deve impedir qualquer nova tentativa de estorno indevido, comunicando o golpe ao banco para que o MED não seja usado contra ela em outra operação.
Como funciona o golpe do Pix
O golpe começa quando a vítima recebe um Pix aparentemente por engano. Logo em seguida, os golpistas entram em contato — geralmente via WhatsApp ou ligação — pedindo a devolução do valor. Enquanto isso, eles acionam o MED no banco, tentando reaver o valor por outro canal. Se a vítima devolve o dinheiro manualmente, o valor acaba saindo duas vezes da conta dela.
Segundo Menezes, esse esquema configura estelionato, crime previsto no Código Penal com pena de 1 a 5 anos de prisão. Se cometido por meio eletrônico, como no caso do Pix, a pena pode aumentar em um terço.
