No dia 9 de janeiro de 2015 a Nintendo anunciava o fim de suas atividades no Brasil. A ação que surpreendeu muita gente acabou com a venda de consoles e jogos físicos no país, deixando os fãs mais fiéis da empresa à mercê de serviços online estrangeiros. E a desculpa? Os altos impostos para importação.
Nesse tempo muita coisa mudou. Com a alta do dólar jogos do Wii U passaram a custar mais do que edições de luxo de títulos AAA (chegando a bater na casa dos 400 reais); Amiibos são sonhos distantes para donos de Wii U e 3DS; a venda de jogos dentro do país é praticamente zero e sonhar com traduções para português – nem que sejam das legendas dos jogos – é tolice (nem mesmo o jogo das olimpíadas, que acontecem no Rio de Janeiro, terá legendas em PT-BR), entre outras coisas.
E o que mudou para a Nintendo saindo do Brasil? Aparentemente nada. A empresa segue em crise, mesmo que tenha melhorado as vendas do Wii U com os lançamentos de Super Smash Bros., Splatoon, Super Mario Maker e Mario Kart 8. O novo presidente da companhia, Tatsumi Kimishima, que substituiu o falecido Satoru Iwata no cargo, promete trazer a Big N aos tempos de glória neste ano em que um novo console será lançado, o Nintendo NX, além de jogos originais e que chamaram muito a atenção do público como Pokkén Tournament, Star Fox Zero, The Legend of Zelda U e Pokémon Go.
Neste um ano também mudou a quantidade de hackeamentos tanto do 3DS quanto do Wii U. Enquanto o 3DS teve homebrews e exploits que permitiam emular outros jogos no portátil, a pirataria do Wii U tem crescido exponencialmente. O emulador do console vem recebendo constantes atualizações e não demorará até os jogos estarem 100% jogáveis, já o destravamento caminha com passos mais curtos, mas mesmo assim já está em estado avançado. A ausência da empresa no Brasil e o alto preço dos jogos fará com que a grande maioria dos jogadores que pretenderam ao menos uma vez ter um dos videogames da Nintendo (ou até mesmo aqueles que os possuem) recorram à pirataria.
A Nintendo não dá nenhum indício de que um dia pretende voltar ao Brasil e, caso volte, demorará muito para recuperar a confiança dos jogadores que foram praticamente largados. Quanto à pirataria, sendo certo ou não, ela continuará crescendo no Brasil, e sinceramente? Se uma empresa escolhe ignorar o décimo primeiro país em receita de games, eu acho é pouco.
O que você acha da ausência da Nintendo no Brasil? Neste caso, jogadores que recorrerem à pirataria terão o mínimo de razão ou esta é uma prática que não deve ser feita em nenhuma circunstância?
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