Durante a conferência G-Star 2025 na Coreia do Sul, Katsura Hashino, diretor de Metaphor ReFantazio e da série Persona, revelou sua visão sobre a evolução dos RPGs japoneses. Segundo ele, o gênero está entrando em uma nova era que ele chama de JRPG 3.0, com mudanças estruturais e de apresentação que prometem alterar profundamente o modo como esses jogos são desenvolvidos e experimentados.
Em uma palestra intitulada “Quando a experiência vira memória – criando impressões duradouras por meio da arte e da estrutura”, apresentada ao lado do diretor de arte Shigenori Soejima, Hashino explicou a divisão histórica do gênero. Ele define o JRPG 1.0 como os clássicos tradicionais, como Dragon Quest e os primeiros Final Fantasy, lançados nos anos 1980. Já o JRPG 2.0 representaria os jogos mais modernos, com foco em qualidade gráfica e maior resposta às ações dos jogadores.
O ponto central do discurso foi sua proposta para o JRPG 3.0. Hashino admitiu que ainda não sabe como exatamente esses jogos serão, mas afirmou que deseja que Metaphor ReFantazio seja um dos primeiros títulos a fazer parte dessa nova geração. Segundo ele, os jogos passarão a ter uma nova dimensão de profundidade e romperão com estruturas tradicionais, alterando tanto a forma de contar histórias quanto o envolvimento emocional do jogador.
A proposta de Hashino aponta para uma tentativa de revitalizar o gênero com novas linguagens artísticas, mecânicas inovadoras e experiências mais marcantes. Embora o conceito de JRPG 3.0 ainda esteja em construção, ele parte de uma busca por jogos que deixem memórias duradouras, transcendendo a lógica de evolução técnica para alcançar algo mais simbólico e sensorial.
