A saga da aquisição da Activision Blizzard por parte da Microsoft ganhou mais um capítulo na noite de ontem. Em resposta ao CMA (órgão anti-truste do Reino Unido), a Microsoft teria dito que 10 anos são o suficiente para que a Sony conseguisse criar um concorrente para Call of Duty.
Na terça-feira, um pequeno trecho do depoimento mais recente da empresa que a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) tornou-se público, e como tudo o que envolve essa aquisição, o trecho em questão acabou viralizando.
Como observado pelo site VGC, a Microsoft afirmou em uma resposta suplementar que sua proposta de 10 anos para manter o Call of Duty disponível no PlayStation 5 e nos futuros consoles da Sony é tempo suficiente para que ela desenvolva um concorrente, o que não a deixaria “sem pai nem mãe” após o fim deste acordo.
Abaixo, vocês conferem o trecho em que a Microsoft comenta isso:
“A Microsoft considera que um período de 10 anos é suficiente para que a Sony, como editora e plataforma líder de console, desenvolva alternativas ao CoD. […] O prazo de 10 anos se estenderá para a próxima geração de consoles. […]
Além disso, o efeito prático da medida vai além do período de 10 anos, uma vez que os jogos baixados no último ano da medida podem continuar a ser jogados durante toda a vida útil desse console (e além, com a compatibilidade com versões anteriores).”
Como podemos ver, apesar do que Phil Spencer e outros executivos da Microsoft disseram repetidas vezes, a intenção da companhia é sim, após um acordo inicial para que essa aquisição passe, o jogo torne-se um exclusivo do ecossistema Xbox.
O curioso nisso é que a própria Microsoft está no mercado de jogos há 22 anos, e principalmente na geração do Xbox One e ainda mais agora nesse começo de geração do Xbox Series, a empresa enfrenta problemas em conseguir organizar o próprio cronograma de lançamentos para competir não apenas com Sony como também com a Nintendo, oferecendo jogos que instiguem a vontade dos consumidores de comprar um console da marca Xbox.
Se fosse tão fácil criar um concorrente de Call of Duty, ou de qualquer outra franquia estabelecida, a Microsoft teria feito isso ao invés de gastar 69 bilhões comprando uma publisher inteira, não é mesmo?