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Monster Hunter Wilds – Análise – Vale a Pena – Review

Monster Hunter é uma franquia lendária que apesar de nunca ter sido verdadeiramente mainstream, tem uma legião de fãs apaixonados pelo mundo inteiro, e Monster Hunter Wilds promete ser o melhor jogo da franquia até agora. Mas será que o jogo realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

https://youtu.be/5_avs1QIN0c

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Logo no começo do jogo, fica claro que a CAPCOM levou ao pé da letra o ditado “não se mexe em time que ta ganhando”, Monster Hunter Worlds foi um dos maiores sucessos da história da CAPCOM e a abordagem com o Wilds foi simples: continuar fazendo o que deu certo e apenas incrementar o jogo com qualidade de vida e monstros novos.

A história de Monster Hunter Wilds

Monster Hunter Wilds – Análise – Vale a Pena – Review

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Monster Hunter não é uma franquia conhecida por ter foco na história e ela muitas vezes serve só como pano de fundo para justificar a caçada. Mas em Wilds a CAPCOM deu um foco muito maior na história do que o esperado, cheia de Cutscenes e diálogos a todo momento, com tudo sempre bem explicado.

A história foca em um garoto chamado Nata, que foi encontrado pela guilda após fugir das terras proibidas, local que a guilda acreditava que não tinha habitação de seres humanos. Nata pede ajuda, pois sua tribo foi atacada por um monstro supostamente extinto, chamado no inicio de jogo apenas como “Espectro Branco”.

A guilda então despacha uma unidade de caçadores para investigar as terras proibidas e descobrir o mistério por trás do Espectro Branco, além de desvendar mais sobre o local que acreditavam não existir nenhum tipo de civilização humana.

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Por si só, a história do jogo já seria bem polêmica e divisiva por ter um foco maior do que a franquia costuma dar pra essa parte, que geralmente é só um pano de fundo pra gameplay acontecer. Mas além desse foco inesperado, a história também é meio sem sal e apesar de ter bons personagens, o foco em Nata prejudicou bastante, já que ele é de longe o pior personagem do jogo.

Monster Hunter Wilds tentou retratar Nata como um garoto perdido que está tentando aprender mais sobre o mundo, mas o tiro saiu pela culatra e tudo que ele consegue fazer é ser chato o tempo inteiro e atrapalhar os caçadores na hora que eles precisam agir rapidamente para salvar as pessoas.

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A história fica maçante muito rápido e tem momentos que você simplesmente larga o controle e fica esperando 15 minutos de Cutscene passar, coisa que eu jamais esperaria em um jogo de Monster Hunter.

Gameplay, exploração e combate

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Por sorte, a campanha principal é o único grande pecado do jogo. Na hora da gameplay, que é o que realmente importa, o jogo brilha como nenhum outro Monster Hunter fez até agora.

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O combate é bem parecido com o de Worlds, só que com incrementos nas armas que tornam elas ainda mais legais de jogar. Ao atacar um monstro repetidas vezes no mesmo lugar, uma ferida se abre e você pode focar seus ataques ali como um ponto fraco do bicho, que vai dropar algum item interessante quando você destruir a ferida.

Monster Hunter Wilds conta com 14 armas diferentes e cada uma delas parece um jogo novo contido dentro do sistema de combate tão único delas. Jogar de arco tem suas próprias mecânicas de combate, e ao pegar um espadão por exemplo, as mecânicas mudam totalmente e você tem que basicamente reaprender o combate do zero.

Isso faz com que realmente exista algo para todo mundo ali, experimente todas as armas no tutorial e veja com qual tipo de gameplay você vai se adaptar melhor, armas pesadas e armas leves mudam até mesmo a forma como seu personagem se movimenta durante o combate, o que adiciona um nível de profundidade na gameplay que quase nenhum outro jogo consegue alcançar.

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Os monstros também estão mais inteligentes e reativos ao cenário, se tiver alguma estrutura perto deles que eles possam usar para ganhar vantagem de terreno, eles vão fazer para te atormentar e deixar a luta mais difícil. Mas você também pode fazer o mesmo e derrubar eles de terrenos altos ao destruir as estruturas que eles estão se apoiando.

O jogo conta com cerca de 30 monstros diferentes para você caçar no lançamento, com vários clássicos da franquia retornando e alguns totalmente novos feitos especialmente para o Wilds. A variedade de monstros está muito boa e as batalhas são bem diferentes de um monstro pra outro. Os monstros novos da franquia também são um show a parte, especialmente o Arkveld, que é o flagship do jogo, a Lala Barina e o chefe final que não vou dar nenhum spoiler, mas tem um design extremamente caprichado.

