Horizon Zero Dawn foi um dos jogos que marcou a geração do PlayStation 4, lançado em 2017. Com um mundo aberto vibrante e uma protagonista marcante, o jogo rapidamente se tornou um marco visual e técnico da época. Agora, sete anos depois, a Guerrilla Games e a Nixxes Software trazem uma versão remasterizada para o PlayStation 5. Mas será que essa remasterização era realmente necessária? Vamos descobrir na análise de hoje
OBS: Esta análise é focada nas mudanças que o remaster trouxe para o jogo, caso você queira uma análise mais completa sobre a história e mecânicas de gameplay, basta conferir o review original aqui.
Novas tecnologias, mas decisões questionáveis
Quando pensamos em remasterizações, muitas vezes esperamos melhorias técnicas que elevem o jogo original a novos padrões de hardware, sem perder sua essência artística. No entanto, em “Horizon Zero Dawn Remastered”, parece que essa linha tênue entre remaster e remake foi ultrapassada. O jogo agora ostenta a mesma fidelidade visual de seu sucessor, “Horizon Forbidden West”, o que resulta em uma experiência mais bonita, sem dúvida. Contudo, algumas escolhas estéticas podem deixar os fãs do original com uma sensação agridoce.
No PS4, “Horizon Zero Dawn” já era um espetáculo visual, com cores vibrantes e iluminação que destacava as paisagens rochosas. A remasterização tenta adaptar essa iluminação para algo mais realista, aproximando-se do mundo real, mas sem perder os toques vibrantes que marcam o estilo da série.
Ainda assim, há momentos em que as mudanças parecem excessivas, como nas expressões faciais de Aloy, que ganharam uma aparência ligeiramente alterada, resultando em uma versão um pouco mais “suavizada” da protagonista.
Se há um aspecto que realmente se beneficiou com a remasterização, são os modelos de personagens e as animações, especialmente em missões secundárias. No original, essas cenas pareciam datadas em comparação com o restante do jogo, e o remaster conseguiu elevar esses momentos a um padrão mais moderno.
Agora, as interações parecem mais naturais, e as animações, tanto de Aloy quanto dos NPCs, foram refinadas. Esse é um dos pontos altos do trabalho da Guerrilla Games e da Nixxes, que realmente conseguiram modernizar esses aspectos sem comprometer o gameplay original.
No entanto, seria interessante se tivessem mantido a paleta de cores original, apenas ajustando as melhorias tecnológicas sem interferir tanto na identidade visual do primeiro jogo.
Gameplay mudou em algo?
No que diz respeito à jogabilidade, a essência de “Horizon Zero Dawn” permanece intocada, o que é uma boa notícia para aqueles que amavam o combate estratégico contra as máquinas. Contudo, algumas melhorias na qualidade de vida foram adicionadas, como a mira por giroscópio e opções de acessibilidade mais modernas.
A remoção de sons que poderiam causar desconforto auditivo e novas opções de desempenho, como o modo balanceado, que roda a 40fps em monitores de 120Hz, também são bem-vindas. Além disso, há um modo de desempenho que foca em 60fps, proporcionando uma experiência mais fluida, especialmente em combates intensos.
Infelizmente, algumas opções ainda faltam. A ausência de um modo de coleta automática de recursos e melhorias nos menus de inventário e crafting são sentidas, principalmente considerando o ritmo acelerado dos combates.
Essas seriam adições muito bem-vindas para um jogo que foca tanto na exploração e no gerenciamento de recursos. Ainda assim, a remasterização oferece uma experiência de jogo mais suave e moderna, especialmente para aqueles que jogam em televisores e monitores de última geração.
Uma das maiores vantagens de “Horizon Zero Dawn Remastered” é que, se você já possui o jogo original, pode fazer o upgrade por um valor relativamente acessível, R$50 reais, o que torna a experiência ainda mais atraente. E, felizmente, a Sony não removeu o jogo original das bibliotecas digitais, então você pode optar por revisitar a versão antiga sempre que quiser, sem perder o progresso.
Aqueles que buscam uma experiência mais imersiva do ponto de vista técnico certamente vão apreciar os novos modos de desempenho e o suporte aprimorado para HDR. O jogo, agora, oferece uma qualidade de imagem impressionante, especialmente no modo de alta qualidade, que empurra a resolução e os detalhes ao máximo que o PS5 consegue lidar.
Mas e aí, Horizon Zero Dawn Remastered vale a pena?
“Horizon Zero Dawn Remastered” é, sem dúvida, um exemplo de como a tecnologia moderna pode elevar um jogo já impressionante. As melhorias nos modelos de personagens, animações e desempenho técnico tornam a remasterização uma experiência refinada e mais imersiva para os jogadores que adoraram o original.
No entanto, as mudanças estéticas mais sutis, como a alteração na iluminação e nos detalhes faciais de Aloy, podem não agradar a todos. Artisticamente, o remaster não era necessário, mas do ponto de vista técnico, ele oferece uma boa justificativa para aqueles que desejam revisitar esse mundo em todo o seu esplendor visual.
Análise feita com uma chave de PS5 cedida pela Publisher.
Resumo para os preguiçosos
Horizon Zero Dawn Remastered traz diversas melhorias visuais e técnicas, como a fidelidade gráfica semelhante a “Horizon Forbidden West” e animações mais naturais, principalmente em missões secundárias. As mudanças estéticas, no entanto, como a nova iluminação e as expressões faciais de Aloy, podem deixar alguns fãs do jogo original divididos. Apesar disso, o jogo mantém sua essência artística e a qualidade visual é impressionante, especialmente para quem possui equipamentos modernos como TVs com suporte a HDR e monitores de alta taxa de atualização.
No quesito jogabilidade, o remaster oferece algumas melhorias na qualidade de vida, como mira por giroscópio e mais opções de acessibilidade, sem alterar a base do combate estratégico que os fãs apreciam. A ausência de recursos como coleta automática de itens e menus melhorados é sentida, mas o upgrade é acessível para quem já possui o jogo original.
Prós
- Melhoria visual
- 3 modos gráficos
- Novas animações
Contras
- Artisticamente diferente
- Apesar das melhorias, continua desnecessário