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Metal: Hellsinger vale a pena? Análise – Review

Heavy metal é de longe um dos meus gêneros musicais favoritos, e jogar jogos que usem metal como trilha sonora é algo que eu gosto bastante. Quando ouvi falar de Metal: Hellsinger, um jogo de tiro que usa a música como mecânica fundamental dele, eu fiquei mais interessado ainda, mas como será que o jogo se comporta?

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Em Metal: Hellsinger, você controla Enimgmata, uma demônio que teve a sua voz roubada e que agora deve percorrer os mais diferentes infernos em busca de vingança e de alguma forma de recuperar a voz dela. Para isso, você terá que derrotar tudo o que você vê pela frente, e tentar sempre se manter dentro do ritmo da música que está tocando no jogo.

Mas como isso funciona exatamente? Metal: Hellsinger é um jogo de tiro onde uma música de fundo sempre vai estar tocando, e a ideia é que os seus tiros saiam de acordo com a batida da música. Parece complicado? Bom, a princípio é meio, ainda mais para uma pessoa meio descoordenada e sem ritmo como eu.

Caso os seus tiros saiam de acordo com o ritmo das batidas, os seus ataques vão causar cada vez mais dano nos inimigos, e basicamente só os tiros assim que realmente vão servir para vencer os inimigos. Depois de uma quantidade de energia que eles perdem, os inimigos começam a piscar, esperando para que você os finalize como os Glory Kills de Doom 2016, mas caso você erre o ritmo da finalização, o seu personagem vai ficar lá parado sem fazer nada e às vezes você vai ficar apertando desesperado o botão do finalizador e não conseguir fazer nada.

Até é possível matar o inimigo usando a sua arma quando ele está nesse estado, mas o problema aqui é que os finalizadores recuperam a sua vida, e num jogo onde você constantemente está sendo atacado por inimigos você provavelmente vai precisar se curar toda hora, ainda mais nos níveis mais difíceis do jogo, então eu digo sem sombra de dúvidas que essa parte é a mais difícil do jogo, e ela poderia ter a detecção de acerto um pouquinho mais favorável.

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Conforme você vai acertando os tiros, você vai acumulando acertos consecutivos, e construindo uma barra de multiplicador, que lembra bastante a mecância de pontuação de Guitar Hero. Aqui, entretanto, quanto maior o seu multiplicador, mais dano Enigmata causa, então é importante estar com o seu multiplicador alto sempre para despachar os inimigos o mais rápido possível.

Além de tudo isso, conforme você vai matando os inimigos, você vai ganhando pontos, que te dão o seu escore ao final da fase, além de servirem para que você reviva Enigmata durante as fases caso você morra. No modo normal, por exemplo, você gasta 300 mil pontos para isso, e tem duas chances por fase. Ao final da fase, o jogo mostra um placar mundial comparando o seu escore com o de outras pessoas.

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Metal: Hellsinger começa bem fácil, com inimigos que não reagem para você pegar o jogo, e conforme você avança pelo cenário a dificuldade vai aumentando, com inimigos que a princípio só se movem na sua direção e usam ataques de curto alcance.

Depois de um tempo, surgem inimigos que atiram em você de volta, então além de você ter que atirar no ritmo, você precisará se preocupar com os tiros do inimigo, ou seja, andar para desviar deles e então voltar a atirar. Mais um tempo pra frente começam a surgir inimigos cada vez mais desafiadores, e a quantidade dele aumenta também. Felizmente, o jogo também dá a opção de você acessar diversas armas diferentes, sendo elas adequadas para inimigos diferentes.

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Aqui é importante ressaltar que a ideia toda de Metal: Hellsinger é bem interessante, e quando ela funciona, o jogo realmente parece mágico, mas também é importante fazer a ressalva, não é difícil ficar no ritmo assim que você entra nele, o difícil mesmo é quando você para de atirar e precisa sair correndo de uma horda de inimigos e depois tem que voltar a atirar, dificilmente eu consegui voltar de cara para o ritmo do tiroteio, e assim continuar sendo efetivo.

Dentro de cada fase, você vai encontrar uma arma nova, que vão de bestas que atingem múltiplos inimigos a pistolas duplas para fazer o estrago em um inimigo de cada vez. Cada arma é bem interessante de usar, e eu achei as pistolas de longe as minhas armas favoritas.

No final da fase, você enfrenta o chefe dela, que é uma das Facetas da Juíza, como o jogo chama. Todas elas são iguais em visual, mas cada uma oferece um desafio um pouco diferente, mas a verdade é que no fim das contas é só uma iteração no chefe da fase anterior com mais inimigos aparecendo quando ela se esconde.

