Um grupo de pesquisadores estão construindo uma inteligência artificial autoconsciente, programando sua criação com um desejo insaciável por riquezas e ensinando-a como matar. E talvez a não se sentir tão feliz com isso.
Mas acalme-se, ninguém está fazendo uma nova GlaDOS. O nome da cobaia é Mario e ele está procurando por moedas e goombas. O projeto Mario Lives! é um trabalho, vamos dizer, peculiar da Universidade de Tübinger, na Alemanha, que tenta construir um “Mario vivo e conversador”.
Anualmente, a Associação para o Avanço em Inteligência Artificial (AAAI, em inglês) promove uma competição em vídeo com diversos demonstrações. “Mario Lives!” permite ao jogadores programar o encanador italiano usando informação e motivação usando comandos de voz ao invés de utilizar um controle.
“Como vocês já sabem, esse é o Mario,” explica um dos pesquisadores no vídeo. “Mas o que vocês não sabem é que esse Mario se tornou consciente de si mesmo e do seu ambiente – ao menos até certo ponto.” Um outro pesquisador então mostra como o Mario pode ser ensinado com peças de informação ao dizer, por exemplo, que “Goomba morre quando você pula em Goomba”. E como estamos falando de um jogo bem simples, as motivações e suas resoluções são simples. Quando o bigodudo está com “fome”, ele sai a procura de moedas. Quando ele está “curioso” ele explora o mundo.
Mario ainda responde ao repetir o novo conhecimento adquirido numa voz gerada por computador. O que leva a situações um pouco esquisitas, como na vez que disseram a ele para “não ser tão feliz” e ele respondeu “De alguma forma, eu me sinto menos feliz.
Como se não bastasse isso, o próximo projeto do time é colocar o Luigi na parada, também como uma inteligência artificial, onde os Super Mario Brothers poderiam conversar entre si. Dessa forma, segundo um dos pesquisadores, eles seriam capazes de ganhar novas informações de forma independente e dividir, num cenário onde um ensina o outro.
Eu não sei qual exatamente é o objetivo do pessoal na pesquisa, mas tenho um ótimo pressentimento de que esse tipo de inteligência artificial seria um grandioso adendo na hora de se criar os personagens dos jogos. Imagina só, um jogo onde os NPCS aprendem coisas ao longo de tempo, ensinado por outros NPCS? Inimigos que consigam conversar entre si sobre algo que o jogador fez? Awesome!
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