A recente onda de demissões e cortes promovida pela gigante da tecnologia trouxe à tona mais um capítulo controverso: a forma como a Microsoft cancela jogos sem sequer avisar os estúdios com antecedência. O caso mais recente envolve a Romero Games, estúdio liderado por John Romero, um dos criadores de DOOM, que recebeu a notícia do cancelamento do seu novo projeto apenas um dia depois de uma reunião com a empresa, onde nada foi dito sobre a decisão.
Em um relato divulgado por veículos irlandeses e repercutido pelo site PC Gamer, funcionários da Romero Games confirmaram que a equipe manteve encontros com representantes da Microsoft no dia anterior ao corte e sequer foram informados sobre o que estava por vir. Para os desenvolvedores, a surpresa foi total, já que o título em produção já se encontrava em um estágio bastante avançado.
Outros estúdios também foram atingidos pela decisão da Microsoft
A Romero Games não foi a única vítima da postura da empresa. Durante a mesma leva de cortes, outros estúdios sofreram baixas significativas. Segundo relatos, a Turn 10, responsável pela franquia Forza Motorsport, perdeu cerca de 50% da sua equipe e foi rebaixada a um estúdio de apoio para a Playground Games, que cuida de Forza Horizon. Já a Rare viu seu promissor Everwild ser cancelado e a The Initiative também foi encerrada junto com o novo Perfect Dark.
Ainda há informações de que um título em desenvolvimento na ZeniMax Online, bastante elogiado por Phil Spencer, CEO da divisão de jogos da Microsoft, também foi abandonado. O impacto humano dessas decisões e a falta de transparência na comunicação colocaram a empresa em xeque diante do público e dos próprios fãs.