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Ao todo, o jogo oferece 8 fases, com duração de 20 a 40 minutos cada. Além disso, cada fase abre 3 desafios para você completar, que liberam buffs para facilitar a sua vida nas fases. Como o próprio nome sugere e com o perdão da redundância, esses desafios são desafiantes, e para desbloquear os modificadores você precisa fazer 3 estrelas dele.

Cada uma dessas fases conta com uma música feita especialmente para ela e também para um dos vocalistas convidados para interpretarem essas músicas. Na lista de convidados há nomes ilustres, como Serj Tankian da banda System of a Down e Matt Heavy do Trivium. Dentro do jogo, é explicado que o narrador que acompanha Enigmata está emprestando a voz dele a ela, e os vocais surgem quando você chega em 8x no multiplicador. Falando nesse multiplicador, quanto mais alto ele fica, mais elementos a música das fases vai ganhando, começando só com bateria, ganhando guitarra e assim por diante.

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No fim das contas, Metal: Hellsinger é um jogo difícil? Sim e não. Dá pra terminar o jogo tranquilamente sendo um descornado de ritmo feito eu, ainda mais se você usar fones de ouvido, já que daí dá pra reconhecer bem o momento em que você deve atirar. Aqui, vale ressaltar que o jogo possui um modo de calibragem para você sincronizar o som do jogo com os toques do seu controle, para garantir que os seus tiros saiam no tempo certo, o que é importante, já que muita gente vai acabar jogando esse jogo numa TV com input lag e achar que o jogo não funciona por causa disso.

Apesar da ótima ideia do jogo, aqui é importante ressaltar que a implementação dela ainda precisa de alguns ajustes finos para que o jogo realmente esteja em sua melhor versão. Como você deve imaginar, andar, desviar de tiros e ainda por cima atirar no ritmo não é lá a tarefa mais fácil do mundo, e por isso a inteligência artificial dos inimigos não é das melhores também, mas eu encontrei diversos momentos durante o meu gameplay onde os inimigos travavam no cenário e ficavam só esperando para que eu atirasse neles até eles morressem, e isso aconteceu até com uma chefe de final de fase, num momento onde ela virou de lado pra mim e ficou atirando no nada. A impressão que dá é que ela não foi programada para reagir ao que eu faço, e sim para apenas repetir um padrão de movimento e de tiros no automático mesmo.

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Outro ponto ainda que merece ser citado são as armas do jogo, que poderiam ganhar alguns ajustes. Há momentos em que dependendo do seu multiplicador, a sua arma mata não só os inimigos mais fracos, que costumam servir pra gente usar o finalizador e assim recuperar a vida, mas também alguns dos mais resistentes, sem eles entrarem no estado de finalização.  Só que com eles morrendo instantaneamente, você não consegue fazer isso, e aí vira um Deus nos acuda pra não morrermos sem conseguir recuperar vida pois nenhum inimigo entra no estado de finalização

Graficamente, Metal: Hellsinger é um belo jogo cheio de ação e com uma fluidez gráfica impressionante no Xbox Series X, plataforma onde eu fiz o meu review. A trilha sonora do jogo é muito boa também, e eu fico com ela na cabeça por horas quando paro de jogar o jogo. Aqui, vale ressaltar que o jogo conta com menus e legendas em português.

Mas e aí, Metal: Hellsinger vale a pena?

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Metal: Hellsinger é um jogo com uma ideia bem interessante, e uma implementação dela que acerta mais do que erra, mas que ainda poderia ter alguns ajustes finais pro jogo ficar tinindo. Se você gosta de jogos de tiro e de metal, você com certeza vai se divertir com esse jogo, ainda mais se for bom de ritmo.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox Series X fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Metal: Hellsinger é um jogo com uma ideia bem interessante, e uma implementação dela que acerta mais do que erra, mas que ainda poderia ter alguns ajustes finais pro jogo ficar tinindo. Se você gosta de jogos de tiro e de metal, você com certeza vai se divertir com esse jogo, ainda mais se for bom de ritmo.

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Ideia central de gameplay bem criativa
  • Belos gráficos
  • Ótima trilha sonora
  • Quando a proposta do jogo funciona, ele é muito legal

Contras

  • IA dos inimigos básica demais e às vezes os inimigos bugam
  • O chefe final das fases é sempre o mesmo com algumas variações de ataque apenas
  • A mecânica de ritmo ainda precisaria de alguns ajustes finais
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.