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Monster Hunter sempre foi conhecido como um jogo meio chatinho de se jogar solo e muito divertido estando com amigos, mas a boa variedade de gameplay e as melhorias de qualidade de vida fazem desse o melhor Monster Hunter para se jogar Solo. Joguei algumas caçadas com alguns colegas de profissão que também estão fazendo o review do jogo, mas a maior parte joguei solo e tive uma experiência fantástica.

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Acredito que o que fez o jogo ficar melhor de forma geral para quem joga solo são as melhorias de qualidade de vida, agora você tem uma montaria desde o começo do jogo que te ajuda na locomoção do mapa e pode até mesmo te guiar para o local sem você precisar ficar procurando o caminho manualmente.

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Da para coletar os itens espalhados pelo mapa com o gancho de cima da montaria, evitando que você perca tempo indo manualmente até os locais só para coletar materiais. Outra coisa simples, mas que agilizou bastante o jogo foi ele ser mais aberto do que o Worlds.

No Worlds, você precisava voltar para o acampamento constantemente e os mapas não eram conectados, todas as áreas eram separadas por uma tela de loading e em Wilds não é assim, você sai direto do acampamento para caçar o seu monstro sem tela de loading e de forma muito mais dinâmica e divertida.

Apresentação audiovisual e performance

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No quesito gráficos, Monster Hunter Wilds da um leve tropeço. A direção de arte é muito boa e os cenários são variados e muito bem montados, mas essa boa direção é ofuscada pela performance do jogo.

A análise foi feita no PS5 base e apesar do jogo ter melhorado significantemente a performance em relação a beta, isso foi feito a troco de muita perda de fidelidade gráfica. No modo performance o jogo fica extremamente embaçado e com texturas em uma resolução baixíssima. E mesmo no modo qualidade as coisas não ficam tão legais quanto se esperaria, prejudicando demais a experiência visual dele.

O modo equilibrado do PS5 foi o ideal para mim, já que o jogo não ficou muito embaçado, apesar de ainda ter muitas texturas de baixa resolução. Infelizmente esse modo só pode ser acessado em telas com 120hz, coisa que nem todo mundo tem. Mas caso você tenha, recomendo fortemente que use.

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Já a trilha sonora é exatamente o que se espera de um Monster Hunter, com boas músicas tocando nas caçadas e tornando tudo ainda mais épico. Também gostei bastante da trilha de fundo dos momentos mais calmos do acampamento e permitia que eu relaxasse um pouco antes de ir para a próxima dose de adrenalina na caçada.

Sobre a localização para português brasileiro, Monster Hunter Wilds conta com legendas e dublagem para nosso idioma, e apesar das legendas estarem bem escritas, a dublagem infelizmente está abaixo do esperado. Não costumo apontar muitos defeitos em dublagens, principalmente por saber a situação precária que os dubladores recebem os scripts dos jogos e tem que se virar pra conseguir entender o contexto da cena e tudo mais.

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Mas especialmente nesse jogo, a dublagem está ruim em um nível técnico. Tem personagens que de uma frase pra outra muda a pessoa que está fazendo a dublagem, mudanças repentinas no tom de voz que quebram completamente a imersão e um erro bizarro de altura do áudio, onde em uma frase o personagem fala baixinho e na outra está gritando no fone de ouvido.

Mas e aí, Monster Hunter Wilds vale a pena?

Monster Hunter Wilds não está livre de tropeços, a história fraca e a performance ruim no PS5 pode atrapalhar algumas pessoas. Mas quando falamos da gameplay, Wilds é videogame em sua forma mais pura e poucos jogos se comparam a diversão de caçar monstros que esse jogo oferece.

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Demorei cerca de 19 horas para terminar a campanha principal e 30 horas para encher meu bestiário com todos os monstros disponíveis no lançamento, e a CAPCOM já prometeu um suporte longo pro jogo e novos monstros chegando muito em breve.

Apesar dos pequenos tropeços, este é o melhor Monster Hunter moderno e sem dúvidas vale tanto para fãs antigos da franquia como para pessoas novas querendo conhecer o jogo, Monster Hunter Wilds é disparado a melhor porta de entrada para novos fãs.

Análise feita com uma cópia para PS5 cedida pela Publisher.

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Resumo para os preguiçosos

A gameplay de forma geral é extremamente divertida e é o melhor Monster Hunter até aqui, mas ele falha na história e na performance do jogo no PS5.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Variedade de armas
  • Variedade de monstros
  • Qualidade de vida melhorada
  • Exploração orgânica
  • Combate prazeroso
  • Fator replay
  • Longevidade do jogo

Contras

  • Foco desnecessário na história
  • História fraca
  • Performance ruim
  • Dublagem PTBR com péssima qualidade
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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.