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Clair Obscur: Expedition 33 – Preview

Clair Obscur: Expedition 33 é um dos grandes lançamentos do primeiro semestre de 2025, e nós tivemos a honra de testar antecipadamente uma pequena parte do jogo para poder trazer as nossas impressões iniciais para vocês.

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A Sandfall apareceu com uma proposta única que rapidamente chamou atenção: eles se inspiraram fortemente nos JRPGs clássicos de sucesso, mas colocaram seu próprio charme no jogo, ocidentalizando o gênero de uma forma única. A partir daí, tudo que apareceu do jogo chamou muita atenção, e pelo fato de ser um estúdio novo, o medo de que ele não correspondesse as expectativas começou a pairar entre os jogadores

Felizmente, Clair Obscur: Expedition 33 parece entregar absolutamente tudo o que promete e tem tudo para se tornar um dos maiores jogos do ano. Uma forma simplória e rápida de descrever o jogo é que ele é o filho improvável entre os jogos da Atlus e da Fromsoftware, absorvendo tudo de melhor que os dois estúdios fizeram nos últimos anos.

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A história de Clair Obscur: Expedition 33

Clair Obscur: Expedition 33 - Preview

A parte que jogamos começa logo depois do prólogo, apresentando um mundo onde uma “Pintora” é capaz de alterar a realidade com suas pinturas, ela é praticamente a Deusa desse mundo e criadora de quase todas as coisas.

Mas as suas criações odeiam ela, isso porque todo ano ela “pinta a morte” e atualiza um número em sua criação: toda vez que um número é pintado, todas as pessoas daquela idade são simplesmente mortas e desaparecem para sempre. O grupo de protagonista tem uma única missão em mente: partir para encontrar a Pintora e mata-la, para que ela nunca mais tome a vida de pessoas inocentes por puro capricho.

A Preview não elabora muito mais a história além disso, mas uma coisa que chamou a atenção é como os personagens da Party são muito bem desenvolvidos. O jogo terá um total de 6 personagens jogáveis, com essa beta nos dando acesso a 3 deles: Gustave, Lune e Maelle.

Cada um deles tem uma personalidade distinta: Gustave é explosivo e gosta de agir pela emoção, Lune é mais calma e tenta raciocinar mais antes de tomar uma atitude, enquanto Maelle é mais tímida e recatada, geralmente sem dar muitas opiniões. As diferenças de personalidade são muito bem exploradas na dinâmica dos 3 personagens, que gera muitas vezes conflito dentro do grupo.

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Gameplay, exploração e combate

Clair Obscur: Expedition 33 - Preview

Enquanto a história parece promissora, o que realmente brilha no jogo é o combate e exploração do mapa. Clair Obscur: Expedition 33 tem um mapa-múndi no maior estilo dos JRPGs dos anos 90 e inicio dos anos 2000, e a partir dele você é levado para as áreas do jogo, que funcionam como “dungeons” comuns de RPG.

Ao entrar numa dungeon, você perde acesso a função de mini mapa e seu HUD inteiro basicamente some, a partir daí é preciso explorar o local com muita cautela, procurando itens nos cantos, com alguns puzzles e até mesmo trechos de plataforma para chegar em algumas áreas.

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A exploração do mapa é metódica, contemplativa e recompensadora, de uma forma parecida com o que a Fromsoftware faz em seus jogos, incluindo pontos de descanso que se são basicamente bonfires e até mesmo frascos de curas que se repõe automaticamente ao descansar. E claro, ao descansar em qualquer um desses lugares, os inimigos também vão respawnar.

Algumas das dungeons podem ter NPCs precisando de ajuda e oferecendo uma quest para você. Mais uma vez, de uma forma bem similar a da Fromsoftware, as quests não são marcadas no mapa e você tem que se virar pra descobrir o que precisa fazer pra completar a missão.

Clair Obscur: Expedition 33 - Preview

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Ao entrar em combate, o jogo começa a mostrar como ele também se inspirou fortemente na Atlus. O combate é basicamente o de Metaphor, mas ao invés da mecânica de Arquétipos, nós temos o parry e a esquiva mesclados com o sistema de turnos do jogo.

