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Granblue Fantasy: Relink – Análise – Vale a Pena – Review

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Granblue Fantasy: Relink promete ser um dos melhores JRPG do ano, mas será que o jogo vai atender as expectativas? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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A franquia Granblue originalmente nasceu em um jogo mobile que foi lançado apenas no Japão, mas apesar desse jogo nunca ter dado as caras no ocidente, Spin-offs acabaram aparecendo por aqui, como o jogo de luta Granblue Fantasy: Versus e um anime que atualmente está disponível na Crunchyroll.

Granblue Fantasy: Relink tem a imensa responsabilidade de se tornar a franquia mais conhecida no ocidente, mas o jogo não faz muita questão de situar os novos jogadores sobre a lore desse mundo, e assim como eu, muitas pessoas vão ficar um pouco perdidas no começo da história até entender os conceitos básicos desse mundo que é repleto de ilhas no céu.

Granblue Fantasy: Relink – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: Cygames

O jogo se passa no Mundo dos Céus, onde inúmeras ilhas flutuam em uma imensidão azul, você é o capitão ou capitã do seu barco voador que conta com diversos tripulantes.  É possível escolher entre um personagem feminino ou masculino e dar um nome a ele, mas infelizmente não podemos customizar a aparência do personagem.

Após uma cena inicial e uma batalha de tutorial, nós vamos parar em uma pequena cidade chamada Folca, onde toda a história começa a se desenrolar em uma trama bem interessante, onde seres conhecidos como Bestas Primordiais começaram a ficar insanos e saírem do controle, ao mesmo tempo em que um misterioso grupo parece ter algo relacionado com isso.

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A história do jogo começa lenta, mas aos poucos vai ficando cada vez mais interessante e quando você menos espera, estará fisgado na história do seu bando e tentando descobrir o que realmente está acontecendo para as Bestas Primordiais terem ficado malucas.

Combate e gameplay

Granblue Fantasy: Relink – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: Cygames

O ponto mais forte do jogo e onde ele realmente brilha é na gameplay, temos 20 personagens jogáveis no lançamento e todos são único em combate, você pode ficar variando entre personagens de corpo a corpo, magos, franco atiradores que utilizam armas de fogo, espadachins de empunhadura dupla ou personagens maiores e mais pesados.

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A variedade aqui é assustadora e muito bem feita, casando completamente com o feeling de gameplay maravilhoso que esse jogo tem. O combate é rápido, bem feito e extremamente dinâmico, em certos momentos é até mesmo impossível você parar pra respirar direito com o tanto de coisa que acontece na tela.

Cada personagem tem um botão de ataque leve, ataque pesado, esquiva e pular, além de você poder apertar R1 para ter acesso a 4 slots de magias e habilidades únicas que você pode escolher da árvore de habilidades, aqui a sua imaginação é o limite.

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Reprodução: Cygames
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A franquia se inspira bastante em Final Fantasy, e o combate de Granblue Fantasy: Relink é especialmente parecido com o de Final Fantasy XVI, tanto na liberdade na hora de escolher os combos, como nos movimentos rápidos e precisos que você precisa fazer na hora do embate.

E essa não é a única coisa em que o jogo se parece com Final Fantasy XVI, até mesmo a estrutura da história e certos tipos de inimigos são bem parecidos, com as bestas primordiais lembrando o mesmo conceito que Eikons tem, é impossível um fã de FFXVI não gostar de Granblue Fantasy: Relink, ambos os jogos tem um dos combates mais prazerosos de um JRPG de ação da atualidade, e a sensação de acertar um combo difícil e esmiralhar um inimigo é simplesmente maravilhosa.

O combate não é exatamente difícil, mas é preciso prestar atenção no que você está fazendo para não ficar passando sufoco, não é simplesmente ficar apertando loucamente o botão de ataque e esperar que isso vai resolver os problemas, e isso é especialmente verdade contra os chefes.

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Reprodução: Cygames

Batalhas de chefes são muito bem trabalhadas e prazerosas de jogar, quando o chefe chega em determinado nível de vida, ele entra em Modo Overdrive, ficando mais forte, mais agressivo e tomando menos dano, aqui você tem a opção de tentar continuar atacando ou simplesmente recuar um pouco e esperar o Overdrive passar.

Em certos momentos o chefe também entra em fúria completa, ficando praticamente impossível acertar algum hit nele, e o certo a se fazer aqui é apenas esquivar da chuva de projeteis que vai vim em sua direção até o chefe se acalmar e mostrar uma abertura para atacar.

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Existem 20 personagens jogáveis e você pode ter até 4 ao mesmo tempo no grupo, sendo que durante a história principal você não pode remover o protagonista do grupo, mas pode alternar e controlar qualquer um dos 4 que estão ali, basta ir em grupo no menu de pausa e escolher qual o player vai controlar.

