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Deathbound – Análise – Vale a Pena – Review

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Deathbound viralizou nas redes sociais como o “Souls-like BR da capoeira” e após tanta espera o jogo finalmente foi lançado, mas será que realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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Todos sabemos como é difícil desenvolver  jogo no Brasil, ainda mais um jogo 3D com foco no combate, mas o pessoal da Trialforge Studios conseguiu entregar um jogo muito divertido e viciante de jogar, apesar dos pequenos problemas que falaremos no decorrer do review.

Conseguir se destacar no meio de tanto lançamento Souls não é uma tarefa fácil, e Deathbound consegue esse feito graças a sua mecânica única de combate baseada em “party”, onde você consegue controlar 4 personagens ao mesmo tempo durante o combate.

O jogo começa com você controlando Therone Guillaumen, um cavaleiro muito fiel aos seus ideais e que de repente se encontra preso com mais pessoas dentro de um mesmo corpo, precisando conviver com elas de alguma forma se quiser sobreviver.

A história do jogo é simples, mas é interessante e o jogo tenta deixar ela bem clara e direto ao ponto, diferente do que os Souls-like tradicionais costumam fazer. Mas onde Deathbound realmente brilha é no combate e na exploração do mapa.

O combate de Deathbound

Deathbound – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: Trialforge Studios
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É possível controlar 4 personagens ao mesmo tempo, e rapidamente você percebe que essa não vai ser uma tarefa tão fácil assim. Cada personagem tem sua própria barra de stamina e de vida, e caso você morra com um personagem, é game over.

A dinâmica consiste em você alternar entre personagens rapidamente durante o combate e gerenciar a stamina de cada um deles. É um pouco complicado no começo, mas assim que você se acostuma com a dinâmica, você percebe o quão divertido esse combate é e o quão frenético ele pode ser.

Existem 7 personagens no total e cada um deles é de uma classe distinta, temos magos, brutamontes, paladinos, assassinos e etc. Ao executar um ataque e em seguida apertar o botão de troca de personagem, você ganha muito mais dano e consome uma barra de Sync, que é recuperada ao acertar os inimigos.

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Deathbound – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: Trialforge Studios

Os personagens que estão inativos também ganham vida toda vez que você acerta um inimigo, todas as mecânicas te mostram que você deve sempre avançar e ser agressivo no combate, e caso você consiga, será recompensado causando mais dano e curando seus outros personagens.

Outra coisa interessante é que a mecânica de party permite algumas coisas únicas no jogo. Um exemplo disso é que você não pode simplesmente ir adicionando os 4 personagens no acesso rápido da forma que bem entender. Cada personagem tem seus ideais e se você colocar dois personagens que discordam um do lado do outro, eles vão sofrer uma vantagem e uma desvantagem, enquanto se você botar dois que concordam entre si, eles terão apenas vantagens.

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Exploração e Map Design

Deathbound – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: Trialforge Studios

Outro quesito que Deathbound simplesmente brilha é no design do mapa, fica claro que os desenvolvedores tomaram muita inspiração de Demon’s Souls e Dark Souls 1, tentando criar um mapa super conectado e cheio de atalhos.

Diferente das tendências modernas de souls-likes onde você bota uma fogueira a cada 3 minutos pra servir de checkpoint, a Trialforge Studios dedicou tempo para conseguir entregar a abordagem raiz desse tipo de jogo, forçando o jogador a explorar e procurar os segredinhos, pois a bonfire inicial da área pode muito bem ser a do chefe também, e você precisa encontrar o atalho caso você não queira fazer uma corrida de 5 minutos por uma porrada de inimigos no caminho até o chefe.

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Alinhe esse map design com uma exploração brutal e você tem um jogo que remete as raízes, lembrando muito mais os souls antigos do que os novos, e isso num bom sentido.

