Dada a reputação recebida pelo sucesso comercial e crítico de Life is Strange, o estúdio Dontnod agora se encontra numa situação que é desejada e difícil ao mesmo tempo. De um lado, tudo que a desenvolvedora encostar as mãos receberá uma séria consideração. No outro, todos os seus futuros lançamentos devem atingir um padrão muito mais alto do que era esperado anteriormente. Qualquer coisa menor do que isso seria o bastante para manchar a reputação que foi criada.
Como a Dontnod vai entregar esse padrão de qualidade e ter certeza que toda essa consideração extra é justificada e continuará no mesmo lugar no futuro? A reposta, aparentemente, é ir muito além do que o estúdio jamais foi. Vampyr é, sem sombra de dúvidas, o projeto mais desafiador que companhia (fundada em 2008) já colocou suas mãos, e também é o maior risco que ela já correu. Não há garantia de nada.
O palco é Londres, 1918, uma cidade coberta de doenças que luta para conseguir cobrir os seus custos de manutenção no final da Primeira Guerra Mundial. O protagonsita é Jonathan Reid, um veterano de guerra que foi recentemente convertido ao vampirismo a força. O foco da narrativa do jogo será na mente de Reid, enquanto ele luta para continuar sendo o homem honrado que ele era antes da transformação, enquanto ele tem que satisfazer sua necessidade de consumir sangue de alguma forma.
Cabe a você decidir como ele reagirá a isso. Não é nenhuma surpresa que tomar decisões importantes durante os diálogos será uma coisa comum no jogo, visto o passado da desenvolvedora. Interagindo com os habitantes de Londres serve para descobrir mais sobre os indivíduos em questão, mas também serve para descobrir como está a cidade em geral e o que está acontecendo pelos arredores da vizinhança. Essa decisão também pode ser usada, caso você queira, para identificar os tipos de fonte de alimento humano que são mais fáceis de se conseguir… e onde encontrá-los.
Uma vez identificados, você não tem a obrigação de matá-los. Tomar o sangue serve para aumentar o nível do seu personagem, permitindo que você aprenda novas habilidades de combate e de manipulação de mentes/dialógos, porém aparentemente você pode terminar o jogo sem tirar uma vida sequer.
Apesar do investimento pesado na narrativa interativa, Vampyr não é nada parecido com Life is Strange. O combate, junto da exploração em mundo aberto, fazem um papel maior aqui e faz com que a sua experiência controlando Jonathan seja mais parecida com um “RPG de ação em terceira pessoa”.
O jogo será lançado em 2017, o que é bastante tempo para a Dontnod trabalhar e acertar nesse aspecto do jogo, junto dos elementos narrativos do jogo. Eu realmente espero que o combate seja bem feito, porque o mundo está jeito de jogos com combate em terceira pessoa, então criar um sistuma cheio de novidades e surpresas nesse meio tão genérico, seria algo realmente impressionante.
Grande parte do mundo jogo ainda está coberto em mistérios. O ambiente descrito pela Dontnod é um “semi mundo aberto”, com grande áreas conectadas por zonas menores. Como isso funciona de verdade, e como o gameplay e a progressão da narrativa são, ainda não sabemos.
O que sabemos é que suas ações em uma área terão um grande efeitos nas pessoas que vivem nela, e na vizinhança em geral. Se você decidir matar violentamente em algum lugar, os moradores começarão a ficar com mais medo e como resultado, mais violentos e menos sensatos em suas decisões. Caso você decida não matar ninguém, isso fará os habitantes se sentirem seguros e serão menos propensos a agir sem pensar por causa do medo e de suspeitas.
Além disso, o estado de Londros será totalmente influenciado pelo jeito que você agir. No final do jogo, a metrópole pode ter sido posta de joelhos e estar pronta para se autodestruir, ou ela pode estar a ponto de abandonar a dor e se colocar de novo em um caminho de paz e tranquilidade. Pelo menos até a Segunda Guerra chegar…
A Dontnod merece receber o benefício da dúvida devido ao seu excelente trabalho com Life is Strange e, como qualquer jogo que se propõe a tanto, vale mais do que a pena continuar acompanhando.
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