O Nintendo Switch 2 trouxe diversas novidades para os jogadores, mas um dos pontos que mais gerou debate foram os cartões Game-Key. Esse novo formato pode não ser o favorito entre os fãs que preferem mídias físicas tradicionais, mas tem conquistado espaço no desenvolvimento de grandes jogos.
Limitações dos cartuchos tradicionais
Os cartuchos do Nintendo Switch 2 oferecem até 64 GB de armazenamento, o que parece suficiente à primeira vista. No entanto, para produções AAA de grande escala, esse limite se torna um obstáculo. Além disso, a velocidade de leitura desses cartuchos é inferior ao desempenho de um SSD, o que afeta diretamente o carregamento dos jogos.
Segundo Naoki Hamaguchi, diretor de Final Fantasy VII Rebirth, os cartões Game-Key surgem como solução para esses problemas. Eles funcionam em um formato “semi-download”, permitindo que parte do jogo seja executada diretamente no armazenamento interno do console. Isso garante carregamentos mais rápidos e uma experiência de qualidade superior.
Para títulos de grande porte, como Star Wars Outlaws, a adoção dos cartões Game-Key foi essencial. Nesse caso, os desenvolvedores afirmaram que o jogo simplesmente não atingiria o nível de desempenho desejado se fosse lançado em cartuchos convencionais. Já outras empresas, como a CD Projekt Red, conseguiram adaptar suas produções para caber nos cartuchos, mas em situações específicas esse recurso se torna inviável.
Apesar das vantagens técnicas, muitos jogadores ainda veem os cartões Game-Key com desconfiança, principalmente aqueles que colecionam mídias físicas. Para eles, o formato representa uma quebra na tradição de possuir o jogo completo em cartucho. Hamaguchi acredita que, com o tempo, essa resistência pode diminuir e os fãs aceitarão o novo formato como parte natural da experiência no Nintendo Switch 2.