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Data Frog SF2000 – Análise – Vale a Pena – Review

O Datafrog SF2000 é um portátil de emulação que viralizou recentemente na internet graças à combinação de baixo preço ao design, que copia o controle do Super Nintendo, mas será que ele consegue ser uma máquina de emulação portátil de SNES com custo imbatível? É o que vamos descobrir hoje.

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Análise do Data Frog SF2000

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Aviso de Ética

Todas as análises do Critical Hits (hardware e software) não têm intenção publicitária, e sim uma avaliação isenta do produto em questão. Cabe a você decidir se este produto vale a pena ou não, baseado no que você ler aqui, em outros sites e nas suas próprias conclusões.

Primeiras Impressões

O Datafrog SF2000 é muito bonitinho, e realmente lembra um controle de SNES. Apesar de não ter exatamente o mesmo tamanho, sendo um pouco maior, ele se encaixa muito bem nas mãos, e a curvatura na parte de atrás ajuda a segurar esse portátil de emulação de forma confortável.

Infelizmente, isso é a única coisa boa que podemos falar sobre esse portátil no que diz respeito à ergonomia, já que todo o resto possui pontos negativos.

Começando pelo direcional digital, ele infelizmente não é muito bom para reconhecer diagonais, o que dificulta muito na hora de jogar jogos de luta como Street Fighter, Motal Kombat e King of Fighters. E o pior é que o analógico que ele recebeu fica muito em baixo, não sendo muito confortável utilizá-lo também.

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Os botões ABXY também não são lá grandes coisas, e são meio finos demais em relação a outros concorrentes do mercado como Retroid, Anbernic e Powkiddy. Os botões de Start e Select são ok, e lembram bastante os da época do SNES. Finalmente, os botões L e R também não são muito bons, e você precisa apertá-los com certa força para que o portátil os reconheça.

Além dos botões, o portátil conta com uma tela ok. Segundo a fabricante, ela tem 3 polegadas e uma resolução de 1280×720, o que é uma mentira. Primeiro porque ela é uma tela de proporção 4:3 e não 16:9, e provavelmente é de 320×240 pixels a 60 hertz.

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Na parte de trás, o portátil tem furação para dois autofalantes, mas possui apenas um, além de uma entrada de bateria de 1500mAh que pode ser substituída por qualquer pilha da mesma voltagem, o que é um detalhe legal, ao invés de alguma solução proprietária ou menos acessível.

Na parte de baixo, ele conta com switch de ligar e desligar, porta USB-C, entrada de cartão de memória e slider de volume.

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Performance

Por ser um portátil de 20 dólares (ou cento e pouquinhos reais), o Data Frog SF2000 não é um portátil ao qual esperamos uma performance de cair as lágrimas dos olhos de tão boa, mas se ele for bom o suficiente, passa a ser um fortíssimo candidato a primeiro portátil para quem quer entrar nesse mundo, ou pelo menos um presente legal para dar para crianças, por exemplo, mas será que ele consegue entregar isso? Infelizmente não.

Ao ligar o portátil, somos recebidos por um menu de um frontend proprietário, uma tela de bem-vindo e logo depois a lista de emuladores. Cada um dos emuladores da lista tem uma seleção de 4 jogos “destaque” onde você pode acessá-los rapidamente, ou você aperta Start para entrar na lista de roms disponíveis.

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Ao todo, o SF2000 consegue emular 7 plataformas: NES, SNES, Mega Drive, Game Boy, Game Boy Color, Game Boy Advance e Mame.

Começando pelas mais fracas, ele consegue entregar uma emulação sem engasgos com NES, Game Boy e Game Boy Color, mas mesmo nessas plataformas, há algumas questões, e uma delas é o quão rudimentares os emuladores são.

Ao apertar Start e Select para entrar no menu dos emuladores durante o jogo, você só tem a opção de salvar e carregar state, voltar ao jogo e sair do jogo. Não há a opção de escolher filtros, e muito menos de proporção de imagem, o que no caso dos jogos de GB, GBC e GBA deixa elas com a imagem distorcida de uma maneira que incomoda e que poderia ter sido corrigido via software.

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Já no NES, o problema é que os botões A e B foram mapeados para os botões A e B do controle, e não B e Y, por exemplo, o que permitira a você apertar ambos apenas com o dedão, como é no controle original de NES, algo que facilita bastante na hora de jogar jogos como Super Mario Bros 3.

