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Horizon Zero Dawn é acusado de apropriação cultural dos povos indígenas americanos

Horizon Zero Dawn é um excelente jogo lançado pela Sony e pela Guerilla Games nessa semana. Nele, você controla Aloy, uma jovem que faz parte de uma tribo de humanos que reverteram a práticas do neolítico após a quase extinção da humanidade devido a misteriosos dinossauros robôs que destruíram tudo o que encontraram pela frente.

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Quase todo mundo gostou do jogo, seja por causa da história, seja por causa do combate, mas, como sempre acontece, há uma ou outra pessoa que não gostou de certos detalhes do game, e um desses detalhes apontados foi o fato de Aloy não ser uma nativa norte-americana, apesar de agir e vestir-se como tal.

Recentemente, Dia Lacina, uma escritora de descendência dos nativos norte-americanos, criticou tanto as pessoas que avaliaram o jogo quanto o estúdio que desenvolveu o jogo por usar termos que eram usados pelos nativos norte-americanos dentro de suas tribos, como “braves” ou ainda “tribos”, e que, pelas tribos (ou amontoados de pessoas, já que não se pode usar o termo) não serem dessa etnia, eles não poderiam usar esses termos.

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“Quase todos os aspectos da construção de mundo de Horizon foram elogiados, ainda que os termos usados pelos personagens do jogo tenham sido historicamente aplicados a tribos indígenas, pessoas essas que foram oprimidas durante a história pelos que usam esses termos dentro do jogo. Foi praticamente ignorado que esse mundo único e revigorante foi praticamente tirado totalmente da nossa cultura”, diz a autora no texto dela sobre o jogo.

O site Waypoint, da Vice, entrou em contato com o diretor de Horizon para que ele comentasse sobre o assunto, e a resposta dele foi a seguinte:

“O vocabulário certamente foi discutido durante o processo de criação, pois nós queríamos ter certeza de não usar termos culturalmente sensíveis para a nossa audiência. Nós não procuramos inspiração de certo grupo étnico, e sim de uma diversidade deles através da história. É por isso que muita gente refere os Nora como Vikings, ou que eles tenham certos elementos que remetam à cultura Celta. A inspiração veio de diversos locais”, comentou John Gonzales, da Guerrilla Games.

“Falando especificamente sobre o termo ‘brave’, e suas particularidades, nós escolhemos esse termo porque achamos que ele não seria ofensivo. Nós tentamos encontrar um termo que combinasse com as habilidades do guerreiro e as habilidades de um caçador. Era um termo que nós não achamos que fosse derrogatório. Durante o desenvolvimento do vocabulário, nós encontramos palavras que seriam ofensivas a nativos americanos e outros grupos ao longo da história e descartamos elas, mas nós achamos que ‘brave’ não é algo ofensivo”, acrescentou ele.

“Dito isso, com a propagação da internet, é difícil prever o que vai ofender e o que não vai ofender as pessoas, mas nós não achamos que brave seja um termo ofensivo”, concluiu.

O que vocês acham disso? Eu vejo Horizon mais como um aglomerado de inspirações do que tiradas de apenas um lugar. E convenhamos, não foram só os índios que foram caçadores e coletores através da história.

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.