Reprodução: Cygames

Ficou enjoado de jogar com um personagem corpo a corpo? Troque para um de longa distância, mago ou atirador, cada personagem tem uma árvore de habilidade única e skills bem diferentes entre si, deixando praticamente impossível você enjoar do combate do jogo, basta trocar pra outro e continuar se divertindo, aumentando consideravelmente o fator replay do jogo.

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Durante as lutas, é importante você sincronizar com seus membros do grupo, uma porcentagem de ‘link’ aparece na tela e sempre que você acerta um ataque de conexão, você e seu grupo desferem um combo em sequência, cada acerto de conexão aumenta a porcentagem do Link e vai te dando bônus de ataque.

Por isso é importante ficar sempre atento e tentar fazer um ataque de conexão sempre que possível, também é interessante não gastar seu ataque especial de imediato e esperar para que todos os membros do grupo tenham ele disponível, já que é possível combar todos os 4 de uma vez para causar uma tonelada de dano.

Reprodução: Cygames
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Além disso, a história principal passa por cenários bem diversos, não te deixando enjoar facilmente do lugar que você está. Os cenários do jogo variam entre desertos escaldantes, florestas densas, campos de gelo, vulcões e muito mais, tudo na medida certa e renovando os ares sempre que é preciso.

Os gráficos e estilo de arte de Granblue é um completo absurdo, todos esses cenários diferentes são lindos e você facilmente se perde admirando o jogo. Também existe uma boa transição entre cutscene e gameplay, algo que melhora ainda mais a imersão do jogo.

Além da história principal, temos várias missões secundárias super básicas que se resumem a derrotar inimigos X ou coletar item Y para trazer pro NPC, recomendo você sair pegando todas disponíveis no mapa e ativar elas, assim vai completar a grande maioria delas organicamente enquanto joga a campanha principal ou o modo coop com seus amigos.

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Reprodução: Cygames

E por falar em modo coop, ele é muito bem vindo e diverte bastante, principalmente com seus amigos, mas sinto que faltou um pouco mais de capricho e coisas para fazer nele.

O modo coop pode ser acessado através do balcão de missões, onde você pode se juntar a até 3 amigos e fazer diversos tipos de missões, que incluem derrotar hordas em determinado tempo, derrotar chefes, defender uma carga até o tempo acabar e assim por diante.

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Esse modo e o jeito como as missões estão organizadas foi 100% inspirado em Monster Hunter, o que é algo positivo, já que sair por aí caçando monstros com seus amigos é bem legal.

O problema é que todas essas missões são curtas demais, o jogo demora bastante para te liberar elas e a maioria só vai ser acessível após você terminar a campanha principal, mas o pior de tudo é que 90% dessas missões são conteúdo da própria campanha do jogo que foi recortado e colocado no modelo de missões curtas, os chefes e inimigos são exatamente os mesmos que você já enfrentou antes, dando um pouco de desânimo para fazer a mesma coisa de novo.

Granblue Fantasy: Relink – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: Cygames
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Após o fim da campanha, um epilogo começa e só a partir daí que a grande maioria das missões coop são liberadas, o jogo te obriga a terminar a história primeiro para te entregar a experiência completa do coop, e as missões coop mais difíceis do jogo só são liberadas após a conclusão do epílogo.

Sendo bem sincero, o modo coop tem seus problemas, mas é difícil reclamar muito dessa parte, pois você pode jogar as missões com amigos e escolher qualquer personagem que quiser, trazendo uma variação de gameplay interessante que acaba deixando mais divertido refazer os mesmos chefes. E mesmo que você não tenha amigos para jogar com você, ainda pode ir nessas missões com mais 3 personagens controlados pela CPU (exatamente como é feito na missão principal) e coletar as recompensas, que vão te ajudar bastante conforme você avança no jogo.

Minha dica aqui é sempre jogar essas missões assim que elas estiverem disponíveis e não deixar acumular, sempre que você voltar pra cidade na campanha principal passe no balcão e veja se tem missões novas, jogue elas com personagens e builds diferentes e dificilmente você vai enjoar delas.

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Reprodução: Cygames

No balcão de missões também é possível ver episódios do destino, que é uma historinha simples pra cada um dos personagens da sua tripulação, mostrando o passado deles e te fazendo entender mais da história do jogo, recomendo fazer todas elas também, já que sempre te recompensam com vida e ataque extra.

Granblue Fantasy: Relink é o tipo de jogo que é melhor aproveitado quando você está jogando com calma e sem pressa para terminar a campanha, vale muito a pena fazer todas as missões coop e secundárias extras para conseguir recursos e melhorar os 4 principais personagens que você utiliza, comprando novas armas para eles e adquirindo novos selos que servem para dar um poder extra aos personagens.

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Pontos negativos

Infelizmente o jogo não é perfeito e tem alguns pontos negativos que pecam bastante e limitam o combate primoroso que Granblue Fantasy: Relink tem.

