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Flintlock: The Siege of Dawn – Análise – Vale a Pena – Review

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O gênero Souls-like se tornou um dos mais populares da última década, e diversas tentativas de emplacar um jogo Souls de sucesso aconteceu nos últimos anos. A A44 Games conseguiu um relativo sucesso com Ashen alguns anos atrás, agora Flintlock é a mais nova tentativa deles de fazer um bom Souls-like, mas será que o jogo realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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Souls é o meu gênero de jogo favorito e sou especialmente apaixonado pelos jogos da Fromsoftware, a grande criadora de toda essa onda. Nos últimos anos alguns estúdios conseguiram fazer jogos do tipo muito bem feitos, com alguns até mesmo chegando na excelência máxima comparáveis com os da Fromsoftware, como foi o caso de Lies of P ano passado.

Em um meio tão cheio de novos lançamentos a todo momento, Flintlock tenta se destacar com um combate mais explosivo e dinâmico, se aproximando até mesmo de um Hack Slash.

Combate e exploração

Flintlock: The Siege of Dawn – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: A44 Games e Kepler Interactive

Flintlock é o que eu costumo chamar de “Souls-Lite”, um jogo que buscou a sua grande inspiração na fórmula Souls da Fromsoftware, mas ao mesmo tempo se distanciou em vários aspectos de uma forma que não é justo caracteriza-lo somente como um Souls e sim uma mistura entre Hack Slash e Souls-like.

A história acompanha Nor Vanek, uma guerreira Sapadora que tem como objetivo exterminar todos os Deuses que estão destruindo o planeta e a humanidade. Nor é munida de uma arma corpo a corpo, uma pistola para tiro rápido ao maior estilo Bloodborne e uma espingarda para tiros a longa distância. O combate tem uma ideia muito boa ao tentar misturar os 3 tipos de arma ao mesmo tempo e tenta instigar o jogador a pensar rápido em que tipo de arma ou solução ele deve usar para aquele momento do jogo.

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Logo de cara você percebe que o jogo não é um Souls-like tradicional e é bem menos punitivo de forma geral, a personagem é bem rápida, consegue pular grandes distâncias e causa bastante dano. O jogo também tem um seletor de dificuldade, outra característica que um Souls comum não costuma ter.

O combate de Flintlock anima bastante no inicio, mas logo ele cai numa mesmice e repetição que fica difícil defender, além de problemas graves para um jogo que se vende pelo combate. A movimentação da personagem é um pouco esquisita, principalmente durante os pulos, você não sente o peso da personagem e é até mesmo difícil pousar no lugar desejado, Nor constantemente escorrega ao tentar pousar e faz você cair de forma ridícula se tiver um penhasco bem a frente.

Flintlock: The Siege of Dawn – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: A44 Games e Kepler Interactive
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O feeling de combate também é um pouco estranho, acertar um parry é bem inconsistente e não é nada confiável, falo isso como uma pessoa que geralmente é muito boa na mecânica de parry em jogos souls, nesse aqui eu simplesmente deixei de lado e preferi confiar 100% na minha esquiva.

Outro ponto que me incomodou um pouco foi o tipo de câmera escolhida pro jogo, essa câmera que aproxima mais o personagem da tela e coloca ela meio “Over the shoulder” não combina bem nem com Souls-like e nem com Hack Slash, e em algumas batalhas de chefe essa câmera conseguiu atrapalhar mais do que as câmeras já costumam atrapalhar nesse tipo de jogo.

Outro ponto fraco de Flintlock é a exploração do mapa, os inimigos comuns são bem sem graça e extremamente repetitivos, além do design do mapa ser bem mediano. É importante explorar para conseguir os upgrades de arma e a melhoria do frasco de cura, mas sinceramente eu cansei rapidamente de ter que ficar matando o mesmo tipo de inimigo e mini-chefe sem parar e fui direto pra história principal a partir da metade do jogo pra frente.

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Como o jogo não é muito punitivo, eu acabei não sentindo tanta falta de ter deixado de explorar por completo as coisas opcionais para melhorar meu personagem. Nesse ponto eu achei que Flintlock errou feio e não incentiva em absolutamente nada o jogador a explorar as coisas secundárias do mapa.

