O CEO da Level-5, Akihiro Hino, comentou publicamente sobre o uso de inteligência artificial generativa na indústria dos jogos, afirmando que demonizar a tecnologia pode prejudicar seriamente o progresso digital. A declaração foi feita em sua conta oficial na rede X (antigo Twitter), após o jogo Clair Obscur: Expedition 33 perder um prêmio de Jogo do Ano devido ao uso de IA em sua produção.
A discussão sobre IA ganhou força após a repercussão no The Game Awards e críticas à Larian Studios, que admitiu ter utilizado GenAI em Divinity. Segundo Hino, a IA oferece ganhos de tempo que não podem ser ignorados, e tratá-la como vilã pode atrasar avanços fundamentais no desenvolvimento de jogos.
Uso em projetos da Level-5 foi mal interpretado
今日はめずらしく、自分が作っているゲームの話ではないことを書きます。
【AIをめぐる騒動について】…
— 日野晃博 (@AkihiroHino) December 26, 2025
Hino aproveitou para esclarecer um boato envolvendo um dos projetos da Level-5. Segundo ele, circulou a ideia equivocada de que a empresa estaria deixando toda a programação nas mãos da IA. Na verdade, o que houve foi uma declaração de um programador sobre um título ainda não revelado, cujo tema é justamente a inteligência artificial. O uso da IA nesse caso foi citado como uma demonstração de possibilidades futuras, mas acabou sendo distorcido nas redes.
IA como ferramenta de aceleração criativa
O executivo reforçou que a IA deve ser vista como uma ferramenta de criação, e não como sinônimo de plágio. Ele comparou o uso de tecnologias a utensílios do dia a dia, dizendo que “uma faca pode servir para cozinhar ou para ferir” e que o mesmo se aplica à IA: tudo depende do uso.
Além disso, Hino destacou que a adoção responsável da IA pode reduzir o tempo de produção de grandes jogos de 5 a 10 anos para cerca de 2 anos, permitindo uma maior frequência de lançamentos de títulos AAA. Para ele, isso significaria uma nova era de inovação e evolução nos games.

