A Bloomberg noticiou hoje que o aumento do Game Pass estaria diretamente ligado à franquia Call of Duty, responsável por grandes perdas de receita para a Microsoft. O serviço de assinatura do Xbox, conhecido por incluir lançamentos no primeiro dia e uma biblioteca extensa de jogos, sofreu reajustes que chegaram a dobrar os valores de alguns planos no Brasil.
Segundo o relatório, a Microsoft deixou de arrecadar mais de US$ 300 milhões em vendas de Call of Duty em 2023, já que a presença do título no catálogo reduziu a receita tradicional de vendas. Diante dessa queda, a CFO Amy Hood pediu ao time de Xbox novas formas de compensar o prejuízo, o que resultou no aumento das mensalidades do serviço.
Apesar da decisão polêmica, a empresa aposta que o Game Pass continuará atrativo, já que mantém grandes lançamentos como Call of Duty: Black Ops 7, High on Life 2 e Ninja Gaiden 4 disponíveis já no primeiro dia. Contudo, especialistas apontam que a estratégia diminui a margem de lucro em vendas diretas. O analista Joost Van Dreunen, da Aldora, afirmou que o Game Pass não atingiu o crescimento esperado após a compra da Activision, e que os custos de infraestrutura estão desalinhados ao modelo atual.
Enquanto fontes internas apontam para dificuldades, a presidente da Xbox, Sarah Bond, declarou recentemente que o serviço é lucrativo e fechou o último ano fiscal com quase US$ 5 bilhões em receita. A declaração contrasta com as pressões relatadas nos bastidores, aumentando as dúvidas sobre a sustentabilidade do modelo.
O lançamento de Call of Duty: Black Ops 6 reforçou o problema: mesmo sendo o maior da franquia nos Estados Unidos, 82% das vendas foram no PlayStation, mostrando que sua inclusão no Game Pass não impulsionou a plataforma. Agora, resta observar se os jogadores aceitarão os novos preços ou buscarão alternativas em outros serviços.