O combate é bem executado e viciante, com cada um dos personagens tendo uma mecânica única. Gustave pode carregar seus pontos de turno para gerar um único ataque explosivo e devastador, além de ser excelente para ataques corpo a corpo. Lune é a maga do grupo e seus ataques podem infligir marcas elementais de diferentes tipos, com ela podendo consumir essas marcas para causar ainda mais dano. Por fim, Maelle é uma mestre espadachim que usa posturas de combate, podendo ficar no modo ofensivo, defensivo ou no seu modo máximo chamado de “postura virtuosa”.

Clair Obscur: Expedition 33 - Preview

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Cada um dos personagens tem uma árvore de habilidades única, e as habilidades dos personagens podem conversar entre si, aumentando a sinergia se você buildar seus membros da party corretamente. Por exemplo: Maelle tem uma habilidade de dano físico comum, mas caso o inimigo esteja pegando fogo, essa mesma habilidade além de causar o dano físico, vai mudar Maelle para Postura Virtuosa, fazendo ela infligir ainda mais dano. E quem tem habilidades para botar fogo nos inimigos é Lune, então seria inteligente deixar ela com habilidades de fogo equipada caso você queira usar Maelle na sua party.

Adicione essas nuances do combate ao fato de que você precisa esquivar ou usar um parry contra os inimigos e a coisa toda vai ficar extremamente dinâmica e divertida. Acertar um parry nesse jogo não é fácil, pois não existe indicativo visual da hora certa para apertar o botão. Ao invés disso, é preciso aprender as animações do inimigo, que muitas vezes vai fingir atacar só para você apertar o botão antes da hora e conseguir te detonar.

Apresentação Audiovisual

Clair Obscur: Expedition 33 - Preview

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Já graficamente falando, Clair Obscur tem uma das melhores direção de arte que eu vi nos últimos tempos. Tudo no jogo parece que foi realmente pintado a mão, os cenários são vibrantes e de cair o queixo, toda vez que cheguei numa área nova eu tirei um tempo pra simplesmente contemplar a vista.

A Sandfall não se descreve como um grande estúdio e está é a primeira tentativa deles de fazer um jogo desse tamanho, o que torna ainda mais impressionante o fato de tudo estar bem polido.

A única coisa negativa que pude encontrar é que o jogo tem uma quantidade acima do normal de paredes invisíveis e lugares que parece que da pra alcançar, mas não da. Não chega a ser um completo absurdo como foi no caso de Wukong ano passado, mas como Clair Obscur tem uma exploração contemplativa é fácil esse defeito se sobressair, por mais que não seja tanto quanto parece, já que você acaba topando com elas ao explorar com calma os cantinhos do mapa.

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Já na parte do áudio, a dublagem do jogo é extremamente bem feita e ajuda muito com o carisma dos personagens e a história. A trilha sonora também é um show a parte e da aquele charme na hora de explorar e uma empolgação absurda na hora do combate, ela está presente na medida certa e são todas músicas de excelente qualidade e que combinam muito bem com a atmosfera do jogo.

Mas e aí, Clair Obscur: Expedition 33 será um bom jogo?

Clair Obscur: Expedition 33 vinha chamando muita atenção e ele parece que de fato vai entregar tudo o que promete. Demorei 5 horas para terminar a Preview e sinto que mal arranhei a grandeza do jogo.

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A gameplay de combate inspirada em jogos da Atlus e JRPGs clássicos, com a exploração do mapa totalmente inspirada na Fromsoftware faz esse jogo de destacar de forma única nesse ano tão cheio de bons lançamentos.

Some tudo isso a uma boa trilha sonora, gráficos incríveis e direção de arte espetacular, e Clair Obscur: Expedition 33 tem tudo para ganhar seu espaço nesse ano tão concorrido. Não me surpreenderia do jogo aparecer entre os indicados ao GOTY desse ano e até mesmo ganhar categorias como melhor RPG, direção de arte ou trilha sonora.

Preview feita com uma chave para PC cedida pela Publisher.

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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.