Reprodução: A44 Games e Kepler Interactive

Até mesmo os chefes principais da história não são grande coisa, o primeiro e o segundo parecem mais um clone um do outro e somente os 2 últimos são realmente criativos e divertidos de jogar contra. Design de chefes e lutas criativas são as coisas que mais chamam a atenção de um jogador de Souls, eu sei que o jogo teve um baixo orçamento, mas se tem algo que eles deveriam ter caprichado mais com certeza foi na variedade dos chefes e no design dos chefes de história.

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Um belo exemplo de como tudo parece genérico demais é o primeiro chefe principal: Rammuha, o design parece mais um inimigo qualquer, só que maior e com um moveset mais rápido, a trilha sonora também é bem meia boca e faz essa luta que era para ser extremamente épica parecer algo qualquer genérico.

Já a história do jogo, apesar de simples, é muito bem executada e pra mim foi o ponto forte da jornada. Enki é um personagem extremamente carismático e eu me conectei bastante com a história dele. No inicio, Enki é misterioso e apenas oferece sua ajuda para Nor e ambos combinam de matar os outros Deuses, mas após a luta contra Rammuha, a história se aprofunda e os motivos de Enki para fazer o que está fazendo começam a ficar claros.

Flintlock: The Siege of Dawn – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: A44 Games e Kepler Interactive
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Não vou dar spoilers aqui, mas a batalha final do jogo consegue entregar um teor épico e principalmente passar emoção através das ações de Enki e do vínculo que ele constrói com Nor durante toda a jornada. Fiquei completamente vidrado no jogo da metade pro final e basicamente só parei de jogar quando zerei, e boa parte disso foi por que a história fez um excelente trabalho conectando o jogador com Nor e Enki em sua jornada para matar os Deuses.

Eu destaquei aqui todos os principais problemas do combate de Flintlock, mas quero deixar claro que ele não é necessariamente ruim. Tem sim problemas que podem afastar algumas pessoas, mas é minimamente competente para ao menos você ter vontade de continuar jogando e ver o desenrolar de tudo.

Apresentação audiovisual

Flintlock: The Siege of Dawn – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: A44 Games e Kepler Interactive
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No quesito audiovisual, Flintlock também é um misto de emoções, os gráficos são extremamente bem feitos se você levar em conta o pouco orçamento e tempo que a equipe teve para fazer o jogo, mas a trilha sonora não é nada marcante, sendo algumas das músicas bem ruins e que não combinam nada com o momento.

Um ponto positivo é que o jogo está totalmente legendado em português brasileiro, mas eu notei alguns erros na legenda e até mesmo na HUD. Em certo momento bem no tutorial do jogo está escrito para apertar bolinha para pular, quando na verdade é X, são erros bobos mas que aparecem com uma certa frequência.

Mas e aí, Flintlock vale a pena?

Reprodução: A44 Games e Kepler Interactive
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Flintlock é uma boa tentativa de entregar um Souls-like divertido, mas tropeça em problemas chatos, principalmente no combate, que é onde ele deveria estar mais caprichado.

Apesar dos problemas, ele tem uma boa história e é divertido. Sendo um jogo baixo orçamento, Flintlock também tem um preço convidativo e que faz ele valer a pena no lançamento, já que está custando apenas R$ 94 reais na steam e R$ 150 no Xbox, lembrando que no Xbox ele está no Game Pass day one. Só na PSN Brasil que ele está com um preço bizarro de R$200 reais, por esse valor eu recomendaria esperar uma promoção ou jogar em outras plataformas caso isso seja viável para você.

Review elaborado no PS5 com uma cópia cedida pela Publisher.

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Resumo para os preguiçosos

Flintlock: The Siege of Dawn é uma boa tentativa de Souls-like que mistura um pouco com Hack Slash, mas tropeça em problemas de combate como movimentação ruim, parry inconsistente e diversas coisas que fazem ele não ser tão bom assim.

Apesar disso, ele é minimamente competente para te manter entretido e tem uma excelente história, os personagens são bem escritos e vão te cativar rapidamente.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bons personagens
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  • História excelente
  • Preço

Contras

  • Movimentação ruim
  • Câmera
  • Chefes e inimigos genéricos
  • Combate inconsistente
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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.