GamesMovimento Stop Killing Games bate nova marca histórica de assinaturas

Movimento Stop Killing Games bate nova marca histórica de assinaturas

O movimento Stop Killing Games continua ganhando força entre os fãs europeus de videogames, mostrando que a insatisfação com as práticas da indústria só cresce. Essa iniciativa tem como objetivo chamar a atenção para o problema das empresas que desativam jogos comprados pelos consumidores, tornando-os inacessíveis mesmo após a compra. A campanha se tornou um símbolo da luta dos jogadores por direitos básicos e transparência no mercado de games.

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Depois de atingir 1 milhão de assinaturas no início de julho, a petição ultrapassou oficialmente a marca de 1,4 milhão de assinaturas no dia 21 de julho. Esse resultado superou a meta inicial e até mesmo a meta estendida criada pelos organizadores para garantir validade às manifestações de apoio. A petição segue aberta para assinaturas até 31 de julho para todos os jogadores da União Europeia que queiram participar.

Mesmo com o grande número de assinaturas e o apoio público de nomes como a vice-presidente do Parlamento Europeu, o movimento Stop Killing Games vem enfrentando resistência de algumas figuras importantes da indústria. Yves Guillemot, CEO da Ubisoft e um dos fundadores da empresa, afirmou recentemente que não é viável para uma desenvolvedora manter um serviço online indefinidamente. Segundo ele, “em algum momento, o serviço pode ser descontinuado”. Essa visão também é compartilhada por grupos como a associação Video Games Europe, que representa diversos estúdios e editoras.

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Os organizadores do movimento, no entanto, argumentam que essa posição ignora o impacto para os consumidores que pagaram pelos jogos e os perdem sem qualquer alternativa oficial. Eles também destacam que soluções como servidores comunitários poderiam ser adotadas, mas raramente são consideradas pelas empresas.

O Stop Killing Games foi impulsionado pela remoção do jogo de corrida The Crew, mas vai muito além da Ubisoft. Nos últimos dois anos, gigantes como a Electronic Arts também encerraram dezenas de títulos, incluindo o recente EA Sports FC 24. Além disso, a prática de remover jogos das lojas digitais, como a exclusão de mais de 100 jogos da PlayStation Store pela Entergram, tem aumentado o descontentamento dos jogadores.

Caso a petição consiga influenciar decisões políticas, é possível que a União Europeia discuta novas leis para proteger os consumidores e limitar o poder das empresas de retirar jogos das lojas e dos servidores. Até o momento, porém, nenhuma medida oficial foi anunciada.

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Valteci Junior
Valteci Junior
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.