Reprodução: Cygames

Um ponto simples, mas que pode incomodar muita gente é a poluição visual, vira e mexe eu me encontrei completamente perdido e errando combos porque eu não consegui entender o que estava acontecendo na tela. Nesse sentido, o combate de Final Fantasy XVI é bem mais limpo e não te faz ficar tão perdido assim, já em Granblue nós temos partículas demais na tela e é um exagero que poderia ter sido evitado.

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Mas o principal problema do jogo e o que mais me incomodou é a reciclagem absurda de inimigos e chefes, enquanto o jogo consegue entregar uma variedade alta de cenários, ele peca completamente em trazer inimigos diversificados.

Eu passei as primeiras 4 horas do jogo enfrentando somente goblins atrás de goblins, pra só depois vir uma variação realmente diferente de inimigos, mas eles continuam a se repetir exaustivamente até você enjoar rapidamente deles de novo. Além disso, muitos desses novos inimigos são os goblins do inicio do jogo, só que com skins diferentes, até mesmo o moveset em combate deles é igual.

Pra um jogo que preza tanto pela qualidade de gameplay e diversos estilos diferentes para você jogar, é um pecado tenebroso ter tão poucos inimigos assim. Esse é o verdadeiro calcanhar de Aquiles do combate de Granblue Fantasy: Relink, que seria perfeito se tivesse mais variedades de inimigos para você experimentar e se divertir com o tanto de personagem jogável que o jogo oferece.

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Reprodução: Cygames

E infelizmente o jogo faz questão de saturar até mesmo os chefes, eu acabei enfrentando cada um deles pelo menos umas 3 vezes até terminar a campanha principal, muitos deles você enfrenta 2 vezes dentro da campanha e depois aparece ele novamente no quadro de missões coop.

Existe um trecho da história em que isso é tão absurdo que você chega a enfrentar o mesmo chefe 2 vezes seguidas, sem nem mesmo te deixar descansar da luta anterior, você imediatamente tem que derrotar o mesmo chefe que acabou de derrotar 30 segundos atrás. É de longe o trecho mais chato da campanha e a parte onde ela se perdeu um pouco, algo colocado ali só pra encher linguiça.

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Também faltou um pouco mais de capricho nas missões secundárias e nas coop do quadro de missões, o jogo só não se torna extremamente repetitivo e sem graça porque o combate dele é primoroso e um dos melhores da atualidade, você esta sempre querendo testar algo novo, se deliciando com combos legais e afins.

Granblue Fantasy: Relink – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: Cygames

Não me leve a mal, eu me diverti horrores com esse jogo, e quando a gameplay é tão boa assim você esquece dos pontos negativos e só joga loucamente, ainda mais com a trilha sonora maravilhosa que esse jogo tem.

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Mesmo com a reciclagem absurda de inimigos, eu não me encontrei entediado porque a todo momento eu estava desbloqueando um personagem novo e ia direto pra ação com ele pra testar as habilidades, e não consegui encontrar um único personagem dentre os 20 jogáveis que é chato de jogar, essa parte do jogo é realmente impecável.

Junte isso a uma boa trilha sonora, boa dublagem tanto em inglês como em japonês, e você tem uma boa fórmula pra se divertir por horas e horas. Infelizmente o jogo só tem legendas e português, mas a dublagem original é competente o suficiente e você vai ficar satisfeito com as vozes.

Mas e aí, Granblue Fantasy: Relink vale a pena?

Reprodução: Cygames
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É difícil mensurar bem o valor desse jogo, ele tem um combate viciante, mas peca bastante na repetição exagerada de inimigos, o jogo está saindo com preço cheio e não me parece justo cobrar isso por um jogo que não se esforçou pra trazer uma variedade legal de inimigos e nem se importou com as missões secundárias, além de não trazer muita variedade pras missões coop que são simples demais.

Dito isso, se você é fã de um bom Action RPG, você provavelmente irá gostar desse jogo, e a desenvolvedora também deve adicionar ainda mais personagens jogáveis no futuro, talvez até amenizar o problema dos inimigos repetitivos em um patch futuro.

Minha recomendação aqui pra quem não é completamente viciado em jogos de ação é esperar um pouco por uma promoção bacana e aí sim dar a chance que esse jogo merece ter, ele só saiu um pouco cru demais em certos aspectos na data de lançamento.

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Resumo para os preguiçosos

Granblue Fantasy: Relink tem uma história cativante, uma boa variedade de cenários ao decorrer da campanha e um dos melhores combates da atualidade, infelizmente ele peca na reciclagem completamente absurda de inimigos.

Caso você seja fã de Final Fantasy, Monster Hunter ou curta um bom jogo de ação, muito provavelmente vai amar esse jogo. Apesar da reciclagem de inimigos, o combate é tão bom que você simplesmente se esquece disso e se diverte por horas seguidas matando monstros.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate perfeito
  • Variedade de Gameplay
  • Coop divertido
  • Boa trilha sonora
  • Cenários diversos
  • Fator replay grande
  • Bons gráficos

Contras

  • Poluição visual
  • Reciclagem alta de inimigos e chefes
  • Missões secundárias repetitivas
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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.