A Justiça de São Paulo manteve a condenação da escola de inglês Beway por uso indevido e ofensivo da imagem da apresentadora Nyvi Estephan em uma campanha publicitária. O caso teve início após a divulgação de uma peça que associava a imagem de Nyvi a uma mensagem sexista: “Seus peitos só te levam até certo ponto. Depois você precisa se garantir na pronúncia. Faça Beway e fale inglês sem medo”.
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Detalhes da campanha e processo judicial
Nyvi Estephan ingressou com uma ação contra a empresa, alegando difamação e uso não autorizado de sua imagem. A defesa da apresentadora destacou que a campanha carregava um discurso machista e depreciativo, prejudicando a reputação não apenas de Nyvi, mas também impactando negativamente a imagem de mulheres em geral.
“O anúncio tem um tom extremamente inadequado e machista, sugerindo que a autora deve seu sucesso exclusivamente a atributos físicos. Essa prática publicitária afeta todas as mulheres”, afirmou à Justiça o advogado Thalles Santos.
Durante o processo, foi mencionado que Jonas Bressan, sócio da Beway, elogiou publicamente o responsável pela peça publicitária, sugerindo que ele “merecia um aumento”, o que foi interpretado como apoio institucional à campanha.
Argumentos da empresa e decisão judicial
Em sua defesa, a Beway alegou não ter responsabilidade direta pela divulgação do material, afirmando que o vídeo teria sido publicado por terceiros em redes sociais independentes, sem aprovação formal da empresa. Segundo a Beway, a peça usava links que remetiam ao curso de inglês, mas nunca foi divulgada em perfis oficiais da escola ou de seus sócios.
Apesar da argumentação, a Justiça considerou que houve, sim, vinculação da imagem da apresentadora à marca, e manteve a condenação. A decisão foi inicialmente proferida em primeira instância em junho de 2024, com indenização fixada em R$ 150 mil.
Após recurso da Beway, o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação, mas reduziu o valor da indenização para R$ 50 mil.