O novo jogo da franquia Divinity está sendo desenvolvido com foco em corrigir um dos principais pontos fracos dos títulos anteriores: a construção do universo. A revelação veio em entrevistas recentes concedidas por Swen Vincke, CEO da Larian Studios, que destacou a importância de um cenário mais sólido e coeso, algo aprendido durante o desenvolvimento de Baldur’s Gate 3.
Durante a entrevista publicada pela IGN, Vincke explicou que os primeiros jogos da série Divinity foram criados com pouca preocupação em desenvolver um universo consistente. Só em Original Sin 2 houve um esforço mais significativo nesse sentido, mas ainda assim longe do nível de profundidade entregue com Baldur’s Gate 3. Agora, a Larian pretende construir o novo título sobre uma base narrativa muito mais robusta, começando pela própria decisão de chamá-lo apenas de “Divinity”, sem subtítulos, como forma de marcar uma nova fundação.
Larian quer dar profundidade ao mundo de Divinity

A proposta é transformar o mundo de Rivellon em um cenário com mais lógica, cultura e detalhes cotidianos. Segundo Vincke, elementos simples como o que os personagens fazem ao comer ou dormir fazem parte dessa nova abordagem, onde cada aspecto do universo será pensado com consistência e propósito. O objetivo é criar um mundo que possa ser expandido futuramente e que permita maior imersão do jogador.
Além das melhorias no próprio jogo, há sugestões de que a Larian poderia investir em outras mídias, como romances e até animações, para fortalecer o vínculo dos jogadores com o universo, personagens e facções de Divinity. A ideia seria ampliar a franquia para além dos games, como já foi feito com o jogo de tabuleiro baseado em Original Sin.
A ambição do estúdio é lançar o novo Divinity em menos tempo que os seis anos levados para Baldur’s Gate 3, mesmo com uma escala e qualidade maiores. A equipe, no entanto, parece ciente do desafio e comprometida com a tarefa de reestruturar o universo da série com o mesmo cuidado dedicado ao mundo de Forgotten Realms.

