A Microsoft enfrenta dificuldades para ampliar o uso do Copilot, sua principal ferramenta de inteligência artificial integrada ao Windows e ao pacote Office. Mesmo com um forte investimento inicial em IA e uma parceria estratégica com a OpenAI, a empresa foi forçada a cortar pela metade suas metas de vendas para o software, refletindo a falta de interesse por parte dos usuários.
Segundo informações do site The Information, a baixa adesão ao Copilot se deve à percepção de inutilidade da ferramenta em tarefas práticas do dia a dia. Testes realizados anteriormente já indicavam que os agentes de IA falhavam em até 70% das tarefas propostas. Com desempenho instável, a tecnologia tem se mostrado ineficiente como substituto do trabalho humano, limitando seu uso a tarefas repetitivas e de baixo impacto, que antes eram delegadas a funcionários de níveis mais baixos.
A Microsoft nega que tenha reduzido as metas de forma geral, afirmando que o The Information confundiu crescimento com metas de vendas. No entanto, a reação defensiva da empresa não apaga o cenário atual de estagnação do Copilot, especialmente em comparação com concorrentes como o ChatGPT da OpenAI e o Gemini do Google.
Concorrência acelera enquanto o Copilot perde força
Enquanto o Copilot ocupa atualmente apenas 14% do mercado de agentes de IA, o ChatGPT lidera com 61% e o Gemini segue próximo, com crescimento de 12% no último trimestre. Com isso, a ferramenta da Microsoft começa a perder até o posto de segunda colocada no setor, ficando atrás de soluções que oferecem respostas mais precisas e usabilidade mais clara para o público.
A perda de tração da Microsoft no campo da IA levanta dúvidas sobre a sustentabilidade de seus investimentos nesse segmento. Após o lançamento do Bing com IA e a integração do Copilot em produtos do Office, esperava-se uma rápida adesão corporativa. Mas, na prática, a maioria dos usuários ainda prefere não depender de assistentes artificiais para suas tarefas diárias.
No post de hoje, mostramos como a baixa adoção do Copilot obrigou a Microsoft a rever suas metas de vendas e expôs a estagnação da empresa no mercado de IA.