Os chefes não chegam a ser super difíceis de forma geral, mas eu cansei de morrer explorando o mapa, inimigos estão em todos os cantos e o minimo vacilo vai te custar a vida. Poucos estúdios conseguem entender a essência do que faz um Souls ser bom, e Deathbound entendeu isso muito bem. Mesmo com um orçamento baixíssimo e as dificuldades de entregar um jogo 3D aqui no brasil, o estúdio conseguiu focar e colocar a grana do projeto onde realmente importa: no combate fluído e na exploração que da vontade de continuar jogando.

Apresentação audiovisual e bugs

Deathbound – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: Trialforge Studios
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No quesito gráficos, Deathbound não é nenhuma masterpiece, mas entrega algo minimamente competente para os consoles modernos, mas as animações dos personagens fora de combate e o jeito como eles se movem em cutscene realmente deixa muito a desejar.

Sinto que algumas coisas básicas que poderiam estar no jogo, não estão. Um exemplo disso é uma animação para subir mais rápido as escadas, ou uma forma de utilizar muitos itens consumíveis de uma vez só. São pequenas coisas que separadamente não são grande coisa, mas o acúmulo delas deixa uma sensação de que um capricho um pouquinho melhor nessa parte poderia ter sido atingido.

Já a dublagem e trilha sonora do jogo são legais, uma pena que mesmo o jogo sendo brasileiro, ele não tem dublagem em PTBR, apenas legendas, e mesmo essas legendas estavam super bugadas na versão  que joguei, com várias partes do jogo misturando português e inglês.

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E por falar em bugs, esse é o principal problema do jogo, encontrei diversos bugs e alguns atrapalharam durante a gameplay. Vi inimigos spawnando na minha frente de forma aleatória algumas vezes, e o mais problemático de todos foi durante a luta contra o chefe final, onde ele travou numa animação que me impediu de continuar a luta, precisando reiniciar o jogo e tentar de novo do começo.

Apesar dos pesares…

Deathbound – Análise – Vale a Pena – Review
Reprodução: Trialforge Studios

Apesar dos problemas que listei acima, o jogo é realmente muito bom e divertido de jogar. Já é um feito enorme conseguir entregar um jogo desse calibre em terras brasileiras, e o combate do jogo é genuinamente muito divertido.

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Sinto que estúdio realmente gosta de Souls e principalmente dos primeiros produzidos pela Fromsoftware, eles conseguiram capturar a essência dos Souls de uma forma que muitos outros jogos de orçamento gigantesco não conseguiu.

Um ótimo exemplo do que estou falando é Flintlock, um Souls-like recente que tropeçou nos fundamentos do que faz um Souls ser divertido, enquanto Deathbound conseguiu entregar um combate e exploração bom, mesmo tendo um orçamento menor para isso.

Mas e aí, Deathbound vale a pena?

Reprodução: Trialforge Studios
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Apesar dos problemas, que fica claro que foi falta de orçamento para terminar de polir o jogo em certas partes. Deathbound entende bem a própria identidade de dentro pra fora e conseguiu entregar os pontos chaves do que faz um bom Souls ser realmente bom.

Com um preço de R$ 75 reais na steam brasileira, ele instantaneamente vira uma recomendação obrigatória para quem gosta de Souls e principalmente para quem gosta de jogos desenvolvidos nas nossas terrinhas.

É nítido que falta polimento no jogo em certas partes, mas não deixe isso te fazer torcer o nariz para o jogo. Se você é fã de souls, e principalmente de Dark Souls 1 e Demon’s Souls, dê uma chance para Deathbound e você não vai se arrepender, o combate e exploração estão acima da maioria dos outros jogos desse gênero.

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Resumo para os preguiçosos

Deathbound tem alguns pequenos problemas, principalmente com falta de polimento, mas ele entrega uma exploração impecável e um combate extremamente divertido.

Se você gosta de Souls, é uma recomendação obrigatória, o jogo não é caro e você pode testar rapidamente se vai curtir ou não.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • História interessante
  • Combate divertido
  • Exploração recompensadora
  • Bom design de mapa

Contras

  • Animações ruins
  • Bugs
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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.