Ender Lilies é aclamado como um dos melhores Metroidvanias de todos os tempos e surpreendeu a todos no seu lançamento com uma arte incrível, história fantástica e um combate prazeroso de jogar. Ender Magnolia: Bloom in the Mist tem a difícil missão de fazer jus a esse legado e mostrar que sempre da pra melhorar o que já era bom, mas será que o jogo realmente consegue fazer isso? É o que vamos descobrir na análise de hoje.
História
A sequência de Ender Lilies: Quietus of the Knights traz de volta o mesmo universo sombrio, mas agora alguns anos depois. O foco está em Lilac, uma protagonista jovem tentando sobreviver em um mundo pós-apocalíptico onde almas são forçadas a ocupar corpos artificiais, chamados de Homúnculos.
O trabalho dela como Sintetizadora é libertar essas almas e dar a elas um “lar” dentro de si, criando uma dinâmica interessante: enquanto ela oferece um refúgio, eles a protegem de sua jornada perigosa.
A história é bem mais direta do que no jogo anterior, onde quase tudo ficava nas entrelinhas. Aqui, Lilac conversa bastante com os NPCs, discute pontos chaves da história e cutscenes dão um charme a mais para o que está acontecendo.
O desenrolar é semelhante ao de Ender Liles, mas não deixa de ser uma história extremamente bem feita e cativante, que vai te fazer chorar quando você menos esperar.
Gameplay e exploração
Lilac não luta diretamente, afinal, ela é só uma criança no meio do caos. Então quem faz o trabalho pesado são os Homúnculos. Nola é a primeira que aparece e é uma espadachim incrível, capaz de usar armas como espadas longas e foices para dilacerar os inimigos. Depois, você encontra outros aliados, como Lito, que pode congelar inimigos, e o misterioso Yolvan, que ataca à distância com uma chuva de golpes rápidos.
O combate é bem ágil, responsivo e recompensador. Você pode misturar ataques de diferentes Homúnculos para criar combos e lidar com uma grande variedade de inimigos, desde monstros voadores até enormes mechas. A esquiva tem um tempo de invulnerabilidade generoso, o que ajuda muito em lutas mais tensas.
A exploração é um dos pontos altos de Ender Magnolia. Logo de cara você já tem um salto duplo e um dash aéreo, e ao longo do jogo desbloqueia habilidades ainda mais legais. Os mapas são super detalhados e incentivam você a revisitar áreas quando ganha novos poderes. E não precisa se preocupar com respawns irritantes: os inimigos só voltam quando você descansa, o que deixa tudo mais leve e dá vontade de explorar com calma.
Outro ponto que facilita a vida é que a morte não é tão punitiva, não existe perda de experiência ao morrer, apesar de todos os inimigos renascerem quando você reaparecer no ponto de descanso. Tudo isso gera um equilíbrio entre um combate realmente desafiador, mas ao mesmo tempo com algumas colheres de chá que te ajudam bastante.
Os mapas também ajudam muito a manter o ritmo. Eles mostram onde ainda há itens para pegar e ficam marcados em azul quando estão 100% explorados. É o tipo de detalhe que faz a diferença e evita frustrações, especialmente em jogos com tanto backtracking.
Apresentação audiovisual
Não dá pra falar de Ender Magnolia sem mencionar o visual. Cada cenário é de cair o queixo: vilas abandonadas, florestas antigas, cavernas iluminadas por plantas bioluminescentes. Tudo tem um clima melancólico e fascinante.
A trilha sonora é outro destaque, com músicas que aumentam ainda mais a imersão e momentos de silêncio que reforçam a solidão do mundo, tudo desde o áudio até a direção de arte daquele cenário foi perfeitamente montado para te impactar e te fazer sentir muitas coisas enquanto explora e testemunha acontecimentos chocantes.
A única ressalva aqui é que existem 2 mapas que senti o level design um pouco abaixo do resto do jogo, com teletransportes que adicionam uma camada de puzzle na exploração, e que sinceramente foi mais irritante do que realmente satisfatório explorar esses locais. Mas ao mesmo tempo tenha plena consciência de que isso só está sendo citado devido ao altíssimo nível de qualidade que o jogo tem. O mapa mais fraco de Ender Magnolia é melhor do que os melhores mapas de muitos Metroidvanias recentes.
Mas e aí, Ender Magnolia vale a pena?
Sem dúvida, Ender Magnolia: Bloom in the Mist é uma aventura inesquecível, com lutas emocionantes, exploração viciante e um mundo lindo de se perder. Se você é fã de Metroidvanias, este jogo merece um lugar no topo da sua lista.
É daqueles que você não vai querer largar até ver todos os cantos do mapa e liberar todos os segredos. Um dos melhores já lançados do gênero e que vai perdurar assim por muitos anos.
Review elaborado com uma cópia para PS5 fornecida pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Ender Magnolia: Bloom in the Mist é a sequência de Ender Lilies: Quietus of the Knights e traz de volta o universo sombrio que cativou os fãs, mas com uma abordagem mais direta e emocionante. A protagonista Lilac, uma jovem Sintetizadora, embarca em uma jornada perigosa para libertar almas aprisionadas em corpos artificiais, criando uma conexão profunda com os Homúnculos que a ajudam. A história, repleta de diálogos e cutscenes marcantes, mantém a qualidade narrativa do antecessor, mas com um toque mais acessível e emocional.
O gameplay combina combate ágil e recompensador, com a habilidade de usar diferentes Homúnculos para criar combos estratégicos, e uma exploração em mapas detalhados que incentivam revisitas com novos poderes. A direção de arte impressiona com cenários melancólicos e deslumbrantes, enquanto a trilha sonora intensifica a imersão. Apesar de pequenas ressalvas em dois mapas, o jogo mantém um nível altíssimo de qualidade, garantindo uma experiência inesquecível. Para os fãs de Metroidvanias, Ender Magnolia é um título indispensável que consolida seu lugar entre os melhores do gênero.
Prós
- Combate
- Exploração
- Direção de arte
- Trilha Sonora
- Combos
- História
Contras
- 2 Mapas com qualidade um pouco inferior aos demais