Depois dessas plataformas iniciais, temos o Mega Drive. Aqui, o portátil consegue entregar uma performance boa e sem engasgos em todos os jogos, mas há um detalhe curioso, que é a forma como os botões foram mapeados. Os botões A e B são o A e B do Mega Drive, como é de se imaginar, mas o botão C do Mega Drive é o R do portátil, então não é a coisa mais confortável do mundo jogar mesmo os jogos de três botões da plataforma em alguns casos, e não tem como mudar essa definição.

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No caso do SNES, o portátil simplesmente tem um emulador mal feito. Aqui há casos em que os jogos funcionam, ainda que o som deles não seja emulado de forma correta (como Super Mario World e Street Fighter 2), em alguns faltam vozes ou a música está completamente diferente, e outros casos onde a emulação simplesmente não funciona como deveria e cheia de slowdowns, deixando a experiência bem ruim, como no caso de jogos como Yoshi’s Island e Super Mario Kart.

Curiosamente, se você abrir um jogo, fechá-lo e abri-lo de novo, o jogo fica um pouco mais rápido na emulação, o que não faz o menor sentido, e só mostra como o emulador de SNES desse portátil foi mal escrito ou portado para ele.

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E isso não é tudo, no caso do SNES, há roms que não abrem mesmo mudando a região do console, por que elas foram adicionadas à listagem de jogos do portátil? Ninguém testou antes de lançar o produto?

Já no caso do GBA, a maioria dos jogos simplesmente não tem uma emulação boa, e há muito slowdown e até mesmo freezes de um segundo em jogos como Castlevania Circle of Moon, deixando essa plataforma simplesmente injogável no portátil.

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Por fim, temos o Mame, onde a performance em jogos mais leves, como Metal Slug e King of Fighters 97 é muito boa, mas em jogos mais pesados como Garou: Mark of the Wolves, há slowdowns e problemas no áudio.

Além de tudo isso comentado na emulação dos consoles, o portátil também sofre de um problema que incomoda, que é o screen tearing. Parece que ele não consegue entregar os 60 hertz da tela de forma consistente, e aí eu não sei dizer se o problema é a implementação ruim dos emuladores ou a tela, mas como isso acontece em todos os emuladores, a minha suspeita é de que a culpada seja a tela.

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E não para por aí, o portátil vem com uma porrada de Roms, mas o sistema dele não é de drag and drop, onde você adiciona os jogos no diretório e ele os lista, você precisa mexer nos bancos de dados do SO para atualizar seus jogos, então é obrigado a usar uma ferramenta desenvolvida pela comunidade para isso, o que vai totalmente de encontro à ideia desse ser um portátil para iniciantes.

Considerações finais

No fim das contas, infelizmente o SF2000 é uma oportunidade perdida da Data Frog. O portátil deve ter vendido feito água no deserto após ter viralizado, mas infelizmente o resultado é um produto que funciona melhor como um enfeite de prateleira como um SNES portátil, já que ironicamente, ele funciona muito melhor pra jogos de Mega Drive como Sonic do que para jogos de SNES como Super Mario World.

Data Frog – Especificações

  • CPU: ???
  • Memória RAM: 1GB
  • Plataformas: NES, GB, GBC, GBA, Mega Drive, SNES, Mame
  • Tela: 3 polegadas, provavelmente 320×240 a 60Hz
  • Bateria: removível, 1500 mAh
  • Entradas: USB-C (carga), Jack 3.5mm
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Resumo para os preguiçosos

No fim das contas, infelizmente o SF 2000 é uma oportunidade perdida da Data Frog. O portátil deve ter vendido feito água no deserto após ter viralizado, mas infelizmente o resultado é um produto que funciona melhor como um enfeite de prateleira como um SNES portátil, já que ironicamente, ele funciona muito melhor pra jogos de Mega Drive como Sonic do que para jogos de SNES como Super Mario World.

Nota final

40
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Design muito bonito, transformando um controle de SNES em portátil

Contras

  • Performance ruim em quase todos os emuladores
  • Botões mapeados de forma bizarra no NES, GB, GBC e Mega Drive
  • Screen tearing em jogos com transição rápida de tela
  • Jogos demais, difícil de encontrar o que você procura rapidamente
  • Software mal feito
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.